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Leitura Comparada Do Livro E Do Filme Estaçãol Carandiru

Trabalho Escolar: Leitura Comparada Do Livro E Do Filme Estaçãol Carandiru. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  11/11/2014  •  1.482 Palavras (6 Páginas)  •  497 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

COMUNICAÇÃO SOCIAL

PRODUÇÃO DE TEXTO I

SIMÃO FARIAS

LEITURA COMPARADA: ESTAÇÃO CARANDIRU

BOA VISTA

FEVEREIRO DE 2014

ESTAÇÃO CARANDIRU (LIVRO)

LEITURA SUPERFICIAL

O livro Estação Carandiru relata a história de um médico, Dr. Dráuzio Varella, que se propôs fazer um trabalho de prevenção à AIDS no maior presídio da América Latina: a Casa de Detenção de São Paulo, mais conhecida como Carandiru. No presídio ele entra em contato com o que, aqui fora, as pessoas têm medo: violência, superlotação, falta de assistência médica e jurídica. Depois de alguns meses de convivência ele percebe algo que o transformará: mesmo vivendo situação-limite, os internos não são figuras “monstruosas”. A partir do conví¬vio com os presos em seu consultório, o Médico testemunha solidariedade, organização e, acima de tudo, grande disposição de viver. Termina o livro com a passagem mais marcante da história do Carandiru: o massacre de 1992. Ele deixa claro que não procurou nenhuma fonte oficial. O que ele escreveu é inteiramente baseado em relatos de presidiários que sobreviveram ao massacre.

LEITURA INTERMEDIÁRIA

Dráuzio Varella reuniu pequenas histórias sobre a vida daqueles que cumpriam pena no Carandiru. A narrativa de Estação Carandiru é em primeira pessoa, o narrador se aproxima do “eu” como testemunha. Mas é um “eu” já interno à narrativa, que vive os acontecimentos aí descritos como personagem secundária que pode observar, desde dentro, os acontecimentos e, portanto, dá-los ao leitor de modo mais direto. Talvez sem ter noção exata da importância do que estava fazendo, o Médico escreveu um livro fundamental, leitura obrigatória para quem quer conhecer o exato significado da marginalização social. A ideia transmitida no livro: relatar a vida dos presos da Casa de Detenção. Ele usa recursos literários para descrever o ambiente da cadeia. A ênfase não é na violência, mas sim no cotidiano; como os presos arrumam suas celas, como se alimentam e se divertem, as relações amorosas que se formam dentro da cadeia, os dias de visita, o comportamento dos funcionários e dos policiais... Frases dos detentos são espalhadas ao longo do livro, uma linguagem rica em gírias e malandragem que funciona como contraponto à prosa culta do médico. Foi com a intenção de desvendar esse mundo que o médico Dráuzio Varella escreveu o livro.

LEITURA PROFUNDA

O livro é bem mais do que um livro sobre prisão; apenas violência. O livro fala sobre seres humanos, e destrói mitos da população, como a violência. Obviamente que a violência existia, mas na maior parte do tempo era controlada pelos próprios presos. As linguagens do livro dividem-se: da malandragem e a linguagem do médico, homem culto. Esse utiliza a norma culta, talvez seja uma tentativa de se aproximar do leitor e mostrar que se trata de um narrador instruído e confiável. Mas prevalece a linguagem jornalística, uma linguagem objetiva, clara e, na maioria das vezes simples. Mostra que a justiça não domina à cadeia, porque os próprios detentos são os verdadeiros construtores de regras. Se aprofundarmos mais, veremos que o livro tem uma história humanitária. Estação Carandiru surpreende por mostrar um lado antes não conhecido. É um “balde de água” fria em todos aqueles que acham que só tem bandido na cadeia, ou que todo bandido não presta. O Médico mostra que seu trabalho está além do preconceito, do medo etc.. Descreve que apesar de eles serem detentos, são seres humanos, precisam de cuidados; e ele estava disposto a mudar a vida de muitos prisioneiros através do seu trabalho. Escreveu toda essa experiência no livro Estação Carandiru, com intuito de mostrar a triste realidade, e o descaso do Estado para com esses cidadãos. Trata o caso de uma maneira mais sociológica, mostrando o lado mais social da história do que relacionar as situações à área médica. O livro traz em suas entrelinhas, a transparência do autor ao expor as mais diversas situações de frustração, violência, frieza e morte, logo consegue envolver-nos com uma imensa facilidade. É a alento de um mundo desconhecido aliado à falta de informação dos que não fazem parte do sistema carcerário, ou mesmo daqueles que sequer viram, ou ouviram falar em uma penitenciaria de segurança máxima.

CARANDIRU (FILME)

LEITURA SUPERFICIAL

O filme é baseado em fatos reais e no livro do livro de Dráuzio Varella feita pelo diretor Héctor Babenco. Carandiru narra a história do médico em uma superprodução da literatura para o cinema. O filme percorre desde a chegada do médico, que veio com o intuito de fazer campanha de prevenção à AIDS, e segue até o Massacre de 1992, um dos dias mais negros da história do Brasil, quando a Polícia Militar do Estado de São Paulo, a pretexto de manter a lei e a ordem, fuzilou 111 pessoas. O Carandiru, com seus mais de sete mil detentos, merece sua fama de inferno na terra. Do gênero drama, Carandiru traz um elenco de peso, que deixa a história ainda mais real.

LEITURA INTERMEDIÁRIA

Ao assistirmos Carandiru, nos deparamos com a verdadeira realidade de uma cadeia e, da nossa sociedade. Por ser uma super adaptação, conseguimos notar mais realidade a partir dos figurinos (roupas rasgadas, sujas...), adereços (colares, brincos...),

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