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A DIDAQUE

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Por:   •  20/11/2013  •  5.571 Palavras (23 Páginas)  •  938 Visualizações

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DIDAQUÊ

A Instrução dos Doze Apóstolos

Didaquê

Didaquê (ιδαχń em grego clássico), ou Instrução dos Doze Apóstolos, é uma obra do

primeiro século. É constituída apenas por dezasseis pequenos capítulos mas é de grande

relevância histórica e teológica. Considera-se originário da Palestina ou da Síria, mas em relação

à data em que foi escrita, os estudiosos dividem-se: uns colocam-na antes da destruição do

templo (entre 60 a 70 a.e.c) e outros no período posterior (entre 70 e 90 a.e.c.).

Quanto à autoria, pensa-se que não terão sido os doze apóstolos a escrever directamente

o texto, mas o nome terá sido dado por reflectir os ensinamentos atribuídos aos Doze.

Eucaristia (do grego εὐχαριστία, cujo significado é "reconhecimento", "ação de graças"),

só posteriormente se tornou uma celebração em memória da morte sacrificial e ressurreição de

Jesus Cristo. Actualmente também é denominada "comunhão", "ceia do Senhor", "santa ceia".

Na Didaquê 14:1 não deveria ser transliterado, mas traduzido, pois leva a uma associação

com a Eucaristia católica actual, que na realidade é muito diferente com aquilo que era praticado

no primeiro século.

DOUTRINA DOS DOZE APÓSTOLOS1

Primeiro documento utilizado na catequese do século I. Teve várias redações,

que definem as etapas da catequese para os missionários no meio judeu-cristão.

Possui uma parte doutrinária e outra litúrgica.

Capítulo I - Amor a Deus e ao próximo

Os dois caminhos: o da vida exige o amor a Deus e ao próximo

Introdução (Didaqué) do Senhor aos gentios.

1 - Há dois caminhos: um da vida e outro da morte [Cf Jer 21,8; Dt 5,32s; 11,26-28; 30,15-20; Ecli 15,15-17].

A diferença entre ambos é grande.

2 - O caminho da vida é, pois, o seguinte: primeiro amarás a Deus que te fez; depois a teu próximo como a

ti mesmo [Cf Dt 6,5; 10,12s; Ecli 7,30; Lev 19,18; Mt 22,37]. E tudo o que não queres que seja feito a ti, não

o faças a outro [Cf Mt 7,12; Lc 6,31].

3 - Eis a doutrina relativa a estes mandamentos: Bendizei aqueles que vos amaldiçoam, orai por vossos

inimigos, jejuai por aqueles que vos perseguem. Com efeito, que graça vós tereis, se ama is os que vos

amam? Não fazem os gentios o mesmo? Vós, porém, amai os que vos odeiam e não tenhais inimizade [Cf

Mt 5,44s; Lc 6,27s; 6,32s].

4 - Abstém-te dos prazeres carnais [Cf 1Ped 2,11]. Se alguém te bate na face direita, dá-lhe também a outra

e tu serás perfeito. Se alguém te obrigar a mil (passos), anda dois mil com ele. Se alguém tomar teu manto,

dá-lhe também tua túnica. Se alguém toma teus bens, não reclames, pois de todo o jeito não podes [Cf Mt

5,39ss; Lc 6,29].

5 - Dá a todo aquele que te pedir, sem exigir devolução. Pois a vontade do Pai é que se dê dos seus

próprios dons. Bem-aventurado é aquele que dá conforme a lei, pois é irrepreensível. Ai daquele que toma

(recebe)! Se, porém, alguém tiver necessidade de tomar (receber), é isento de culpa. Mas se não estiver em

necessidade, terá que se responsabilizar pelo motivo e pelo fim por que recebeu. Colocado na prisão, ele

não sairá de lá, até ter pago o último quadrante (vintém) [Mt 5,25s; Lc 12,58s].

6 - Mas é verdade que a este propósito também foi dito: Que tua esmola sue em tuas mãos, até que

souberes a quem dar [Cf Ecli 12,1].

Capítulo II - Deveres para com a vida (aborto)

Dos deveres para com a vida e a propriedade do próximo

1 - O segundo mandamento da Instrução (Didaqué) é:

2 - Não matarás, não cometerás adultério; não te entregarás à pederastia, não fornicarás, não furtarás, não

exercerás magia, nem bruxaria (charlatanice). Não matarás criança por aborto, nem criança já nascida; não

cobiçarás os bens do próximo.

3 - Não serás perjuro [Cf Mt 5,33; Ex 20,7], nem darás falso testemunho; não falarás mal do outro, nem lhe

guardarás rancor.

4 - Não usarás de ambigüidade nem no pensamento nem na palavra, pois a duplicidade é uma trama fatal

[Cf Prov 21,6].

5 - Tua palavra não seja falsa, nem vã; mas, ao contrário, seja cheia de sinceridade e seriedade

(comprovada pela ação).

6 - Não serás cobiçoso nem rapace, nem hipócrita, nem malicioso, nem soberbo. Não nutrirás má intenção

contra teu próximo [Cf Ex 20,13-17; Dt 5,17-21].

7 - Não odiarás ninguém, mas repreenderás uns e rezarás por outros, e ainda amarás aos outros mais que

a ti mesmo (que tua alma).

Capítulo III - Contra a paixão e idolatria

Advertências contra a paixão e a idolatria

1 - Meu filho, evita tudo o que é mau e semelhante ao mal.

2 - Não sejas odiento, pois o ódio conduz à morte; nem ciumento, nem brigalhão

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