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PANORAMA ECONOMICO DO BRASIL

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Por:   •  25/6/2014  •  Tese  •  1.129 Palavras (5 Páginas)  •  370 Visualizações

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Luiz Guilherme Gerbelli

A diretora executiva do Santander Brasil Asset Management, Luciane Ribeiro, não vê um cenário fácil para 2014. "Temos a impressão de que a economia brasileira vai andar um pouco de lado", afirma ela, que prevê a subida dos juros básicos e uma tendência do investidor em buscar produtos mais conservadores.

A conversa com Luciane, responsável pela administração de R$ 140 bilhões, inaugura a série de entrevistas do Estado com importantes gestores de recursos do Brasil sobre o cenário econômico para 2014.

O que esperar dos investimentos para 2014?

Para falar de investimentos, temos de falar do cenário macroeconômico. Estamos achando este ano, com todo o movimento que aconteceu até então guiado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central do Estados Unidos), que o PIB brasileiro deve crescer 2,3%. O cenário econômico como um todo é preocupante porque há vários riscos para a economia em 2014. Nos EUA terá novamente a história da dívida americana, por exemplo. No Brasil, tem Copa do Mundo, eleições. Será um ano com muitos eventos. Temos a impressão de que a economia brasileira vai andar um pouco de lado, com a tendência de piora das contas. A nossa previsão de crescimento é de 1,9%. A inflação, controlada, mas com o juro real tendo que subir novamente. A expectativa é que a Selic feche este ano em 10%, e no começo de 2014, ocorra mais um movimento de alta de 0,25 ponto. Diante desse cenário, voltamos a ter um juro real alto, de 4%. Haverá uma tendência - como já está acontecendo neste ano - de a pessoa física buscar uma política mais conservadora e tentar tirar benefícios dos investimentos conservadores, como por exemplo, a compra de ativos com isenção fiscal. Na Bolsa vamos ter de olhar alguns setores, segmentos e algum tipo de estratégia diferenciada em renda variável.

Qual setor deve ser olhado?

Eu acho que o de commodities. É um setor que ajuda bastante o Brasil. O nosso cenário para a economia mundial é de crescimento. Alguns países vão crescer mais, outros menos. Mas terá crescimento.

O desempenho ruim do Ibovespa este ano tem origem nos indicadores macroeconômicos ou a crise do Grupo X respingou na Bolsa?

A crise respingou. Como as empresas (do grupo X) têm uma participação importante no índice, elas comprometeram as carteiras passivas. Agora a tendência é melhorar um pouco. Mas, novamente, é preciso olhar alguns setores, como o de commodities, que é um segmento que pode andar na Bolsa. Além disso, a gente também gosta dos fundos de valor. Eles têm agregado resultado, independentemente de a Bolsa não estar tão bem. E os fundos long and short conseguem se destacar num ambiente controverso e de alta volatilidade.

Como avalia o menor crescimento da China e um impacto nas commodities?

A nossa previsão para a China é que o crescimento econômico continue desacelerando, mas ele ainda vai ser muito elevado. A China veio na faixa de crescimento de 9%, 9,5%, atualmente está na faixa de 8%, e a gente entende que até o fim da década deve ir para 7%. Estamos falando de uma economia gigante e que contribui para o mundo. A China está passando por uma mudança estrutural importante: de um modelo que era exportador e vinculado à indústria para um modelo de consumo. Isso leva um pouco de tempo. A China continua crescendo, e a exportação (para lá) continuará. Não há nenhum risco potencial de a economia chinesa mudar substancialmente para o lado negativo.

Qual é a projeção para a Bolsa para o ano que vem?

A gente acha que a Bolsa para 2014 terá um crescimento na faixa de mais ou menos 15%.

É interessante?

Não tanto para um ano em que o juro será elevado. Esse crescimento pode estar muito mais vinculado quando se analisa alguns papéis ou setores específico, e não a Bolsa como um todo.

Em 2012, falou-se muito em produtos isentos de Imposto de Renda, como os fundos imobiliários. Mas eles não estão indo bem. Por quê?

O fundo imobiliário é um produto

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