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O Filme Falado

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Por:   •  4/10/2013  •  1.748 Palavras (7 Páginas)  •  331 Visualizações

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Introdução

O trecho do filme “O filme falado” é uma boa mostra de como trabalhar multidisciplinaridade, pois a garotinha, filha da professora de história nos proporciona um gostoso personagem infantil, perguntando o significado das coisas e das palavras e querendo conhecer a história dos lugares por onde passa,enquanto cruza o mar Mediterrâneo e sua rica história, enquanto vai ao encontro de seu pai. Trata-se de um filme muito rico sob diversos aspectos e pontos de vista, sobretudo para o desenvolvimento de atividades com alunos, visando a multidisciplinaridade. Procurarei apontar os aspectos gerais necessários para adentrar a abordagem exigida para esta atividade.

A garota sai com sua mãe de Portugal, e logo na saída, a mãe mostra para a filha o monumento aos descobrimentos, exaltando as glórias do passado de seu país. Uma época de reis e guerras santas, No atual momento histórico da sociedade portuguesa, nota-se a necessidade de buscar estas glórias para construir sua sociedade,pois esta está decadente e confusa numa Europa cada vez mais insegura, instável e competitiva. E a mãe explica para a filha o mito, e como o mito da sereia fora usado para encorajar os marinheiros arriscarem suas vidas para conquistar o desconhecido, desbravar os mares, descobrir novas rotas, numa ânsia que não difere tanto dos atuais homens bomba, que se explodem, matando a si próprio e ferindo e matando muitos outros,a espera da promessa que no céu terão cem virgens o esperando.A mãe conclui a cena lembrando D. Sebastião, o mito muçulmano do ‘encoberto’, que um dia surgirá num cavalo branco em uma manhã de nevoeiro,os portugueses vieram para o Brasil e o mito se concretizou em D. Pedro II, um estadista tão brilhante como fora seu antepassado descobridor, porém os portugueses não perceberam.

De saída pelo mediterrâneo, a mãe mostra Ceuta, uma cidade que fora tomada dos Mouros pelos portugueses, que porém já não pertence mais a estes, mostrando a filha as guerras e as motivações para ela em um passado longínquo, nesta parte a filha confunde com uma revolução contemporânea, o atual e o passado sempre esta presente na construção do cidadão europeu, pois a memória das guerras, revoluções e transformações estão marcadas por toda a parte no velho mundo, e é um aspecto bastante explorado nesta película.

Chegando á Marselha, de conversa com um peixeiro, ela diz que irá ver o marido , piloto de aviação civil, de férias em Bombaim, quando perguntada se iria de navio, esta pergunta dos petroleiros e caem numa discussão em que ambos concordam que o petróleo é uma praga, mas não dá para voltar atrás.para finalizar a cena, o peixeiro pede que ela leia uma placa no chão, esta placa dizia que por ali os gregos chegaram e fundaram Marselha e de lá se espalharam pelo mundo, por isso eles, os gregos espalharam a civilização pelo mundo(segundo a placa). Na cena seguinte a professora afirma que mito e lenda são as mesmas coisas, ao contar a lenda do Castelo do ovo e cita o poeta o poeta Virgílio. Em seguida , seguem para o vulcão Vesúvio, e conta a passagem da erupção a mais de dois mil anos, que vitimou a população de Pompéia, nesta passagem podemos notar o aspecto religioso das pessoas , ao contar que a erupção parecia um castigo divino contra a população da cidade que levava uma vida devassa.mas para concluir, ainda disse que contra os cataclismos nada pode o homem fazer. Seguindo a viagem até Pompéia, passa a acompanhar um guia das ruínas contando os fatos históricos acorridos por lá, em mais uma clara mostra de como os europeus valorizam seu passado e a história das civilizações antigas. Em seguida as personagens se deparam com um cristão ortodoxo, a menina estranha a forma diferente em que um cristão ortodoxo se benze, a mãe pede a explicação para o ‘sacerdote’, este gentilmente explica o simbolismo do gesto, comparando com o gesto do católico romano, e na explicação fica claro o discurso que é comum a todas as religiões da atualidade: o fundamentalismo religioso, pois o ortodoxo não consegue entender porque os católicos se benzem diferente, e explica a santíssima trindade representada nos dedos das mãos. As religiões se utilizam muito de símbolos, e o que o filme nos mostra é somente uma outra forma de se representar a mesma coisa, pois ambos, católicos e ortodoxos , crêem na santíssima trindade,nos mostrando como as divisões e dissidências da igreja católica na época das reformas foram muito mais manobras político-administrativa do que crença religiosa de Lutero e Calvino, e também podemos notar que as religiões usam gestos como símbolos, onde podemos citar o Salamaleico dos Árabes, em que é feito um gesto, tocando sobre o coração, a boca e a testa, indicando pureza de coração, de palavras e pensamentos, indo mais além , podemos também citar a continência dos soldados aos seus superiores, ou o conhecido cumprimento a Hitler, em seus tempos de glória entre os alemães.

Na próxima cena é mostrado o embarque de uma pessoa famosa no navio, e diversas pessoas pedem autógrafos a uma cantora, onde podemos pensar em que representa uma cantora dentro da sociedade, para que pessoas a cerquem nas ruas em busca de uma lembrança, ou de que esta saiba que elas existam, ou seja lá o motivo que faça uma pessoa idolatrar um artista, logo depois vem a chegada a Istambul, outra cidade antiga, carregada de história, em que a mãe mostra uma catedral católica que foi transformada em mesquita, e que se tornou um museu, neste ínterim a mãe explica que embora seja diferente, mesquita e igreja são a mesma coisa, só mudando a forma de oração.e que embora não seja mais um lugar de oração, a Mesquita ainda pertence aos muçulmanos, aspecto interessante a ser ressaltado é que embora ainda seja uma Mesquita, fora conservado o nome de Santa Sofia, em que o guia explica que Sofia vem do grego Sofos(sabedoria) e santa é o mesmo que Divino....daí o templo que virou mesquita se chama divina sabedoria.ainda vale ressaltar que o templo fora construído por Constantino, na era bizantina e arrasado e reconstruído por três vezes antes da tomada de Constantinopla pelos turcos e a mudança de nome para Istambul.

Na cena seguinte as figuras centrais do filme cedem espaço a um bate papo entre três celebridades e o capitão do navio, esta cena

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