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A ATIVIDADE HUMANA AGRAVA DESASTRES NATURAIS

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Por:   •  20/10/2014  •  877 Palavras (4 Páginas)  •  626 Visualizações

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A ATIVIDADE HUMANA AGRAVA DESASTRES NATURAIS

Hoje, há mais desabrigados no mundo em conseqüência de desastres naturais do que de conflitos. Na década de 90, as catástrofes naturais como furacões, inundações e incêndios afetaram mais de dois bilhões de pessoas, causando prejuízos superiores a US$ 608 bilhões, em todo o mundo – uma perda maior do que nas quatro décadas anteriores, combinadas. Porém, cada vez mais,a devastação provocada por estes desastres naturais é de origem “desnatural,” devido a práticas ecologicamente destrutivas e a um número cada vez maior de pessoas residindo no caminho do perigo, conforme constatado por um novo estudo de uma organização de pesquisa com sede em Washington, DC.

“Ao degradarmos as florestas, modificarmos cursos de rios, aterrarmos áreas alagadas e desestabilizarmos o clima, estamos desfazendo a malha de uma rede de segurança ecológica extremamente complexa,” declara a Pesquisadora Sênior e autora de Unnatural Disasters Janet Abramovitz. “Já modificamos tantos sistemas naturais, e tão dramaticamente, que sua capacidade de nos proteger de distúrbios foi gravemente minada.”

Contribuindo também para o custo crescente dos desastres, está a gigantesca expansão da população mundial e da urbanização, colocando no caminho do perigo mais e mais pessoas e um maior número de atividades econômicas. Uma em cada três pessoas – cerca de 2 bilhões – vive hoje a 100 quilômetros de um litoral. Treze das 19 mega-cidades mundiais (com mais de 10 milhões de habitantes) se localizam em áreas costeiras. Os efeitos projetados do aquecimento global, como eventos climáticos mais extremos e a elevação do nível do mar, simplesmente multiplicarão as perdas potenciais.

Embora “desastres desnaturais” ocorram por todos os lados, seu impacto recai desproporcionalmente sobre as populações pobres, que vivem em áreas vulneráveis e dispõem de poucos recursos para se precaverem ou se recuperarem das calamidades. Entre 1985 e 1999, 96 porcento das fatalidades causadas por desastres registrou-se em países em desenvolvimento.

O Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática (IPCC) calcula que os impactos futuros de eventos climáticos extremos afetarão desproporcionalmente as populações pobres. Vietnã e Bangladesh, por exemplo, estão projetados a perder mais de 70.000 quilômetros quadrados de terra, afetando cerca de 32 milhões de pessoas. Os países ricos também não serão poupados. Todo o litoral do Mediterrâneo é particularmente vulnerável à elevação do nível do mar, como também os litorais do Atlântico e do Golfo, nos Estados Unidos.

Os prejuízos econômicos dos “desastres desnaturais” são maiores no mundo em desenvolvimento – o terremoto que sacudiu Kobe, no Japão, em 1995, por exemplo, custou mais de US$ 100 bilhões, o desastre natural mais custoso da história. Prejuízos menores freqüentemente atingem mais severamente os países pobres, onde representam uma maior parcela da economia nacional. Os danos do Furacão Mitch, em 1998, na América Central foram US$ 8,5 bilhões – superiores ao produto interno bruto, conjunto, de Honduras e Nicarágua, as duas nações mais severamente atingidas.

Poucos prejuízos nos países pobres estão cobertos por seguro. No período 1985-99, a grande maioria das perdas seguradas – cerca de 92 porcento – ocorreram nos países industrializados.

“A ampliação de medidas de prevenção financeira para os países pobres é essencial,” declarou Abramovitz. “Como também a manutenção e restauração da segurança ecológica natural em todos os países. Dunas, ilhas-barreiras, manguezais

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