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RANGKJDHGKDJ

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Por:   •  6/10/2013  •  1.269 Palavras (6 Páginas)  •  1.290 Visualizações

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ANHANGUERA EDUCACIONAL S.A.

FACULDADE ANHANGUERA DE CAMPINAS

UNIDADE 4

CURSO CONTÁBEIS

2ª SÉRIE A

NOME(s) e RA(s)

ATPS – Atividades Práticas Supervisionadas

Matéria .............

Professor: ........

CAMPINAS

2013

Inicie seu texto aqui e escreva com seu estilo próprio. Isto é o que fará você receber a nota mais alta para este bimestre. Depois você poderá comemorar o fechamento desta disciplina. Lembre-se de trabalho em equipe nesta atividade colaborativa.

Estudo de caso: MST Sociedade Anônima

A empresa têxtil Matrics, localizada em Apucarana, no Paraná, produz cinco mil bonés e duas mil camisetas para um cliente especial: o Movimento dos Trabalhado¬res Rurais Sem Terra (MST). Estima-se que a receita mensal com a encomenda seja de R$ 25 mil, representando um faturamento de R$ 300 mil por ano. Eles sempre pagam em dia. Há oito anos, a Matrics fornece roupas, chapéus e bandeiras para os militantes do movimento. Nenhum cliente da empresa cresceu tanto em tão pouco tempo. E aquilo que, no início, despertava uma certa desconfiança nos donos da Matrics hoje é o carro-chefe da produção.

Há dias em que todos os 45 funcionários dedicam-se exclusivamente ao MST. O gasto dos sem-terra com as camisetas e bonés revela um lado pouco conhecido de uma organização que vem chacoalhando o país. É a versão S.A. do MST. Hoje, os sem-terra atuam como se formassem uma grande corporação empresarial, com to¬das as divisões internas: produção, vendas, logística, finanças, treinamento e marketing. E, como têm capacidade para promover ações relâmpago em diversos pontos do território nacional, muitas delas simultâneas, os sem-terra reúnem quali¬dades que faltam a muitas empresas: liderança, disciplina e determinação.

Na retórica, o MST ainda é bastante duro e agressivo. Os líderes pregam a ocu¬pação à força dos latifúndios, a ampla reforma agrária e até mesmo uma revolução socialista. No entanto, na prática, muitas das iniciativas do movimento são 100% capitalistas. O MST administra um caixa milionário, explora o valor da sua marca como poucas empresas, recolhe vastas contribuições internacionais, vende e exporta seus produtos, faz a intermediação financeira nos empréstimos agrícolas governa¬mentais e treina intensamente seus quadros profissionais. Um exemplo é a constru¬ção de um centro de formação em Guararema, São Paulo, ao custo de R$ 7,4 mi¬lhões. Assim como muitas multinacionais, o MST também terá sua "universidade corporativa", batizada como Escola Nacional Florestan Fernandes. Uma outra escola já funciona em Caçador, Santa Catarina.

No organograma do poder, a corporação também tem o seu CEO. Ainda que não exista formalmente o cargo de presidente, o líder incontestável, desde a fundação do movimento, em 1984, é o gaúcho João Pedra Stédile. Abaixo de Stédile, há um núme¬ro restrito de executivos, como Gilmar Mauro, de São Paulo, Roberto Baggio, do Paraná, e Mário Lill, do Rio Grande do Sul. Estes três fazem parte da direção central e Lill cuida das finanças. Descendo na hierarquia, chega-se aos 90 coordenadores regio¬nais em 23 dos 26 Estados brasileiros e aos militantes - quase todos assalariados. Mas de onde vem o dinheiro para manter tanta gente em acampamentos, tantos quadros internos e promover ocupações em regiões tão remotas?

Na prática, ainda que haja um certo grau de delegação de poderes, a descentralização não é absoluta. O MST tem quatro grandes fontes de recursos. Uma das principais é o próprio setor público, especialmente o governo federal. Por meio de convênios com ministérios como Desenvolvimento Agrário, Trabalho e Educação, o movimento tem acesso a verbas próximas a R$ 8 milhões por ano. São recursos, na maioria dos casos, para treinamento e assistência técnica nos assentamentos. Em segundo lugar, vêm as doações nacionais, da Igreja Católica progressista, e interna¬cionais. O MST S.A. conta com enorme simpatia das ONGs européias e algumas delas, como a alemã Caritas e a francesa Freres des Hommes, estão ajudando a le¬vantar a Escola Nacional Florestan Fernandes. Cerca de 65% dos R$ 7,4 milhões orçados vêm de fontes européias. Uma terceira fonte de renda é a cobrança de 1% do que é produzido nos assentamentos. Já existem, organizadas, 150 cooperativas e agroindústrias ligadas ao MST em todo o país. Cada uma fatura, em média, R$ 30 mil mensais e algumas fornecem a multinacionais, como a Parmalat e a Ceval. As cooperativas têm uma receita anual próxima a R$ 54 milhões por ano e o 1 % repre¬senta R$ 540 mil. Por último, há ainda um "pedágio" de 3% cobrado na liberação de empréstimos para a agricultura familiar ou para projetos habitacionais. Somando tudo, chega-se a uma receita de R$ 20 milhões por ano.

Ao

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