TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A Felicidade das Borboletas

Por:   •  7/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.355 Palavras (6 Páginas)  •  305 Visualizações

Página 1 de 6

A Felicidade das Borboletas


PRÁTICA PEDAGOGICA


SÃO GOTARDO- MG


2015

Trabalho apresentado à Universidade de Uberaba, como parte das exigências à Prática Pedagógica da 3° etapa do curso de Pedagogia.

Preceptor:

A Cristo Jesus, meu Salvador.

A minha família, que sempre me apóia e enche de significado a minha vida. São a base perfeita para construir o meu saber.

“Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”

(Marcos, 8:36)


Em nossa realidade educacional estamos aprendendo a lidar com a inclusão das crianças portadoras das NEE (Necessidades Educacionais Especiais) em nosso meio, que está se fazendo mais frequente a cada dia.
De início, com a leitura de uma magnífica obra de Patrícia Engel Secco, intitulada como “A
felicidade das borboletas”, foi possível perceber como uma criança portadora de alguma necessidade pode fazer praticamente tudo o que uma criança normal faz, portanto a sua deficiência não a faz diferente das demais crianças. Secco, em sua obra nos apresenta uma menina de 9 anos, que nasceu cega, nunca conseguiu ver o pôr-do-sol ou as cores de um jardim florido, porém é muito feliz, pois é muito amada por seus pais e amigos, e consegue enxergar a felicidade pelo coração. Há, já ia me esquecendo, Marcela também é uma excelente bailarina. Percebeu as habilidades que uma criança portadora de necessidades, pode ter? Assim como a Marcela de nossa história, existem milhares de crianças em nossa sociedade com alguma deficiência e que fazem coisas, que antes achávamos que só uma criança dita normal poderia realizar.
Marcela se sente feliz como as borboletas, segundo ela as borboletas são felizes, pois são livres, voam para bem longe, e ela consegue perceber isso com o coração, já que não pode enxergar e vê tudo com o coração. Seu estímulo para o balé foi à música, o ouvir e o sentir das borboletas também influenciou, ela sentiu a suavidade, a delicadeza e a vontade de ser livre como as borboletas. Em minha opinião, Marcela não possui nenhum problema cognitivo, afetivo ou social, pois ela foi muito bem “trabalhada” por sua mãe desde pequena, e sabe se relacionar e interagir com as outras crianças muito bem, as pessoas que a rodeiam sabem muito bem lidar com sua “diferença”, e lhe transmitem todo o carinho, amor e atenção que ela necessita.
Na entrevista realizada com a pequena Maria Eduarda, percebi que já não é mais um bicho de sete cabeças quando se vê uma criança com uma deficiência, inserida numa escola normal com as demais, ela agiu com muita naturalidade com a história de Marcela, achou que a história daquela garotinha é muito legal, disse até que queria ser como ela, pois ela sabe dançar balé muito bem, e é uma criancinha muito feliz, pois a mamãe dela a ama muito e ela tem muitos amiguinhos que gostam e a ajudam muito. Ela me disse que assim como a Marcela, em sua escola existe um coleguinha que também é portador de uma deficiência, seu nome é Felipe e ele é um cadeirante, e que ela gosta muito de conversar e brincar com ele, que a tia (professora) sempre procura levar para a sala de aula brincadeiras em que o Felipe possa participar com toda a turma. Ela me disse ainda, que ele é muito querido e amado por todos os alunos e funcionários de sua escola.
Durante a experiência com o kit gustativo, com a venda nos olhos das crianças, pude perceber que quando nós estamos impossibilitados de alguma coisa, como no caso de enxergar, pois elas estavam com os olhos vendados, elas acabaram desenvolvendo melhor as suas outras habilidades, de tato, olfato, paladar. Assim acontecem com as crianças portadoras de alguma necessidade, na falta de algum sentido elas acabam desenvolvendo melhor outros. Foi interessante a atenção e a curiosidade das crianças no momento da atividade de adivinhações, no final da atividade expliquei para elas que da mesma maneira que elas tinham se sentido em alguns minutos, se sentem as crianças portadoras de alguma necessidade, elas sofrem com muitas dificuldades, por isso é importante a ajuda de todos nós, sem nenhum tipo de discriminação, incentivando a sempre, mostrando que ela é capaz de fazer aquilo também.
A experiência de realizar tal atividade com as crianças foi magnífica, foi uma espécie de “treinamento”, foi possível perceber como um profissional da área da educação se sente perante as crianças portadoras de necessidades especiais, diante desse desafio conversei com uma educadora que trabalha com alunos “especiais” dentro da sala de ensino regular, ela me disse que no inicio foi muito difícil a adaptação, era tudo muito novo naquele momento, ela não tinha nenhum tipo de preparo, foram ai que vieram muitos desafios segundo ela, procurou pesquisar mais sobre o assunto, se aperfeiçoar através dos cursos preparatórios oferecidos pela escola, e também, alguns outros além, hoje ela diz que às vezes até se esquece que existe algum aluno portador de necessidades especiais em sua sala, pois já é tudo muito natural.
Nesse sentido, é importante nós futuros educadores que somos, começarmos a nos preparar - mos para enfrentar a esses tipos de desafios que nos serão propostos futuramente, para não nos sentirmos perdidos como essa profissional antes citada. Se aperfeiçoar através de cursos, palestras e até mesmo psiquiatras, são sempre ótimas opções.
Nós profissionais da educação devemos ter um olhar igual para todas as crianças, independentemente da sua situação, seja ela física, motora, visual, auditiva, entre as infinitas diversidades de crianças existentes, um olhar de carinho e afeição, em que a criança independentemente da sua situação se sinta bem acolhida e principalmente amada por todos, desde alunos, professor e demais funcionários da escola.
A atividade da análise das atividades sensoriais, já antes citada é uma boa atividade para ser trabalhada dentro da sala de aula, com qualquer criança, principalmente se tiver dentro da sala de aula alguma criança portadora de deficiência visual, que sem dúvidas irá participar com grande entusiasmo, se sentido incluída e igual as demais crianças, assim as crianças adquiririam experiências significativas para a sua formação como cidadão consciente e participativo dentro da sociedade, que hoje é tão preconceituosa e discriminadora.




