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São Bernardo

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Por:   •  1/12/2014  •  440 Palavras (2 Páginas)  •  359 Visualizações

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Personagens

Paulo Honório e Madalena são os protagonistas desta obra. Paulo Honório, pela trajetória de sua vida, é o capitalista tacanho, homem que se faz por si mesmo, que se tornou superior à sua classe, passando de trabalhador braçal a proprietário. Para realizar esta travessia, foi necessária a sua desumanização através da qual pode exercer o domínio sobre os outros: matando, roubando, mentindo, trapaceando.

Madalena, a professora loura e de olhos azuis, de quase trinta anos, que se recusa a ser objeto de posse de Paulo Honório, é o avesso dele: de grande sensibilidade, preocupada com as condições de vida dos trabalhadores, incapaz de assumir a passividade da condição de esposa, sente necessidade de trabalhar e de andar pela fazenda, o que a leva a rejeitar o mundo de Paulo Honório.

Luís Padilha: o antigo dono de São Bernardo, é um personagem profundamente antipatizado pelo narrador. Fraco, submisso, covarde, ele ensina “comunismo” aos trabalhadores como professor da escola de São Bernardo.

Marciano: Velho e doente, marido de Rosa, a mulher com quem Paulo Honório tinha encontros sexuais clandestinos.

Padre Silvestre: descrito como uma personalidade estreita, que, impossibilitado de admitir coisas contraditórias, lê apenas as folhas da oposição. Danadamente liberal, “anda no mundo da lua”, no dizer de Paulo Honório.

João Nogueira: o advogado que o auxiliou nas falcatruas.

Azevedo Gondim: o jornalista, o primeiro mais moderado e o segundo mais radical, são exemplos do pensamento conservador da oligarquia, ardente e confusamente defendida por João Nogueira no romance. A imprensa – representada por Gondim e também pelo Brito, o jornalista surrado por Paulo Honório por difamá-lo – aparece em sua corrupção e venalidade, e também em sua linguagem retorcida, criticadas e ironizadas pelo narrador.

Seu Ribeiro: o guarda-livros a cuja história de vida Paulo Honório dedica um capítulo, de Major do lugarejo em que morava, fazendo as vezes de justiceiro e de homem sábio em várias funções, passou a indigente solitário, devido à vinda do progresso. Paulo Honório demonstra simpatia por ele, uma vaga solidariedade que destoa do seu habitual desrespeito pelas pessoas e que se acentua em outros personagens.

Casimiro Lopes: o capanga que tem “faro de cão e fidelidade de cão”, crédulo como um selvagem, o único a se interessar pelo filho abandonado por todos, cantando para o embalar as cantigas do sertão, possui a estima de Paulo Honório. Ele inclusive se identifica com o capanga, nos momentos de grande solidão.

Margarida: a preta velha que o criou, é outro referencial afetivo do narrador: ele a redescobre, manda buscá-la e a alimenta em São Bernardo.

D. Glória: tia de Madalena avessa ao campo e cuja urbanidade o irritava – quando esta se vai, após a morte de Madalena.

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