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Teologia Patrística

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Por:   •  5/9/2013  •  1.860 Palavras (8 Páginas)  •  1.744 Visualizações

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TEOLOGIA PATRÍSTICA

Ana Célia Carvalho da Silva

Ana Otilia Sales Romão

Ivo José da Cunha Neto

Kaio Fernado Muniz

Thaynara Keully Costa dos Santos

Profª. Arimatéia Meireles

Instituto Teológico Quadrangular – São Luis/MA

Curso Livre em Teologia (ITQ – Noite) Introdução à Teologia

27/02/2013

RESUMO

Este trabalho promove o conhecimento parcial do processo de desenvolvimento da Teologia Patrística partindo de sua origem, seguido da constituição até à sua existência nos dias atuais, todo o conteúdo é de caráter verídico, sendo fundamentado teoricamente durante todo o processo de desenvolvimento do projeto. Citações de diferentes autores conceituam, contextualizam e reforçam as informações contidas neste projeto com a finalidade de alcançar um entendimento totalitário do leitor.

Palavras-chave: Patrística; origem; constituição.

1 INTRODUÇÃO

O povo grego continha na sua vida secular o hábito de consagrar ou creditar aos deuses todos os méritos e feitos de sua época, constituindo assim uma cultura mitológica, essa crença tinha o poder de sustentar toda uma civilização. No entanto, à proporção em que a humanidade foi se desenvolvendo, adquirindo “novos conhecimentos” sobre sua existência e sobre o poder que rege o mundo, físico e espiritual, a fé contida através da cultura mitológica vai desaparecendo.

Partindo desses novos pensamentos, surgem os primeiros filósofos refutando e questionando todas as causas da existência do ser humano como a vida, a morte, sua história, entre tantos outros questionamentos. Todos os questiomamentos, dúvidas e hipoteses levantadas faziam com que os teologos obtivessem conceitos que pudessem criar uma ideologia, a fim de satisfazer, senão minimizar a inquitude da alma sem ter que buscar no conhecimento da fé.

Proveniente desse período religioso/teológico questionador e de seus filosófos que buscavam a veracidade dos fato presentes na vida do homem, a religião tem foco marcante na história novamente com o surgimento dos “Pais da Igreja” que elaboraram os tratados teológicos a fim de defender a fé cristã, ao mesmo tempo tentavam conciliar os questionamentos filosóficos com a mesma.

2 ORIGEM DA PATRÍSTICA

O termo “patrística” é originado do latim pater que quer dizer “pai”. Designa o período dos pais da igreja quanto às ideias características que se desenvolvem ao longo desse período. Todos os principais ramos da igreja cristã – as anglicanas, ortodoxa oriental, luterana, reformada e católica romana – consideram esse período como um marco decisivo na evolução da doutrina cristã, cada uma dessas igrejas se considera como uma continuação, uma extensão e, naquilo que for necessário, uma crítica às visões dos escritores da igreja primitiva. Para Rodrigues, (2012, p.53):

Ela é um corpo ou conjunto doutrinário elaborado pelos primeiros padres da igreja, junto com toda a literatura cristã produzida entre os séculos II e VIII, exceto o NT. Eram verdadeiros tratados teológicos dirigidos aos iniciantes na fé cristã, denunciando preocupações com os problemas como moralismo, justiça e pecado.

A Patrística se refere especialmente ao estudo dos pais da Igreja, ou os primeiros teólogos e líderes da Igreja desde o período pós-apostólico até por volta do século VII. Existem várias divisões propostas para a Patrística, dentre elas estão as seguintes: pais apostólicos, pais apologistas, pais polemistas, pais alexandrinos, pais nicenos e pais pós-nicenos.

2.1 PAIS APOSTÓLICOS

Os pais pós-apostólicos são os autores cristãos do fim do primeiro século e do início do segundo cujos escritos chegaram até nós.

Os mais importantes desses escritos são: 2.1.1 Primeira epístola de Clemente Romano (escrito por volta do ano 95), Sete epístolas de Inácio de Antioquia (115), Epístola de Policarpo de Esmirna, (110), Epístola de Barnabé (130), Segunda Epístola de Clemente Romano (140), Pastor de Hermas, Fragmentos de Papias de Hierápolis (150), Didaché , o ensino dos Doze Apóstolos (150).

Vale ressaltar que Didaché é conhecido como o mais antigo manual da Igreja, especula-se que tenha sido escrito na Síria ou Palestina. Possui três divisões principais: os dois caminhos; instruções sobre o batismo e a ceia; regras para os profetas itinerantes, presbíteros e diáconos.

2.2 PAIS APOLOGISTAS GREGOS

São os pais da igreja que se destacaram na defesa da fé contra os ataques do paganismo romano e do judaísmo. Sua preocupação principal era refutar os argumentos contrários à fé cristã. Dentre eles destacamos:

• Aristides de Atenas (140): Elaborou uma apologia endereçada ao imperador Antonino Pio, demonstrando a superioridade do cristianismo em comparação as formas de culto pagãos e judaicos.Ressaltou a ética e os costumes dos primeiros cristãos.

• Justino Mártir (150): Filósofo, fundador de uma escola conhecida por ensinar a “verdadeira filosofia”. Juntamente com seus discípulos foi martirizado por confessar sua fé em Cristo. Escreveu duas apologias, uma delas endereçada ao Judeu Trifo. Também defendeu o cristianismo das acusações dos romanos escrevendo para o Imperador Antonino Pio e ao senado romano.

2.3 PAIS POLEMISTAS

Os pais polemistas ou pais anti-gnósticos se dedicaram ao combate das heresias gnósticas. Tais heresias ameaçavam a integridade da mensagem cristã e a unidade da igreja. Dois teólogos em especial se destacam no confronto ao gnosticismo. São eles:

• Irineu de Lyon (177): Discípulo de Policarpo de Esmirna, Irineu tornou-se bispo na Gália. Dois escritos dele chegaram até nós: Contra os Hereges e Epideixis. O primeiro é uma ampla refutação ao gnosticismo e o segundo apresenta as doutrinas básicas da proclamação apostólica.

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