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O Primo Basílio

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Por:   •  28/3/2015  •  1.395 Palavras (6 Páginas)  •  417 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho objetiva analisar as principais características literárias presente no romance publicado em 1878, “O primo Basílio”, de Eça de Queirós, fazendo um resumo do tema central do livro que é o adultério, ou seja, o triângulo amoroso Jorge-Luísa-Basílio.

Observar-se-á quais recursos literários foram empregados pelo narrador na construção dos personagens, como os relatos foram organizados e os sentimentos que norteiam a vida desses portugueses.

ENREDO

“O primo Basílio”, obra de Eça de Queirós, conta a história de Luísa, jovem bonita e ociosa da sociedade lisboeta, que se envolve com Basílio, seu primo, um homem que representa a riqueza conquistada fora de Portugal.

Luísa possui uma vida estável e confortável com seu marido Jorge, um homem de visão objetiva, frio, metódico e bastante amoroso com a esposa. Por ser tratar de uma jovem com uma vida estável economicamente, Luísa não precisa fazer tarefas domésticas, pois possuía empregadas e, por isso, passa grande parte do seu dia lendo romances. O casal possui uma vida feliz e repleta de paixão nos primeiros anos de casados.

Logo no início do livro, Jorge precisa fazer uma viagem de negócios para Alentejo. Na manhã anterior a viagem, Luísa ler no jornal que retornava a Lisboa, depois de fazer fortuna no Brasil, seu primo e seu primeiro amor, Basílio Brito. No passado, os dois tiveram um romance ardente que foi interrompido por Basílio através de uma carta. Após isso, Luísa passa um tempo infeliz, mas consegue fazer novas amizades, e assim, conhece Jorge e casa-se com ele.

Como de costume, em um domingo à noite, reuniram-se na casa de Luísa e Jorge seus amigos: Julião, um parente afastado de Basílio, meio mal-humorado, que critica o governo, o sistema, a justiça do mundo; Sebastião, amigo íntimo de Jorge, um homem bom, puro, tímido, que não se deixou corromper pelos princípios burgueses; Ernestinho, primo de Jorge, é pequeno, pálido, romântico e escreve peças; D. Felicidade, que representa a beatice, um segmento conservador da sociedade; e o conselheiro, antigo amigo do pai de Jorge, um sujeito pudico e formal.

Após esse jantar, Jorge viaja, deixando Luísa em casa aos cuidados das empregadas: Juliana, com quem Luísa não se dava bem e que apenas aceitava em casa por causa de Jorge que era grato a empregada por ela ter sido uma enfermeira fiel a sua tia; e Joana, a cozinheira.

Depois da partida de Jorge, Luísa se encontra com seu primo Basílio, este passa a ser visita frequente. Entre essas visitas, Basílio declara seu amor por Luísa. Inicialmente Luísa recusa a declaração, mas as lembranças do passado, a ausência de Jorge e os galanteios de Basílio a fazem ceder. Assim inicia um caso extraconjugal.

Devida às constantes visitas de Basílio à casa de Luísa, a vizinhança começa a comentar e especular. Sebastião, que tinha prometido a Jorge que cuidaria de Luísa, resolve dizer a Luísa os comentários que rondavam na vizinhança. Por causa desses falatórios, Luísa e Basílio resolvem se encontrar em um lugar mais privado, o chamado “paraíso”. Este local, no entanto, não era extremamente agradável, pois era um lugar simples, sem requintes e que já tinha sido local de encontro de outros amantes.

Durante esse tempo, Juliana, a empregada que tinha rancor e inveja de Luísa, começa a desconfiar de Luísa e Basílio, por isso, fica a espreita do casal para confirmar sua suspeita acerca da infidelidade de Luísa. Juliana é caracterizada na obra como uma mulher portadora de uma doença grave, magra, feia, solteirona, virgem, ambiciosa, que recebe o apelido de “tripa velha”, “isca seca”, “saca rolhas” e que tenta sair de sua vida pobre, mudando sua posição social. A empregada nutria um sentimento de ódio por se sentir injustiçada quanto à morte da tia de Jorge a quem se dedicara e nada recebera em troca.

Mesmo com os encontros se realizando no paraíso, os falatórios na vizinhança continuavam. Luísa, então, começa a mentir para justificar suas saídas, falando que iria visitar sua amiga D. Felicidade que havia quebrado o pé. Enquanto Jorge permanecia em Alentejo, o novo local de encontro, “paraíso”, passa a ser cenário de muitos momentos de amor e brigas entre Luísa e Basílio.

Foi até o momento em que Juliana acha uma carta de amor de Basílio e Luísa e tem certeza do romance entre os dois. Neste instante, Juliana começa a ameaçar sua patroa. Luísa, em desespero, busca a ajuda de seu amante Basílio; este, por sua vez, inventa que os negócios o chamavam com urgência à Paris, que ele teria que ir embora, mas que voltaria em breve. Luísa fica revoltada e decepcionada com a atitude de Basílio.

Juliana pedia em troca de seu silêncio seiscentos mil contos de réis, então se inicia o tormento de Luísa. Pensou em pedir ajuda a Sebastião, mas logo desistiu. Sem ter como arranjar esse dinheiro, ela passa a ser cada vez mais chantageada pela empregada. Logo Jorge volta para casa, e, para calar a empregada, Luísa começa a lhe dar presentes e regalias como: um quarto melhor, lençóis de linho, vestidos novos, passou a fazer as tarefas domésticas

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