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A Historia e Crística musical

Por:   •  22/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  995 Palavras (4 Páginas)  •  1.028 Visualizações

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BRENDA GABRIELE MARINHO DE SOUSA

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ATIVIDADE DE PORTFÓLIO

Trabalho apresentado ao Claretiano Centro Universitário para a disciplina de História e Crítica musical: Do Classicismo à Música Contemporânea, como requisito parcial para aprovação na disciplina.

TAGUATINGA

2017

A música do século 19 é marcada pelo estilo romântico, chamado de Romantismo. Enquanto o Clássico (Classicismo) sugere uma obra acabada e perfeita, o Romântico (Romantismo) remete a algo distante, legendário e fantástico, fictício, um mundo imaginário e ideal, distante da realidade cotidiana.  O termo romântico deriva de Romance, sendo originalmente da narrativa ou poema medieval sobre as aventuras de figuras heróicas, como o Rei Arthur e seus cavaleiros, episódios escritos em uma das línguas românticas. Após as revoluções e algumas mudanças da sociedade, os músicos deviam ganhar a vida como agentes livres realizando apresentações públicas, ministrando aulas, compondo por encomenda ou criando músicas para publicação, passando a competir com o mercado livre. Com o crescimento da classe média e a invenção da técnica de litografia, em 1796, que barateava a reprodução de peças, foi proporcionado o crescimento na demanda por músicas publicadas direcionadas para amadores tocarem em suas casas em momentos de lazer. Tais peças dispunham de progressões harmônicas conhecidas, acompanhamentos interessantes, linhas melodiosas, títulos evocativos, associações extra musicais e formas simples. Com o passar do tempo, os compositores passaram a inserir elementos nacionais em suas composições, como canções, operas e peças instrumentais.

“Se o romantismo busca o ilimitado e a distância, a música poderia ser entendida como a mais romântica das manifestações artísticas, uma vez que o material com a qual trabalha – sons e ritmos sujeitos a uma determinada ordem, está quase por completo afastado do mundo concreto dos objetos, e esta característica confere à música especial capacidade de evocar o fluxo das impressões, dos pensamentos e das emoções que é domínio próprio da arte romântica. Partindo desta premissa, a música instrumental seria tida como a arte romântica ideal, uma vez que seu mistério e poder de sugestão – atuando diretamente sobre o espírito sem mediação de palavras – fizeram dela a arte dominante, a mais representativa das formas artísticas do século 19” (GROUT; PALISCA, 2007, p. 573)

Beethoven era um compositor muito respeitado nas casas das famílias nobres de Viena e possuía grande amizade, apoio e financiamento dos aristocratas. Nunca foi obrigado a compor por encomenda e raramente precisou cumprir prazos, dando-se ao luxo de refletir sobre sua obra e aperfeiçoá-la de acordo com seu gosto e satisfação. Num determinado período, sua audição começa a se deteriorar, chegando a cair em crise pessoal ao perceber que a sua surdez era progressiva e irreversível; pensando até mesmo em suicídio. No entanto, prosseguiu compondo e, assim, suas obras foram concebidas como narrativas de seus dramas pessoais. Esse aspecto, então, tornou-se referencia importante a todo compositor romântico.

Em 1803 foi composta uma das obras mais importantes de Beethoven, a intitulada Sinfonia Eróica, obra que se ergueu com o ideal da grandeza heróica. Esta, foi criada com a intenção de ser uma homenagem à Napoleão Bonaparte, que Beethoven acreditava ser o herói que conduziria a humanidade a uma nova era de liberdade, igualdade e fraternidade. Porém, ao saber que seu ídolo era, na verdade, um ambicioso governante, rasgou a folha de rosto em que teria colocado a dedicatória. Entretanto, a Sinfonia Eróica, foi uma obra revolucionária, que trazia para a música proporções e complexidades que dificultaram a compreensão do público e também esse ideal romântico de heroísmo e de superação das adversidades. Na Sinfonia Eróica,, vemos que a interpretação do primeiro movimento, em forma-sonata, remete à história do herói e seus desafios, tendo a execução de dois acordes introdutórios e o tema principal simples sobre as tríades de Mi Bemol Maior, seguida de um inesperado Dó Sustenido e intermináveis variações e desenvolvimentos ao longo do andamento, fazendo alusão ao primeiro conflito enfrentado pelo herói, o qual volta a se erguer com a repetição do tema em dinâmica forte. Esse processo se repete diversas vezes, levando o tema a sofrer diversos tratamentos, levando à sensação de que o herói enfrenta dificuldades, mas sempre triunfa.
Dessa forma, podemos considerar que Beethoven é incorporado como modelo ideal pelos romancistas pelo fato de ter incorporado em suas obras os ideais heróicos e a superação das adversidades, remetendo às sensações de movimentos de superação e triunfo.

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