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A Crise Do Brasil Part 1

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Por:   •  20/10/2013  •  1.235 Palavras (5 Páginas)  •  603 Visualizações

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Crise do Euro?

recuperação. Em 2009 a renda

alemã caiu 5%, mas para 2010 e

2011 as previsões são de cresci-

mento de 1,2% e 1,7%, respec-

tivamente. A retomada do co-

mércio internacional é um dos

fatores determinantes. A des-

valorização do euro dá reforço

à enorme competitividade in-

ternacional da Alemanha.

O problema das graves crises

localizadas em países de pou-

ca importância (como Grécia e

Portugal) é que o mercado fi -

ca operando em contexto de

maior incerteza frente aos cená-

rios futuros de intervenção pa-

ra enfrentar estas crises. Como

estes países estão na zona do eu-

ro, os atores protagônicos são a

Alemanha e a França. Estes pa-

íses estão focados na proteção

dos seus bancos, principalmen-

te, aqueles que fi zeram opera-

ções de grande risco na periferia

da Europa e que, agora, enfren-

tam problemas. Daí a reação do

governo alemão no sentido de

maior regulamentação dos seus

bancos, bem como a criação de

linhas de fi nanciamento.

Para o governo da Grécia a

regionalização da crise é útil pois

seus objetivos são evitar a quebra

do seu sistema fi nanceiro (gran-

des bancos) e obter taxas de ju-

ros internacionais menores pa-

ra fi nanciar o serviço do passivo

externo. Para que isto ocorra é

necessário usar os esquemas plu-

rilateral (União Européia) e mul-

tilateral (FMI) para obtenção

de recursos externos. Es-

tes esquemas também de-

sempenham papel político

importante no sentido

de dar certa legitimida-

de a medidas duras de

ajuste que implicam queda do

nível de bem-estar da maioria

da população grega.

As conseqüências são pre-

visíveis. Espera-se o maior es-

garçamento do tecido social

(via, por exemplo, contração

do grau de universalização dos

direitos sociais e econômicos),

piora nas condições de traba-

lho, maior exploração do traba-

lhador, concentração da rique-

za e da renda e crescente tensão

nas relações, processos e estru-

turas políticas. A instituciona-

lidade também sofre abalos em

decorrência do acirramento da

disputa pelos recursos contro-

lados pelo Estado. Ou seja, au-

menta a rivalidade entre gru-

pos e classes sociais. Isto não

é, por si só, um problema. Ele

pode ter resultados positivos.

O caso recentíssimo é a tentati-

va do governo dos EUA de im-

plementar uma reforma social-

mente mais justa do sistema de

saúde. Outro exemplo, é a mo-

vimentação da sociedade gre-

ga que “pede a cabeça” dos di-

rigentes políticos que, de uma

forma ou de outra, foram res-

ponsáveis pela crise recente.

■ Reinaldo Gonçalves*

ão há uma “crise do

euro” e, sim, uma crise

localizada na zona do

euro. A União Européia, bem

como o subsistema monetá-

rio europeu (zona do euro), são

marcados por forte assimetria.

A atual crise é, fundamental-

mente, fi nanceira e está locali-

zada, principalmente, na Grécia

e com risco de atingir, de forma

ainda mais aguda, outros países

como Portugal, Irlanda e Espa-

nha. A questão central é que a

desvalorização do euro não é,

por si só, um problema para

os países europeus. Muito pelo

contrário, esta desvalorização

permite aumentar as exporta-

ções, ao mesmo tempo em que

...

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