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Principio De Cortesia

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Por:   •  7/6/2014  •  1.075 Palavras (5 Páginas)  •  1.578 Visualizações

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2.1.1- GRICE E O PRINCIPIO DE COOPERAÇÃO

Segundo o autor Fernando Castro Paredes, o princípio de cooperação como base da comunicação tem um ponto de partida no modelo comunicacional de Grice.

Como toda actividad que implica un “esfuerzo cooperativo”, la comunicación verbal se rige por una serie de presupuestos básicos convencionalmente aceptados por quienes participam en los intercambios. (Paredes, 2001)

O princípio de cooperação de Grice organiza as regras de conduta adoptadas pelos falantes numa conversa, isto é, existem um conjunto de máximas conversacionais que têm de ser respeitadas, para que produção e a interpretação dos textos sejam mais fáceis de interpretar.

As máximas conversacionais Grice são as seguintes:

a) Quantidade. Categoria associada à quantidade de informação que deve ser proporcionada em cada diálogo. Máximas: A informação tem de ser simples e concisa; não pode haver mais informação do que o necessário.

b) Qualidade. Categoria relacionada com o grau de veracidade exigido por cada falante. Máximas: Não se pode dizer algo que seja falso; não se pode dizer algo que não tenha provas suficientes.

c) Relação. Categoria que se refere à pertinência das interacções. Especifica-se numa única máxima “seja relevante”.

d) Modo. Categoria que remete para a claridade. Máximas: Evitar a obscuridade das expressões; evitar a ambiguidade; ser breve e ser ordenado.

O princípio de cooperação é prescritivo visto que, as máximas são aceites inconscientemente pelos interlocutores, apesar de poderem ser transgredidas, salvaguarda o acto comunicativo e o estabelecimento de relações entre o que se diz (conteúdo proposicional do enunciado) e o que se comunica (conteúdo implícito).

2.1.2- BROWN E LEVINSON E O PRINCIPIO DE CORTESIA

O Principio de Cortesia, quando presente na comunicação, implica o estabelecimento de um “acordo” entre os participantes durante a interação que sustenta a troca comunicativa.

Paredes apresenta o modelo de Brown e Levinson estes que concedem o Principio de Cortesia que parte de uma imagem pública dos membros de uma sociedade criada através dos processos comunicativos, ou seja, o individuo cria uma “personaje social” (Paredes, 2001) que adota uma determinada posição ao longo da troca e a partir daí é criada uma imagem positiva do emissor (expressões de desculpas, aceitação de arrependimento, auto-humilhação, confissão de culpabilidade) e uma imagem positiva do recetor (desaprovação, crítica, desacordo explícito, insulto). Quando um ser social tem determinadas posturas e desejos que podem ser estimulados ou negativa, que se demonstra pela vontade de preservar a liberdade de ação. Daí é criada uma imagem negativa do emissor (manifestação de gratidão, aceitação de agradecimentos ou desculpas, ofertas, promessas) ou imagem negativa do recetor (ordens, sugestões, conselhos, ameaças, proibições).

2.2- PRINCÍPIO DE COOPERAÇÃO E CORTESIA EM TEXTOS CIENTÍFICOS

Os princípios de cooperação e cortesia fazem parte da comunicação entre participantes com contactos espacial e temporal, fazendo parte das práticas sociais.

O autor afirma que estes princípios não só são princípios conversacionais mas deveriam ser princípios comunicativos, e nos textos científicos usam determinadas peculiaridades:

a) O texto científico dirige-se a vários destinatários que não intervêm num discurso formalmente dialógico.

b) O emissor e recetor fazem parte de uma micro-sociedade científica, implicando uma existência no mesmo território cognitivo.

c) A escrita de um texto científico precisa de uma boa planificação: cuidado com as expressões, convenções e moldes.

d) A função dos textos científicos é transmitir conhecimento sobre o mundo real, explorando e clarificando a sociedade em determinados feitos.

Por fim, é ainda relevante enunciar que o principal objetivo deste tipo de textos é a transmissão de informação efetiva, em que o processo comunicativo não está condicionado por estímulos anteriores e o destinatário é uma construção abstrata.

2.3- MÁXIMAS DE COOPERAÇÃO E AS SUAS MANIFESTAÇÕES

2.3.1- PRINCIPIO DA COOPERAÇÃO

a) Quantidade.

A sua contribuição é tão informativa como necessária.

Um dos princípios discursivos, deve responder ao texto científico de acordo com os termos previamente limitados. Em artigos especializados, que nos são disponibilizados, servem de limite epistemológico que operam de maneira a que a discurso se desenvolva.

O texto deve ser construído de acordo com todo os factos. Uma das exigências do texto científico é o rigor, ou seja, cada afirmação deve ser contestada com dados sejam eles empíricos ou documentais,

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