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Por:   •  4/4/2014  •  2.714 Palavras (11 Páginas)  •  571 Visualizações

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Tudo sobre artigo

Dá-se o nome de artigo às palavras que se antepõem aos substantivos para indicar se esses têm um sentido individual, já determinado pelo discurso ou pelas circunstâncias, chamados definidos, ou se os substantivos não são determinados, chamados indefinidos.1 2 3

Por exemplo, quando se diz o príncipe, o artigo o indica que o substantivo Nota 1 príncipe deve ser tomado em um sentido individual, que a circunstância do Reino e da Nação, em que vive o autor da frase, o determina.1

Por outro lado, quando se diz um príncipe é digno de casar com uma princesa, ou um crime tão horrendo merece a morte, etc, o artigo um indica que se fala, no primeiro caso, de um indivíduo e, no segundo caso, de um crime individual, porém o sentido é vago, e não se deseja nomear este príncipe ou este crime.1

Os artigos devem concordar com substantivo em gênero e grau.1

Os artigos são:1

• artigo definido: o, a, os, as

• artigo indefinido: um, uma, uns, umas

O artigo indefinido não deve ser confundido com o numeral um, que é usado para expressar quantidade. Nos exemplos um homem da corte/uma mulher da corte tem mais espírito e viveza que um aldeão, um vassalo deve obedecer ao rei, um rei deve ser o pai de seu povo, um homem de juízo deve ser senhor de suas paixões, António é um Cícero, Cícero é um bom orador, o artigo um pode, em alguns casos, ser substituído pelo artigo o, porém nunca pela expressão exatamente um.

Usos do artigo

1- Todo substantivo cujo significado é restringido, tanto pelo discurso, ou por algum adjetivo, exceto quando forem usados determinativos especiais, deve ser precedido de um determinativo geral, ou seja, de um artigo, utilizando-se o artigo definido para dizer que aquele nome tem um significado individual determinado, e o artigo indefinido para indicar que, apesar de único, seu significado é vago e indeterminado.

Exemplo: Pedro foi tratado com honra. Neste caso, honra não necessita de artigo, porque a palavra está sendo usada em seu sentido geral. Porém, quando ocorre uma restrição, ou seja, Pedro foi tratado com honra devida ou Pedro foi tratado com honra devida a seu merecimento, é preciso utilizar o artigo: Pedro foi tratado com a honra devida, se a honra foi determinada e certa, ou Pedro foi tratado com uma honra devida, se a honra é qualquer e indeterminada.1

2- Nenhum substantivo pode ser sujeito de qualquer oração sem ser determinado, expressa ou implicitamente, por algum determinativo, geral ou especial. Utiliza-se o artigo definido quando se fala de um indivíduo certo, ou o indefinido quando se fala de um indivíduo vago.1

Exemplos: O príncipe justo, que nos governa, é também pio e indulgente, Um príncipe, que é justo, também deve ser pio e indulgente .

3- O artigo definido o, não modificado por gênero e número, seguido do verbo substantivo ser ou outro equivalente traz à memória a oração antecedente, de qualquer gênero e número. Exemplo: Há verdades, que a nós não parecem, não por não o serem, mas (etc) (H. Pinto), Ia todos os dias ver a sepultura do seu irmão, e que o havia de ser sua (Lobo),As feias nem por o serem, deixam de ter partes estimáveis. Segundo Barbosa, este uso do artigo neutro e indeclinável é muito elegante e frequente.

4- O artigo definido substantiva qualquer parte da oração e orações inteiras, para que sejam o sujeito ou objeto do discurso.

Substantiva o adjetivo: o lícito e o ilícito, o justo e o injusto.

Substantiva o verbo, não só nas formas impessoais, como em A natureza fez o comer para o viver, A gula faz o comer muito para o viver pouco, mas também nas formas pessoais, como em O gabares-te de sábio mostra seres ignorante

Substantiva as preposições: O amor não está no por isso, mas no porque

Substantiva os advérbios: Não sabemos o quando, o como, o quanto

Substativa orações inteiras: Pelo que, do que se segue, (etc), Nunca o que de sua natureza é bom pode perder, ou danar-se por muito, Nem o que é mau melhorar por pouco.

5- O artigo indefinido, se colocado diante de um nome próprio, muda seu sentido para um apelativo: Este homem é um Cícero, João de Barros é o livro português, Camões é o Homero lusitano. Neste sentido também usa-se em expressões como os Brasis, as Angolas, as Goas, as Málacas, os Macaus, etc. O uso do artigo faz estes substantivos próprios serem transformados em substantivos comuns.1

Quando não devem ser usados artigos

1- Quando o substantivo tem um sentido geral. Em O macaco não é homem, Onde há homens há cobiça, os substantivos homem, homens e cobiça não tem artigo, porque estão sendo u

2- Quando o substantivo vem precedido de um determinativo especial, de qualidade ou de quantidade, que os determinam, não como indivíduo, não precisam de artigo. Meu pai,Minha mãe, Seu pai, Sua mãe, Nossos pais, Vossos avós, Este homem, Aquele sujeito, Muitos homens, Alguns homens, Um/dois/três homem/homens, etc.

Algumas exceções são mesmo e qual, que sempre levam artigo: o mesmo homem, a mesma mulher, o qual homem, a qual mulher. O demonstrativo conjuntivo que não admite artigo exceto no gênero neutro, como em O que de sua natureza é bom (etc). Quando se diz Os que, As que, sempre se entende como Os homens que, As mulheres que.

3- Quando os substantivos são usados no vocativo. Neste caso, são determinados, na segunda pessoa, e são usados pela interjeição vocativa O, ou pelos pronomes pessoais Tu,Vós.

4- Os demonstrativos de quantidade toda e toda, quando usado no sentido de cada, não é usado com artigo: Todo homem, Toda parte. Quando é um universal coletivo, usa-se artigo: Todos os homens, Todas as partes. O cardinais Dois, Três, Quatro, etc, não tem artigo, exceto quando for necessário individualizar, como em Os dois exércitos inimigos,As três armadas combinadas. Os ordinais Primeiro, Segundo, etc, tem artigo, quando precedem aos substantivos, como em O primeiro século, O segundo século, porém não tem, quando seguem o substantivo, como em D. João primeiro. Tirando estas exceções, os demais adjetivos determinativos não são usados com artigo.

5- Os nomes próprios de divindades, homens, cidades, vilas e lugares, não tendo antes de si modificativo algum, estão determinados e individualizados, por isto não precisam de artigo. Dizemos Deus, Alexandre, Augusto, Portugal, Lisboa, etc,

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