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Promoção da Saúde: Viagem Entre Dois Paradigmas

Por:   •  8/10/2018  •  Resenha  •  1.604 Palavras (7 Páginas)  •  183 Visualizações

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Universidade Federal de Campina Grande – UFCG

Disciplina: Psicologia da Saúde

Professor: Flávio Lúcio Almeida Lima

Acadêmica:  Lauana Cristina Chaves Ferreira

Turma: Psicologia 3º período

FERRAZ, Sónia Terra (Ed.). Promoção da saúde: viagem entre dois paradigmas. 1998.

“Existe uma grande confusão de interpretações a respeito do conceito de promoção da saúde. ” (p.49);

“Noack (1987) opina que os conceitos de doença, cuidados médicos, saúde e promoção da saúde não existem em um vazio sociocultural, institucional e político. ” (p. 50);

“(...) saúde vem sendo definida mundialmente em termos de ausência de doenças em consequência do acúmulo e do avanço de uma imensa produção de conhecimento médico e tecnológico que consolidou uma referência paradigmática biotecnológica. ” (p. 50);

“Ao considerar que assistimos a uma verdadeira crise paradigmática da saúde, Noack (1987) observa que: Como inúmeros autores analisam, estamos assistindo ao início de um movimento que caminha de um estágio da ciência biomédica normal para o estágio de uma perspectiva global, o paradigma sócio-ecológico, que pode substituir o paradigma biológico, porém de maneira a integrá-lo” (p. 50);

“Para Stachtchencko e Jenicek (1990), as noções de promoção da saúde e prevenção das doenças estão de fato baseadas em paradigmas diferentes. A prevenção se baseia, a maior parte do tempo, sobre a concepção de risco ou probabilidade de se tomar doente, e os estudos clínicos e as intervenções visam em geral a grupos restritos. ” (p. 50);

“(...) a noção de promoção da saúde se preocupa mais frequentemente com os múltiplos aspectos ligados a estilos de vida, e os programas são baseados na educação que visa a mudanças de hábitos individuais como a redução do uso de álcool e cigarro, o exercício, a mudança de alimentação, o controle do estresse etc.” (p. 50);

“A partir da segunda metade dos anos 70, numerosos estudos norte-americanos favoreceram a elaboração da autocrítica da educação sanitária baseada na noção psicossocial de mudanças de hábitos de vida individuais. ” (p. 50);

“ (...)assistimos na atualidade a uma crise paradigmática que se reflete em todas as áreas do conhecimento humano. ” (p. 51);

“No âmbito da medicina, esta transição de paradigma vem-se dando desde algumas décadas, com o questionamento do paradigma cartesiano biomédico” (p. 51);

“O denominado paradigma sócio-ecológico (Hancock & Perkins, 1985; Kickbusch, 1986) pressupõe uma nova concepção de saúde e, conseqüentemente, de promoção da saúde, na qual existe uma interação de dois aspectos inter-relacionados” (p. 51);

“Enquanto a estabilidade da saúde se refere ao equilíbrio físico, psicológico e social de um determinado grupo social ou indivíduo, o potencial de saúde se refere à capacidade destes grupos ou indivíduos conviverem com as mudanças e o estresse do meio ambiente físico e psicossocial. ” (p. 51);

“Do ponto de vista histórico, a evolução do conceito de promoção de saúde acompanha a própria evolução do conceito de saúde-doença. ” (p. 51);

“ ‘a saúde se promove quando se facilita um nível de vida decente, boas condições de trabalho, educação, cultura física, descanso e recreação’ e defendia uma ação integrada entre estadistas e líderes de trabalho, da indústria, da educação e dos médicos. ” (p. 52);

“Rudolf Virchow, na Alemanha, ao investigar uma epidemia nos distritos industriais da Silésia em 1847, chegou à conclusão de que as "causas da epidemia eram mais sociais que físicas". ” (p. 52);

“Nas primeiras décadas do século XX, se desenvolveram na Europa os conceitos de higiene social e medicina social. ” (p. 52);

“Ludwig Teleky declarou a necessidade de se "investigar as relações entre estado de saúde de um grupo populacional e suas condições de vida que estão condicionadas por sua inserção social". ” (p. 52);

"a saúde pública (...) tem estado preocupada com as doenças transmissíveis, suas causas, a distribuição e a preservação. A medicina social está interessada em todas as doenças prevalentes, incluindo a febre reumática, a úlcera péptica, as doenças cardiovasculares, câncer, psiconeuroses, traumas acidentais, as quais também têm suas epidemiologias e suas correlações com as condições sociais e ocupacionais e eventualmente devem ser consideradas em maior ou menor grau preveníveis" (p. 52);

“Marc Lalonde, eminente epidemiólogo canadense, quando ministro da Saúde de seu país, criticou o estabelecimento de prioridades a partir somente das estatísticas de mortalidade” (p. 52);

A orientação preventiva do relatório de Lalonde (1974) é clara, ao afirmar que:

 "Até o presente momento a maioria dos esforços da sociedade para melhorar a saúde enfatiza a organização dos cuidados médicos, apesar de termos identificado nas primeiras causas de mortalidade razões baseadas em três conceitos: biologia humana, meio ambiente e estilos de vida. Parece-nos evidente, portanto, que vultosas somas de dinheiro estão sendo gastas erroneamente somente para tratar as enfermidades e não preveni-las efetivamente." (p. 53);

“A concepção de promoção de saúde proposta por Lalonde estava claramente entendida como medidas preventivas ou seja mudança de estilo de vida e comportamento” (p. 53);

“A Carta de Ottawa reconheceu como "pré-requisitos fundamentais para a saúde, a paz, a educação, a habitação, o poder aquisitivo, um ecossistema estável, a conservação dos recursos naturais, a justiça social e a eqüidade". A partir daí se estabeleceu a definição mais amplamente consagrada sobre a promoção da saúde: é o processo que confere às populações os meios de assegurar um grande controle sobre sua própria saúde. ” (P. 54);

As estratégias propostas pela Carta de Ottawa para atingir os objetivos propostos foram:

f) estabelecer políticas públicas saudáveis;

g) criar os meios favoráveis;

h) reforçar a ação comunitária;

i) desenvolver atitudes pessoais;

j) reorientar os serviços de saúde.

“Um outro evento muito importante dentro da evolução do conceito de promoção de saúde foi a II Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, realizada em Adelaide (Austrália) em 1988. Esta foi exclusivamente consagrada à pesquisa de meios para coordenar estratégias concretas de promoção de saúde segundo os preceitos da Carta de Ottawa. ” (p. 54);

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