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Broken Mirror

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Por:   •  12/6/2013  •  2.444 Palavras (10 Páginas)  •  247 Visualizações

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Broken Mirror

- Você gosta de borboletas?

- Não

- Não? Mas, então, por que cuida delas? Por que as observa com esses olhos admirados?

- Porque me faz lembrar ela

- Como assim? Por que você lembra-se dela?

- Porque ela gosta de borboletas

-...

- Estrelas também me lembram ela pelo mesmo motivo

- Eu só não entendo uma coisa: se você estava tentando esquecê-la, então, pra que cuidar e ficar com algo que lembra ela sempre com você?

- Não é tão simples

- É sim. Liberte-as e torne sua visão de futuro mais fácil de alcançar

- Não, não é tão simples. Já tentei. Tentei muito. Tentei como nunca ninguém vai um dia imaginar. Mas eu simplesmente não consigo.

- Mas, então, por que as capturou? Se você sabia que seria assim, por que as capturou?

- Eu não as capturei, elas sempre estiveram aqui. Eu não sabia que iria ser assim. No começo eram apenas borboletas. Não sei explicar. Elas vieram até mim e fui aceitando. No começo eu deixei, eu aceitei. Era bonito me fazia bem... Me fazia feliz. Logo elas eram mais do que borboletas. Mas depois de um tempo eu vi que aquilo não me levaria na felicidade final que eu tanto almejava. Então, começava a me fazer mal ter elas perto de mim sabendo que não seria mais do que aquilo, que eu poderia nunca alcançá-la como eu queria. Tocar a sua pele como eu desejava, nem me aproximar de um jeito especial e diferente que só com certa intimidade eu poderia. Tentei mandá-las embora, tentei fugir delas, mas não adiantava. Podia passar alguns dias sem a presença de muitas delas, mas logo eu as encontrava, senão não elas a mim. Até que percebi que não conseguia viver minha vida sem elas, mesmo elas não me fazendo bem. E que, embora estivesse tentando me livrar delas, eu sempre estava preservando e cuidando delas o tempo todo... Pra mim se tornou inevitável. Eu as queria perto de mim ao mesmo tempo em que era melhor que elas não tivessem. Você também falou de futuro. Não sei o que eu quero pro meu futuro. Digo a todos que queria me livrar das borboletas. Tentei e não consegui. Hoje ainda digo pra eles que consegui. É melhor assim

- Ainda está falando das borboletas?

- Entenda como quiser. Eu desisti.

- De tentar entender as borboletas ou de se livrar delas?

- Os dois

- Afinal de contas, que é “ela”?

- Eu tento esquecer quem é “ela”, mas não consigo. Na verdade estou tentando descobrir quem é você.

- E quem você acha que sou eu?

- Sei que você é como as borboletas. A diferença é quem você realmente me dá valor e não me faz sofrer. Queria muito que você fosse minhas borboletas. Mas, infelizmente, eu ainda não sei quem é você. Um dia eu vou descobrir

- Dizem que sim... Mas, não posso te prometer nada.

- Pelo menos pode me chamar se um dia estiver na minha frente e eu não te enxergar?

- Como disse não posso te prometer nada

- Seria melhor pra que eu não perdesse a chance de te conhecer ou mesmo deixar você passar. Não quero perder a chance de conhecer alguém que realmente pode me fazer feliz, de você estar na minha vida. Por favor, me avise se um dia passar por mim

- Eu aparecerei pra você muitas vezes, com vários rostos e personalidades diferentes.

- Você pode ser muitas? Como vou saber de que tipo de “eu” você quer que eu seja

- Sim, posso ser muitas. E você sabe muito bem que não pode ser quem não é. Imagine que existe um mapa dinâmico que mostra quais garotas poderiam se tornar eu. Posso lhe dizer que todas as que te conhecer poderiam ser eu. O mapa ficaria piscando em quase todas. Não significa isso que o sentimento que esse mapa mostrou durou muito tempo ou que foi verdadeiro mesmo, mas isso significa que você não pode ser um o resto da vida e também que não pode ser mais de uma ao mesmo tempo. Seja apenas o que você é e aguarde a minha chegada.

- Faço isso a muito tempo e já não sei se acredito queira chegar

- Digo-te mais uma coisa: sabes que “ela” pode muito bem ser eu, não sabe?

- Não sei se acredito mais nisso. Pelo menos não como antes. Antes acreditava com meu consciente e meu subconsciente. Hoje somente meu subconsciente me atormenta com essa esperança. Como pode isso ser verdade? Se for, quanto tempo mais terei que ficar aqui, nesse lugar esperando que se revele?

- Mas gostaria que um dia fosse?

- Não sei se deveria responder isso, mas... Sim. Gostaria e muito. Queria que “ela” fosse você mais do que nunca quis com ninguém

- Então pare de me evitar

- Evitar-te? Acha que te evito?

- De fato... Pelo menos é o que dizem

- Vai-te pela cabeça dos outros ou pela própria? Afinal de contas, és alguém mesmo ou apenas estou conversando com minha imaginação?

- Isso terá que descobrir sozinho. O tempo lhe dará a resposta

- Quanto tempo?

- Indeterminado, porém com limite até sua morte.

- Significa que pode ser que descubra a resposta apenas em minha morte?

- Sim. Mas tente não pensar nisso

- Por favor, me responda, você quer vir até mim?

- Se eu realmente existir em alguém, sim

- E como posso saber se existe?

- Isso cabe a você descobrir

Outro dia - E Tudo Volta

É como eu disse: tudo volta. Talvez não tenha dito isso à vocês, mas de qualquer forma já disse. Não interessa como, quando nem onde. Eu simplesmente disse. Talvez não em voz alta. Apesar

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