CONCLUSÃO:


Diante do trabalho aqui exposto até o momento foi possível adquirir grandes conhecimentos, que enriquecem o conhecimento como profissionais da educação e principalmente como um crescimento tanto pessoal como emocional, como pessoas conscientes.
A deficiência que mais foi enfatizada neste trabalho, foi a deficiência visual, juntamente com as práticas docentes, então se percebe que para ensinar uma criança portadora de deficiência visual é necessário recorrer a outros meios que não envolvam a visão, para que ela também aprenda como as demais crianças. Um dos meios adotados é o sistema braile, um recurso para que a criança que não enxerga possa ler também, mas existem infinidades de recursos que um bom profissional deve estar por dentro para desenvolver um bom trabalho de ensino-aprendizagem.
Através da realização deste, foi possível viajar por um universo fantástico, que é desconhecido por muitos ou até mesmo discriminado, digo isto, pois conhecer melhor como os indivíduos portadores de alguma necessidade especial convivem em meio a está sociedade tão individualista é uma experiência única e muito especial, mesmo diante de muitas dificuldades e preconceitos, elas sempre conseguem trazer no rosto um belo sorriso, que contagia quem está por perto.
Realmente, são crianças ESPECIAIS, preferi destacar bem os “especiais” pois não me refiro as suas deficiências físicas, mas sim o seu modo de viver sempre felizes e de bem com a vida, são normais como qualquer outra criança. Vale destacar, que as crianças portadoras de necessidades especiais, são muito mais capazes do que muitas pessoas da nossa sociedade, que se acham melhores que elas, e discriminam-nas, muitas das vezes não aceitando que seus filhos estudem numa mesma sala em que uma criança dita especial estuda. Agora eu pergunto, quem tem algum problema nessa história toda? Não precisa nem responder. E ao final deste, fica essa reflexão anteriormente dita e abordada no decorrer de todo este trabalho.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (8.7 Kb)   pdf (67.4 Kb)   docx (13.4 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com