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A BIOSSEGURANÇA NA RADIOLOGIA

Por:   •  29/4/2021  •  Dissertação  •  673 Palavras (3 Páginas)  •  259 Visualizações

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Biossegurança na Radiologia

No dia a dia do trabalho, os riscos estão por toda parte. Por isso, a proteção de todos os profissionais de todas as áreas é tão importante e merece atenção especial. E é ai que entra a Biossegurança para reforçar a obrigatoriedade dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e proporcionar ambientes adequados para se trabalhar, sendo esses princípios básicos.

Na Radiologia a Biossegurança visa prevenir e proteger os profissionais e os pacientes dos riscos inerentes às atividades que envolvam radiação é indispensável e essencial o uso de EPIs adequados para se trabalhar nesta área. Porém, o uso de EPIs não se aplica apenas aos profissionais, mas também em pacientes, acompanhantes, e toda ou qualquer pessoa que estiver exposta a radiação (desde que o EPI não interfira na qualidade do exame, porque se não terá que ser feito novamente expondo o profissional e o paciente a uma dupla dose de radiação). Por esta razão EPIs como aventais de chumbo, protetores de tireoide, óculos plumbíferos e protetor de gônadas nunca devem ser deixados de lado, visto que nosso sistema reprodutor, olhos, tireoide e medula óssea são os órgãos mais sensíveis à radiação.

Contudo nem sempre as precauções são tomadas da maneira correta, pois como a radiação é algo “imperceptível”, sendo indolor, incolor e veloz ela não deixa sequelas visíveis a olho nu, necessitando de um período de latência para o desenvolvimento dos sintomas (como a exposição contínua sem a proteção dos equipamentos de EPIs), logo só se damos conta do quanto ela é prejudicial à saúde quando seus efeitos aparecem, sendo eles, alteração nas células de nosso DNA, possibilidade de causar câncer ou outras complicações como infertilidade, catarata e eritema.

Um exemplo clássico de despreparo em relação à biossegurança foi o acidente com Césio 137, ocorrido em 13 de setembro de 1987, na cidade de Goiânia, em que um aparelho de radioterapia foi abandonado em uma clínica desativada. Toda a tragédia foi decorrente de um descuido na fiscalização do lixo radioativo, o descarte inadequado causou consequências graves à população goianiense que ficou exposta à radiação, onde catadores de sucata retiraram de um aparelho de radioterapia abandonado aquilo que seria fatal: a cápsula misteriosa. Dentro desta cápsula encontraram algo jamais visto, tinha aspecto brilhante e encantava a todos, este material foi distribuído entre curiosos, inclusive crianças. Esse material era o Bário e se desintegrava em um pó azulado e fosforescente, altamente tóxico. Somente após 16 dias da abertura da cápsula é que foi acionada a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEM) e o caso foi controlado. As consequências deste acidente são vistas até hoje, muitos sobreviventes sofrem doenças como câncer, hipertensão e distúrbios variados, e recebem tratamento médico contra estes males.

Agora vamos analisar: Isso poderia ter sido evitado? O que aprendemos com este fatídico acidente? E como proceder para que algo assim não venha acontecer novamente?

Infelizmente isso poderia ter sido evitado, se houvesse um maior preparo referente a biossegurança, medidas de precauções para sinalizar todos os riscos que a radiação pode trazer para nossa saúde, uma maior fiscalização de todo e qualquer equipamento que contenha radiação e principalmente o descarte tivesse sido feito em lugar apropriado. Com isso aprendemos que a radiação é muito perigosa e prejudicial, muitos inocentes foram expostos a ela e acabaram com graves problemas de saúde, simplesmente porque não sabiam do que se tratava e do perigo que estavam sendo expostos. Portanto não apenas a utilização de EPIs é necessária e obrigatoriamente importante, mas também ser feito corretamente o devido descarte de elementos radiológicos em lugares adequados, para que assim possamos prevenir que nenhuma pessoa, animal e até mesmo o meio ambiente sejam prejudicados.

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