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Por:   •  22/3/2014  •  3.802 Palavras (16 Páginas)  •  481 Visualizações

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Transporte Rodoviário

Definição

O transporte rodoviário é o transporte feito por estradas, rodovias, ruas e outras vias pavimentadas ou não, com a intenção de movimentar materiais, pessoas ou animais de um determinado ponto a outro. Representa a maior parte do transporte terrestre. Mais utilizado no país, 96% do movimento de passageiros e 60% do transporte rodoviário.

O transporte rodoviário em sua maioria é realizado por veículos automotores, como carros, autocarros e caminhões. Segundo a ANTT, existem cerca de 130 mil empresas de transporte de cargas no Brasil com mais 1.6 milhões de veículos que oferecem trabalho, diretamente, a pelo menos 5 milhões de pessoas. Segundo a COPPEAD, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o transporte corresponde a 6% do PIB nacional.

Na logística o transporte rodoviário é uma das áreas mais importantes. Segundo a COPPEAD, os custos com transporte chegam a 60% dos custos logísticos e a redução de custos nessa área é muito importante, pois corresponde em média 20% do custo total das empresas. Cada vez mais as empresas estão de olho nessa fatia do mercado, pois o transporte no Brasil chama a atenção por faturar mais de R$ 40 bilhões e movimentar 2/3 do total de carga do país.

Historia do transporte rodoviário de cargas no Brasil

Inicialmente o transporte rodoviário funcionava apenas como um complemento do ferroviário, porém, com o decorrer do tempo tornou-se um concorrente, provocando em muitos casos, a desativação de vias anti-econômicas. O desenvolvimento do transporte rodoviário no Brasil teve início no final da década de 1920 com o presidente Washington Luís, cujo lema de Governo era: "Governar é abrir estradas".

Apesar de o sistema rodoviário ter se iniciado na década de 1920, foi somente a partir de 1937, com a criação do departamento nacional de Estradas de Rodagem (DNER). O DNER, Departamento Nacional de Estradas e Rodagem, é criado em 1937 e para implantar a malha rodoviária que serve hoje ao setor de transportes no Brasil.

O pós anos 30 marca um período onde a industrialização se implanta no Brasil com maior impacto devido à desestruturação da oligarquia rural exportadora, com a crise mundial de 1929, e o deslocamento dos capitais do café para as atividades industriais. A Segunda Guerra Mundial, de 1938 a 1945, impediu a importação de produtos europeus, foi outro fator que contribuiu para a industrialização brasileira. O inicio do período industrial impôs ao sistema de transportes brasileiro uma forte dependência dos setores energéticos (petróleo) automobilístico e construção civil (estradas).

O Plano Geral de Viação Nacional, de 26 de Junho de 1934, decreto 24.497, foi o primeiro plano oficial do Brasil, nele estipulava-se o seguinte: ligação da Capital Federal (Rio de Janeiro) a uma ou mais capitais dos diferentes Estados; ligassem qualquer via de comunicação de rede federal a qualquer ponto de nossa fronteira com países vizinhos; constituíssem via de transporte ao longo da fronteira, ou dessa paralela, a menos de 200 quilômetros de distância; ligassem entre si dois ou mais trincos de interesse geral, com o objetivo de estabelecer, por caminho mais curto, comunicações entre duas ou mais unidades de federação; atendessem a exigência de ordem militar.

Em 1944, as rodovias brasileiras haviam crescido em extensão, chegando a 177 mil quilômetros, consequentemente o transporte rodoviário de cargas nesta fase se solidifica como a principal modalidade de transporte disponível no país. “A história rodoviária brasileira pode ser vista como um caso de sucesso de financiamento público para a implantação de infra-estrutura, tendo como marco fundamental a expedição do Decreto-lei nº 8.463, em 27 de Dezembro de 1945, que concedeu autonomia administrativa e financeira ao DNER e instituiu o Fundo Rodoviário Nacional (FRN), com recursos gerados pelo Imposto Único sobre Lubrificantes e Combustíveis Líquidos e Gasosos – a Lei de Joppert”

Durante o governo de Juscelino Kubitschek de Oliveira (1956-1961), o Brasil atravessou uma fase de grande desenvolvimento industrial, que pode ser justificado pela implantação do primeiro Plano nacional de Metas (PND), que privilegiava o setor de transportes e energia. Neste período houve uma internacionalização da economia, com a implantação de inúmeras indústrias multinacionais (Volkswagen, Ford e General Motors), e pela participação do governo na economia base: petróleo, eletricidade, siderurgia e mineração

Entre os anos de 1956 e 1963 houve uma consolidação das etapas do processo de industrialização. As instalações industriais concentraram-se principalmente na região sudeste, entende-se São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. As maiores contribuições para esta concentração industrial foram: as instalações da indústria automobilística; a expansão da fronteira agrícola com incorporação de novas terras em outras regiões, mas todas dependentes do mercado consumidor do sudeste; a consolidação de um mercado interno de âmbito nacional com forte dependência da produção industrial paulista. Nesta fase o setor de transportes expandiu-se buscando ligações com novas fronteiras agrícolas. O sistema de transporte começa dar sinais de ponto de estrangulamento para a economia nacional. A inflação tem uma alta devido ao déficit operacional cobertos pelo orçamento governamental e dos custos elevados de ineficiência operacional e má distribuição de recursos para investimentos.

Em meados dos anos de 1960 surge uma consolidação do sistema de transporte rodoviário. As rodovias assumem papel preponderante no deslocamento dos fluxos de média e longa distância. O modo ferroviário acentua seu declínio, a navegação de cabotagem torna-se incapaz de atender as necessidades do momento.

Caixeta-Filho et Martins (2001, p.35) confirma esse desenvolvimento, em que “até meados da década de 60, mais da metade dos recursos investidos pelo governo e empresas estatais era dirigida para os transportes; e até o final da década de 70 essa fração era cerca de um terço. Esses investimentos, do pós-guerra até o início da década de 70, foram altamente concentrados na implantação da malha rodoviária nacional. A motivação para a integração dos mercados regionais a partir da industrialização da região sudeste também norteou essa expansão, enquanto o sistema ferroviário tinha seu traçado definido anteriormente, orientado preponderantemente para atender ao mercado exportador de bens primários”.

Em 1973, após a primeira crise do petróleo, decretou-se a falência dos grandes projetos rodoviários. Neste

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