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O Modernismo

Por:   •  14/5/2018  •  Projeto de pesquisa  •  4.969 Palavras (20 Páginas)  •  191 Visualizações

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Introdução

O Modernismo foi um movimento cultural, artístico e literário da primeira metade do século XX. Situa-se entre o Simbolismo e o Pós-Modernismo - a partir dos anos 50 - havendo, ainda, estudiosos que considerem o Pré-Modernismo uma escola literária.

Na Literatura Brasileira, teve como marco inicial a Semana de Arte Moderna, em 1922. Esse momento foi marcado pela efervescência de novas ideias e modelos.

 O Modernismo surge num momento de insatisfação política no Brasil em decorrência do aumento da inflação, a qual fazia aumentar a crise e propulsionava greves e protestos.

A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) também trouxe reflexos para a sociedade brasileira. Assim, numa tentativa de reestruturar o país politicamente, também o campo das artes - estimulado pelas Vanguardas Europeias - encontra a motivação para romper com o tradicionalismo, sendo a “Semana” a fronteira que marca a tentativa de mudança artística.


O Romance de 1930

O que chamamos de “Romance de 30”, corresponde as produções em prosa  narrativa que foram feitas durante a década de XXX, daí surge o nome.

A década de XXX corresponde a segunda fase do modernismo, que durou entre os anos de 1930 a 1945. Se comparada a primeira fase do modernismo, a segunda fase possui uma compreensão mais ideológica e social, porque no inicio tudo possuía uma visão brincalhona, irreverente, com piadas e paródias decorrentes a semana da arte moderna de 1922, ou seja, os autores não tinham muita responsabilidade social, isso porque eles eram burgueses, moravam em São Paulo e possuíam uma vida tranquila, sem problemas gritantes que pudessem envolver os seus livros, textos e influências.

No entanto na segunda fase o Brasil estava passando pelo momento de ditadura, a “Era Vargas”, e o exterior lidando com o surgimento da segunda guerra mundial. Então esses problemas de política e questões sociais vão interferir diretamente no trabalho desses artistas, fazendo com que eles tenham uma postura mais social, um amadurecimento em relação a primeira fase do modernismo.

A segunda fase do modernismo é dividida em duas partes, a poesia e a prosa. A poesia continuou adotando o verso livre da primeira fase, mas resgatou também formas como o soneto ou o madrigal sem que isso fosse necessariamente um retorno às estéticas do passado, tão questionadas pelos poetas que ganharam projeção na Semana de Arte Moderna. A prosa por mais que tenha ocupado principalmente o ano de 1930 a 1945, o começo foi em 1928, que aconteceu devido a um grupo chamado Grupo Regionalista, que era liderado por Gilberto Freyre, que tinham forte influência naquela época.

Então em 1926, Gilberto fez uma conferência chamada de Conferência Regionalista do Recife, reunindo muitos artistas. Ele dizia aos autores que como tais eles não podiam se manter calados aos problemas de sua terra, que como representantes da intelectualidade nordestina precisavam retratar esses problemas em seus livros.

Após essa conferência, um paraibano chamado José Américo de Almeida, escreveu o primeiro livro considerado moderno de temática regionalista nordestina, chamado de A Bagaceira foi publicado em 1928, mas os livros considerados importantes para a época foram publicados a partir de 1930.

Foram três os tipos de romances produzidos nessa época, e são: a produção urbana, focalizando nos problemas sociais urbanos; a produção intimista, que é voltado a problemas psicológicos do próprio homem e o romance regionalista nordestino que vem a ser, o romance uma longa narrativa em prosa, regionalista que trata de temas regionais ligados ao interior, e nordestinos que são ligados ao nordeste como o cangaço, seca, coronelismo e lutas pela posse de terra, esses temas serão englobados pelos artistas e denunciados em suas obras. Esses livros receberam influências do Realismo e do Naturalismo mas eles não foram tão influenciados assim, pois eles faziam parte do modernismo, tendo que se enquadrar a essa perspectiva de despojamento e liberdade da literatura moderna, possuindo linguagem bem próxima a regional nordestina, muitas vezes até com postura antigramatical, que trabalham com tendências realistas como a crítica social, verossimilhança, o senso de contemporaneidade e a análise psicológica dos personagens. No naturalismo podemos ver a visão animalesca, visão determinista entre outros.

Sendo assim esses livros possuíam o objetivo primordial de relatar os problemas nordestinos, mas claro que havia outros escritores que fizeram parte desse período, como o autor chamado Érico Veríssimo, que relatava os problemas principalmente ligados ao Rio Grande do Sul, sua terra natal, temos também Dionélio Machado, Cyro dos Anjos entre outros que estiveram vinculados a esse período mas que não trabalharam com temáticas nordestinas.


Érico Veríssimo

(1905-1975)

Erico Veríssimo nasceu em Cruz Alta, Rio Grande do Sul, em 1905. Filho de família rica e tradicional, arruinada no início do século, Erico se viu forçado a exercer várias funções: ajudante de comércio, bancário, proprietário de farmácia. A biblioteca paterna lhe deu oportunidade de, bem cedo, tomar contato com as melhores obras francesas. Foi leitor assíduo de autores de língua inglesa.

Começou os estudos em Cruz Alta, fez o ginásio em Porto alegre, mas precisou, aos 18 anos, abandonar os estudos para trabalhar como empregado de um armazém de secos e molhados. Aos 25 anos, mudou-se para Porto Alegre a fim de tentar carreira literária. Conheceu Augusto Meyer, escritor modernista, que o encaminhou para o jornalismo literário. Estreou em 1932, com o livro de contos Fantoches. Em 1933, publicou seu primeiro romance, Clarissa, foi muito bem recebido pelo público, merecendo a popularidade.

Foi Conselheiro Editorial e tradutor da Editora Globo, publicando grande parte da literatura inglesa lida no Brasil a partir dos anos 30. Atuou decisivamente para a inclusão do Rio Grande do Sul na vanguarda intelectual do país, a partir dos anos 30 e 40. Tornou-se conhecido no exterior, especialmente, nos Estados Unidos da América do Norte e Portugal.

Nos Estados Unidos da América do Norte, lecionou literatura brasileira e, em 1953, a convite da Organização dos Estados Americanos, dirigiu o Departamento de Assuntos Culturais da União Pan-Americana, em Washington. O registro das visitas aos Estados Unidos se encontra nas obras O Gato Preto em Campo de Neve (1941) e a Volta do Gato Preto (1946). Visitou muitos outros países, colhendo material que resultou em livros como México (1952) e Israel em Abril (1969).

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