O ESTADO E O SERVIDOR PÚBLICO

O Estado e o servidor público

Nos dias atuais, a nova concepção de instituições públicas é de que essas devem ser ágeis, menos hierarquizadas, formadas por servidores compromissados, cuja meta principal deve ser a busca por resultados que sejam reconhecidos pelos cidadãos, ou seja, que sejam de interesse público.

Dessa forma, os gestores encontram dois grandes desafios, o de entender como as mudanças atingem as instituições públicas e o de definir uma estratégia para tornar o setor público aberto às inovações e com capacidade de adaptar-se rapidamente.

Vale destacar, que o serviço público é formado por servidores concursados, comissionados, de designação temporária e ainda, de estagiários. Porém, em sua maioria, esses não são dotados de conhecimento descritivo e técnico, e são totalmente desprovidos de vontade pessoal, entre outras palavras, encontram-se desmotivados, sem perspectivas de auto realização.

Almejando atender as necessidades emergentes na gestão pública, muitas instituições, na esfera dos três poderes, desde a União aos Municípios, por meio da implantação de uma nova gestão de recursos humanos, têm buscado capacitar seus servidores, independente da forma de contratação, para que estes atuem com o objetivo de formular e implementar políticas públicas de gestão com qualidade, produtividade e transparência e de resolver desafios em prol do bem estar dos cidadãos, transformando-se em agentes facilitadores e estratégicos de mudança das instituições públicas.

Para exemplificar, podemos citar o Planejamento Estratégico 2025 do Poder Executivo do Estado do Espirito Santo, onde dois dos projetos prioritários trata-se do Programa de Desenvolvimento Gerencial e do Programa de Especialização de Planejamento e Gestão de Políticas Públicas, que visa a valorização do servidor e a profissionalização da Administração Pública.

Nesse contexto, percebemos que o gestor público deve ser dotado de espírito de liderança, visão empreendedora, capacidade para gerenciar conflitos, planejar e criar estratégicas buscando alcançar, além da eficiência, a eficácia e a efetividade em suas políticas públicas. Ainda no desenvolvimento de suas funções, um bom gestor deve ser capaz de reunir recursos materiais, financeiros, humanos e técnicos para implementação das políticas, bem como, deve conhecer a administração pública na sua forma gerencial, para com responsabilidade avaliar e cobrar resultados. Enfim, compete ao gestor público maximizar a forma de capitação e utilização dos recursos públicos visando o proveito social, observando sempre os métodos fundamentais de administração utilizados no setor privado: planejamento, direção, controle e avaliação – PDCA.

Ainda é correto pontuar, a importância do desenvolvimento de políticas de valorização de pessoas, tais como avaliação de desempenho, planos de carreira e crescimento pessoal, para que os servidores desenvolvam, não somente suas competências com mais qualidade, mas sua autoconfiança e seu comportamento que conduzam a uma atitude ativa.

Assim, podemos afirmar que o primeiro passo para o desenvolvimento do processo de análise dos métodos de gestão compatíveis com a real situação do setor público é o de capacitação dos gestores, ainda que, o perfi desses deve começar pelo seu caráter,