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GUERRA DO PARAGUAI

Por:   •  3/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.500 Palavras (10 Páginas)  •  419 Visualizações

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A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado que aconteceu na América Latina, foi uma luta entre a Tríplice Aliança e o Paraguai, que na época era o país mais desenvolvido da América do Sul, o que potências consideravam ser uma ameaça para a região, pois outros países poderiam adotar também esta política e enfraquecer a influência inglesa na região, e isso seria uma perda para a potência.

Desde a independência do Brasil em 1822 e Argentina em 1816, as relações políticas e diplomáticas dos dois países se caracterizaram pela disputa da hegemonia na bacia do prata, a Argentina queria reconstituir o território do Vice-Reinado do Rio da Prata realizando diversas tentativas porém sem obter êxito devido à intervenção brasileira que temia um novo projeto expansionista.

Ao invadir o Uruguai, Solano, presidente do Paraguai, começa a hostilizar o governo brasileiro e aprisiona um navio brasileiro, o “Marquês de Olinda”, e então o Paraguai Declara guerra ao Brasil em 1864. O Brasil se une com Argentina e Uruguai formando a tríplice aliança em 1865.

Embora fossem os três países mais o apoio financeiro da Inglaterra no conflito, o preparo do exército paraguaio era o melhor e a guerra se estendeu durante cinco anos.

A política Paraguaia e o início do conflito

No período compreendido entre 1844 e 1863, o governo ditatorial paraguaio promoveu uma política isolacionista em relação aos conflitos de interesses que ocorriam na região do Uruguai. O medo devido às forças militares de Argentina e Brasil (agora aliadas) reivindicarem territórios que agora compunham o Estado paraguaio, sendo as mais notáveis a região de Mato Grosso e o sistema fluvial Paraguai-Paraná.

Em 1963, o ditador Francisco Solano López assumira o poder e com ele, ocorreria uma sequência de eventos que desencadeariam a Guerra do Paraguai: após uma hesitação inicial em apoiar a ala conservadora uruguaia em uma rebelião contra a ala liberal, o ditador voltou atrás e consolidou essa aliança devido ao interesse em demonstrar seu poderio militar e econômico que o país desenvolvera durante o tempo passado, desde sua independência. Tal proposta seria afrontar Brasil e Argentina na disputa entre conservadores e liberais na reorganização do Uruguai.

As tensões se intensificaram em agosto de 1864, quando o Brasil deu um ultimato ao governo do Uruguai sobre uma retaliação aos abusos que os residentes brasileiros sofriam no país. Logo o Paraguai se posicionou a favor do governo uruguaio, dando um ultimato ao império brasileiro quanto à questão da intervenção militar; Esse alerta foi ignorado após soldados do Império do Brasil invadirem o Estado uruguaio.

Em novembro do mesmo ano, o governo paraguaio capturou navio Marquês de Olinda brasileiro em Asunción com destino à Corumbá (com o presidente do estado de Mato Grosso a bordo) o que levou ao rompimento de relações diplomáticas entre Brasil e Paraguai em 1964, preparando o terreno para um possível conflito armado. Seguido disso, em dezembro, o presidente militar paraguaio Francisco Solano López enviou suas forças militares para uma invasão ao Mato Grosso, atacando a cidade de Dourados e declarando guerra ao Brasil; o ditador também declara guerra à Argentina em 1865 após o governo argentino ter negado à passagem de tropas paraguaias pela cidade de Misiones a fim de promover uma invasão no Rio Grande do Sul, culminando com a invasão no município argentino de Corrientes.

Batalhas no Prata

Na região do Prata aconteceu muitas batalhas, como a batalha naval do Riachuelo em que a marinha do Brasil ao contrário do exército era superior à do Paraguai, e portanto dizimou muitos navios paraguaios. Essa batalha foi de grande importância, como afirma Eduardo Bueno, “essa vitória decidiu a guerra em favor da Tríplice Aliança” (BUENO, 2012, p.223). Outras duas batalhas ocorridas no Prata que obtiveram bastante destaque foram as batalhas de Tuiuti e a de Curupaiti.

