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A Influência Do Pais Na Vida Esportiva Dos Filhos

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Por:   •  13/6/2014  •  3.153 Palavras (13 Páginas)  •  686 Visualizações

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Camylla Gabryella Silva Pereira

Evanuzia Miranda da Silva

Gleivania

A PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA VIDA ESPORTIVA DOS FILHOS

Trabalho apresentado como requisito da disciplina de Psicologia do Esporte. Sob orientação do professor Jonatha Rospide.

PALMAS-TO

2014

INTRODUÇÃO

Não poderíamos falar sobre a participação dos pais na vida esportiva dos filhos sem mencionar os aspectos que permeiam esse contexto. Sendo assim, na elaboração desse trabalho foi utilizado estudos acerca da participação dos pais na vida esportiva dos filhos, da iniciação esportiva, e da problemática que envolve a especialização precoce.

Essa popularização do esporte muito se deve a influência da mídia, que divulga os eventos esportivos com grande frequência, colocando em evidência os atletas que por vezes tornam-se ídolos. Há também que ser mencionado a pressão dos pais e dos amigos sobre essas crianças e esses jovens, que veem nelas a esperança de obter sucesso e status através do esporte. Segundo De Rose Jr. (2002) “Treinar, competir, vencer, prêmios, são palavras comuns no cotidiano dos jovens que praticam esportes ou que o vislumbram como grande possibilidade de sucesso”.

O ganhar e o vencer a qualquer custo estão presentes em tudo que a criança faz, por isso cabe aos pais, à escola e aos profissionais de Educação Física a orientação educacional esportiva adequada para que a criança não encontre dificuldades na prática esportiva.

REFERENCIAL TEÓRICO

O esporte é um fenômeno que envolve indivíduos da sociedade como um todo, tendo influências de várias instituições como a família, a escola, os clubes esportivos, os técnicos/treinadores. Antes de enfatizar a influência dos pais vale diferenciar prática escolar esportiva de prática esportiva escolar, que segundo Simões, Böhme e Lucato (1999, apud FELKER, 1998), a prática escolar esportiva refere-se aos conteúdos que devem ser desenvolvidos pela Educação Física Escolar, em contrapartida, a prática esportiva escolar refere-se às turmas extracurriculares, com finalidade de representar a escola.

A maioria dos educadores, técnicos e pais acabam valorizando o que chamamos de esporte espetáculo que tem o foco no alto rendimento que por vezes por prejudicar o processo de socialização dos filhos, pois acabam desenvolvendo no esporte o comportamento competitivo. Tanto os pais quanto os professores, os técnicos esportivos, o sistema escolar e a sociedade são responsáveis pelo processo de formação da criança, sendo assim, deve-se ter o cuidado ao incentivar que a criança seja um atleta para não ignora suas vivências escolares, pois pode gerar problemas no esporte escolar, em virtude da criança não socializar e nem vivenciar as demais práticas esportivas.

Conforme Samulski (2002), no desenvolvimento da personalidade das crianças em se tratando de esporte de alto nível, deve-se considerar suas funções biológicas, como ela recebe e processam as informações, seus processos cognitivos, motivacionais, emocionais, psicossomáticos e sociais. E por fim, as influências da família, da escola, do tempo livre e do esporte de rendimento.

O presente estudo teve como premissa realizar um levantamento a respeito da participação dos pais na vida esportiva dos filhos. Houve a participação de 235 escolares que responderam questões acerca da participação do pai e da mãe separadamente, em relação à assistência direta, ao nível de incentivo, ao nível de exigência para a prática esportiva e ao nível de exigência para que seus filhos tornem-se bons atletas. Considerou-se também o fato do adolescente ser do sexo masculino ou feminino.

Os resultados mostraram que tanto o pai quanto a mãe desempenham papel importante na vida esportiva dos filhos de ambos os sexos. Quanto à assistência direta, ou seja, quanto ao apoio e a proteção familiar, tanto o pai quanto a mãe desempenham papel igualmente importante na vida esportiva dos filhos de ambos os sexos. Quanto ao nível de incentivo para a prática esportiva, mostrou que tanto do pai quanto a mãe incentivam de modo igual seus filhos para o esporte, em ambos os sexos. Quanto ao nível de exigência para a prática esportiva, verificou-se que o pai exige mais das crianças do sexo masculino do que das crianças do sexo feminino, sendo assim maior a exigência para os meninos. Isso reflete o interesse e as exigências dos adultos para tornarem seus filhos mini atletas. Surgem então parâmetros de estudiosos que afirmam que a competitividade infantil é levada para a vida social podendo ser prejudicial e outros que acreditam que isso contribui para formação das crianças no sentido de desenvolver a disciplina, a dedicação e a cooperação.

Samulski (2002) também ressalta as vantagens e desvantagens do esporte de rendimento para jovens. Com relação às vantagens o esporte desenvolve a determinação, a concentração, favorece o desenvolvimento da personalidade, da autonomia, autoconfiança, coleguismo, disciplina, capacidade de comunicação. Por outro lado, destacam-se as desvantagens no que diz respeito ao pouco tempo para realizar outras atividades diárias que prejudicam o relacionamento com pessoas que não sejam do meio esportivo, as demais atividades escolares ficam em segundo plano, há um nível de exigência muito grande que leva ao estresse emocional, nervosismo, frustração, desmotivação, medo de fracasso, fixação pela vitória, dentre outros.

Quanto ao nível de exigência para que seus filhos tornem-se atletas, verificou-se que apesar dos dados mostrarem que a maioria dos pais não exigem bons resultados esportivos de seus filhos, o pai exige mais do sexo masculino para se tornar um bom atleta, do que do sexo feminino. Com relação ao comportamento da mãe nesse aspecto, verificou-se que não há uma diferença significativa entre o sexo do filho e a exigência da mesma para que se tornem bons atletas, mostrando que estão mais preocupadas com a interação das crianças e a vivência nos diferentes esportes, podendo então beneficiar no desenvolvimento da personalidade infantil.

Samulski (2002, apud WURT e SABOROWSKI, 1999, p. 45) relatam que os pais influenciam de maneira diferente meninos

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