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A Análise Documentário Ônibus 174

Por:   •  30/8/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.145 Palavras (5 Páginas)  •  94 Visualizações

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Análise do documentário- Ônibus 174

    O caso do ônibus 174 ocorreu no Rio de Janeiro em 2000. Nele, um homem, Sandro do Nascimento, sequestrou, durante quase 5 horas, um ônibus na ponte Rio-Niterói no Rio de Janeiro. O crime terminou com uma vítima fatal que foi feita de escudo e ameaçada por Sandro, que também perdeu a vida no mesmo dia no camburão ao ser asfixiado por policiais. Ao ler tal informação, algumas das conclusões possíveis a se chegar são: "bem feito para ele", "matou uma vítima inocente", "bandido tem que morrer, mesmo" dentre outras inúmeras condenações precipitadas do indivíduo.

   Nesta análise serão apresentados quatro lados de uma mesma história, sendo eles o do Sandro, sobrevivente do massacre da Chacina da Candelária e sequestrador do ônibus; da polícia completamente despreparada e desequipada; de quem estava no ônibus no momento do sequestro; e da população que assistia ao caso de fora.

   Sandro Nascimento foi abandonado pelo pai e, aos 8 anos, viu sua mãe ser morta e agonizar após receber facadas em um pequeno estabelecimento que cuidava. Desesperado, Sandro pediu ajuda a sua tia ao ver que sua mãe agonizava e ele não conseguia fazer nada para ajudar, porquê, enfatizo isso, ELE TINHA 8 ANOS. A partir de aí começou a se tornar um menino frio, no mesmo dia do enterro da mãe ele fugiu da casa da tia e passou a morar nas ruas. Aos 13 anos, Sandro sobreviveu a Chacina da Candelária, na qual alguns dos meninos que dormiam lá(na parte de fora da igreja) tiveram um desentendimento com a polícia que, por sua vez, prometeu voltar para se vingar. Na mesma noite, chegou um carro próximo a igreja, o que alegrou os meninos que pensaram que era comida chegando para eles, e, claro, foram recebê-la, entretanto, não era comida e sim policiais armados que mataram 8 crianças. Aos 14 anos se envolveu com traficantes, aos 17 já havia passado por diversas instituições de menores infratores e, após a maioridade, passou por várias penitenciárias de condições subumanas. Ao cometer o sequestro, Sandro tinha 21 anos e estava foragido por assalto a mão armada. Ressalto ainda que (pode não ter ficado claro)Sandro sofreu a vida quase toda com a falta de amor, indiferença, invisibilidade,  apatia, fome, medo, entre outras inúmeras coisas, e, acrescento que houve uma pessoa que acolheu ele, uma mulher maravilhosa que abriu as portas de sua casa para Sandro, porém, mesmo que motivado a dar orgulho a ela, ele não venceu o vício em drogas, que só aumentava, fato que possa ter colaborado para execução de tal crime.

   A polícia, em primeiro momento, atendeu o caso de forma mais correta, mas, consideremos o despreparo a partir do momento em que não houve o isolamento da área. O primeiro policial a a chegar no local começou a conversar com Sandro, e, inclusive, "deu" outro nome a ele, mantendo o jogo de cintura para entender melhor a situação e, assim, ter mais chances de resolvê-la, como comandante da operação. Após algum tempo, a foi substituído por um policial b, que conduziu a operação de forma mais hostil. Foram diversas as vezes que um atirador de elite poderia ter atirado em Sandro e poupado as vítimas do sequestro, não havia atirador de elite. Um negociador conseguiria convencer ele a se entregar, não havia negociador. A morte da refém ocorreu quando Sandro saiu do ônibus com ela e um policial c tentou atirar nele e acertou a vítima (Geisa), foi quando ele atirou, segundo os policiais, acertou Geisa e ambos caíram, c ainda disparou 3 vezes e errou todas elas. Um tiro de alguma arma pegou em Geisa, mas, obviamente como Sandro era o criminoso, concluíram que foi da arma dele (o policial c só era despreparado mesmo). Levaram Sandro para o camburão e, ao tentarem segurar ele "que estava muito alterado e conseguiu quebrar o vidro da viatura" acabaram matando-no asfixiado. Os policiais responderam por homicídio e foram inocentados. 

   Passageiros do ônibus disseram que, apesar de alterado, Sandro não parecia mau. Ele viu que um rapaz estava de bolsa, perguntou se era universitário e, ao obter uma resposta afirmativa, soltou a primeira vítima para que ele não se atrasasse. Soltou também uma senhora após ver que ela realmente passava muito mal (uma curiosidade pertinente: ela não consegue falar desde esse trauma). Sandro não queria realmente matá-los.

   Os

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