A Batalha de Tuiuti ocorreu em decorrência dos exércitos da Tríplice Aliança terem invadido e ocupado uma região pantanosa do Paraguai localizada próxima a um lago chamado Tuiuti. Segundo Eduardo Bueno (2012), Solano López mandou 18 mil homens invadirem aquele local, enquanto que o exército dos aliados contava ao todo com 32,2 mil homens. Fazendo com que após longas horas de batalha, o exército paraguaio se retirasse do conflito, “deixando seis mil mortos (contra 3.913 dos aliados) e sete mil feridos” (BUENO, 2012, p.226).

Na Batalha de Curupaiti os aliados não tiveram tanta chance como na interior. Nessa batalha foi o exército paraguaio que comandou a invasão, os aliados da Tríplice Aliança encontraram o exército do Paraguai mais bem preparado, “protegido pelas trincheiras, pelos fossos e pelos 32 canhões de um forte recém-reconstruído”. De modo que o exército da Tríplice Aliança perdeu cerca de “cinco mil homens”, boa parte do exército da Argentina e do Uruguai. Essas perdas fizeram com que alguns meses depois, a Guerra do Paraguai passasse a ser “quase que exclusivamente, uma guerra do Brasil contra o Paraguai” (BUENO, 2012, p,227).

“Financiamento” da Inglaterra

A Inglaterra não tinha interesses na região do Prata a ponto de desencadear uma guerra, como afirma Leon Pomer a guerra não foi promovida pelo governo inglês, e eu, pessoalmente, não tenho provas de que os estadistas britânicos a tenham desejado (fora do âmbito de seus sentimentos pessoais) como parte de uma política no Prata” (1997, p.92 apud NARLOCH, 2011, p.176). Entretanto, foram os próprios ingleses quem emprestaram dinheiro para a Argentina e o Brasil, como confirma os historiadores brasileiros Amado Cervo e Clodoaldo Bueno, “a guerra foi financiada com recursos do Tesouro brasileiro, que repassou grandes empréstimos à Argentina, e com recursos de banqueiros ingleses.” (BUENO e CERVO, 2002, p.123). Essa ajuda inglesa endividou o Brasil e a Argentina, pondo fim também à ameaça paraguaia na América do Sul, que vinha se destacando como exemplo de desenvolvimento.

O Fim da Guerra do Paraguai

Entre os anos de 1869-1870, se dá o final dessa Guerra. Um ator, bem próximo de Dom Pedro II, que nos chama atenção, é Luís Filipe Gastão de Orléans, o conde d'Eu, ele dirigiu a última fase das investidas no Paraguai, pois se objetivava, mais do que a queda total do Paraguai, desejava-se fortemente o fortalecimento do Império no Brasil.

O governo provisório foi instalado em Assunção em agosto de 1869 pela Tríplice Aliança. Solano López estruturou a oposição nas cordilheiras existentes a nordeste de Assunção. Acompanhado de mais de 20 mil homens, o marido da princesa Isabel, o conde d'Eu, chefiou as tropas aliadas no combate contra os paraguaios, foi a chamada Campanha das Cordilheiras, que perdurou por aproximadamente um ano, dividindo-se em muitos pontos. Os conflitos mais importantes foram os de Peribebuí, lugar em que Lopez decidiu que seria a capital, e de Campo Grande ou Nhugaçu , lutas nas quais morreram mais de 5 mil paraguaios. Depois da batalha de Peribuí, em 12 de Agosto, o Conde d'Eu se irritou com a persistência paraguaia, e nada fez para impedir a decapitação de prisioneiros paraguaios. Na batalha de Campo Grande, os brasileiros enfrentaram um exército totalmente despreparado, composto por pessoas criminosamente recrutadas pelo ditador paraguaio. A ruína paraguaia terminou o ciclo de lutas da guerra. O que sucedeu a isso foi a perseguição a López. Assim, no início do mês de março de 1870, os soldados do general José Antônio Corrêa da Câmara, o visconde de Pelotas, abordaram surpreendentemente os paraguaios em Cerro Corá, Solano López foi atacado e ferido por uma lança e depois ferido por arma de fogo nas ribanceiras do arroio Aquidabanigui. As derradeiras palavras dele foram: "Morro com minha pátria". Diante de tudo isso chegou ao final o período mais sangrento envolvendo a América Latina, principalmente; a guerra do Paraguai.

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