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A Resenha Comunidades Imaginadas

Por:   •  11/9/2021  •  Resenha  •  472 Palavras (2 Páginas)  •  847 Visualizações

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O sentimento nacionalista e o de pertencimento a uma nação nem sempre esteve presente na história das sociedades, juntamente com a formação dos estados nacionais essas ideias começaram a estar presente no imaginário coletivo. No capítulo Raízes Culturais do Livro Comunidades Imaginadas de Benedict Anderson é discutido como ocorreu o processo de formação dessa imaginação coletiva de sociedade e surgimento da consciência de nacionalismo e nação.

Benedict Anderson defende que nação é uma comunidade imaginada, ou seja, a sensação de pertencimento e de laços entre pessoas diferentes em um país é em decorrência da possibilidade de se imaginar esse senso de coletividade, pois somente em uma comunidade real é possível que todos os integrantes se conheçam e a partir disso se forme uma coletividade.

Em primeiro lugar, é importante analisar as comunidades imaginadas clássicas e como elas se sustentavam. Nessas comunidades clássicas o que aproximava seus integrantes era a existência de uma língua escrita e símbolos sagrados, por mais que o número de não letrados fosse alto, saber a existência da língua que guardava o seu sagrado já era significativo. No entanto, a própria religião provocou a territorialização, segundo o autor.

Outro setor importante a ser analisado são os estados dinásticos, que possuem legitimidade a partir da divindade, ou seja, usavam o poder da escrita sagrada em criar comunidade para permanecerem no poder, mesmo com “fronteiras porosas e distintas”¹ dos seus territórios.

No entanto, com o declínio do poder clerical e a invenção da imprensa se tem o início de uma nova concepção de comunidade, é nesse momento, que segundo o autor foi o início da possibilidade de pensar em nação. Foi a partir da literatura que se iniciou o processo de imaginação da comunidade moderna, mais especificamente dos jornais e romances. Esses dois tipos permitiram uma possibilidade de representação de uma comunidade, ou seja, em um romance há tempo e espaço em que personagens estão inseridas e que se relacionam de forma consciente ou inconsciente, e é nessa relação inconsciente que há a construção desse pensamento de pertencimento e relação com um meio social sem que haja contato direto.

Essa construção de uma ideia de comunidade, ou seja formação de nação, apesar de ter sido criada de forma inconsciente, foi utilizada de forma proposital através da literatura no Brasil com o objetivo de formar uma identidade nacional. Por isso é importante salientar a importância da literatura nesse processo de construção de uma identidade nacional. No contexto moderno, não somente romances e jornais, mas construção de mitos e lendas, acontecimentos históricos são elementos que formam a ideia de nação, de pertencimento a uma determinada sociedade sem ao menos todos os indivíduos se conhecerem.

Referências

ANDERSON, B. Comunidades imaginadas. São Paulo: Companhia das letras, 2008.

NOJOSA, U. N. Gênese do capitalismo editorial. Fatec-Itaquaquecetuba, SP, v. 1, n. 2, p. 86-93, jul/dez 2014.

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