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A OCUPAÇÃO DO CERRADO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

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Por:   •  6/6/2014  •  2.740 Palavras (11 Páginas)  •  776 Visualizações

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Introdução

Todos nós temos direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial á sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e á coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações diz o artigo 225, capitulo VI da Constituição Federativa do Brasil de 1988.Porém realmente estamos o poder público e a coletividade fazendo algo para termos direito a esse meio ambiente ecologicamente equilibrado? A resposta seria : muito pouco

Grandes são os problemas com as práticas agropecuárias predatórias , o extrativismo vegetal(atividade madereira) e a má gestão dos resíduos urbanos, e piores são os agravantes de ordem rural e urbana como: perda da biodiversidade em razão do desmatamento e das queimadas: degradação e esgotamento dos solos decorrente das técnicas de produção e ; escassez da água pelo mau uso e gerenciamento das bacias hidrográficas; contaminação dos corpos hídricos por esgoto sanitário; poluição do ar nos grandes centros urbanos.Assim nosso querido Brasil tem uma das maiores pontuações de áreas devastadas do mundo. Diante dessa situação degradante, é necessário que cada cidadão assuma uma postura ambientalista, reinvindicando de nossos representantes(do poder público) a intensificação de ações e programas preventivos que realmente combinem o desenvolvimento econômico do país com os princípios de sustentabilidade ecológica.

São para ontem, as novas políticas para reger investimentos, finanças, energia e conhecimento, a fim de amar a atividade econômica para modos de produção que favoreçam a conservação dos recursos. É um pouco disso que veremos no nosso trabalho.

Resumo

Durante muito tempo, o cerrado brasileiro foi desprezado como se não passasse de um imenso terreno baldio salpicado de árvores retorcidas, no centro do país. Não despertava atenção como área potencial de desenvolvimento econômico, muito menos como um ecossistema digno de preocupações preservacionistas. Em apenas três décadas, o cenário mudou. Através da modernização da agricultura, estas áreas passaram a ser mais férteis e de boa qualidade para o cultivo de algumas culturas, como algodão, cana-de-açúcar e soja. A região do cerrado hoje é responsável por parte da produção de grãos que é exportado.

A ocupação do Cerrado

O precursor do processo de ocupação do Brasil central, no século XVII, foi o interesse por ouro e pedras preciosas. Pequenos povoados, de importância inexpressiva, foram sendo formados na região que vai de Cuiabá a oeste do triângulo mineiro, e ao norte da região dos cerrados, nos estados de Tocantins e Maranhão.

Contudo, foi somente a partir da década de 50, com o surgimento de Brasília e de uma política de expansão agrícola, por parte do Governo Federal, que iniciou-se uma acelerada e desordenada ocupação da região do cerrado, baseada em um modelo de exploração feita de forma fundamentalmente extrativista e, em muitos casos, predatória.

A explosão agrícola sobre o cerrado deparou-se com uma região de solos, caracteristicamente, com baixo teor nutricional e ácidos. Estes, na maioria dos casos, não submetidos a qualquer trato cultural e ainda expostos a ciclos periódicos de queimadas, em poucos anos tornavam-se inviáveis para a produção a nível comercial. Esta situação iniciava um processo migratório das lavouras em busca de novas áreas de plantio. Comportamentos como estes podem ainda ser observados entre os pequenos produtores na região do cerrado.

O desmatamento, para a retirada de madeira e produção de carvão vegetal, foram, e ainda são, atividades que antecederam e "viabilizaram" a ocupação agropecuária do cerrado. Estima-se que até o ano 2000 mais da metade da área total do cerrado atual esteja modificada pela atividade agropecuária.

Concomitantemente com o aumento das atividades agropastoris, o acelerado ritmo do processo de urbanização na região, no período de 1970-91 houve um incremento demográfico de 93% na região dos cerrado, também tem contribuído para o aumento da pressão sobre as áreas ainda não ocupadas do cerrado.

Estima-se que atualmente cerca de 37% da área do cerrado já perderam a cobertura original, dando lugar a diferentes paisagens antrópicas. Da área remanescente do cerrado, estima-se que 63% estejam em áreas privadas, 9% em áreas indígenas e apenas 1% da área total do cerrado encontra-se sob a forma de Unidades de Conservação Federais. Dentre os biomas brasileiros, calcula-se que o Cerrado seja responsável em torno de 5% da biodiversidade mundial (PIRES, 1999), havendo uma variedade de ambientes presentes nos quais: Campo Cerrado, Campo Sujo, Campo Campestre, Cerrado strito sensu, Cerradão, Veredas, Mata Ciliar e Galeria contribuindo para a grande diversidade de espécies animais e vegetais, ou seja, há uma heterogeneidade espacial (sentido horizontal). Ao passo que na Amazônia e Mata Atlântica ocorre uma estratificação vertical (existência de várias ‘camadas’ de ambientes), que proporciona oportunidades diversas para o estabelecimento das espécies. È, pois importante manter o mosaico deste bioma como estratégia básica de se existir sua diversidade biológica expressiva (MACHADO, et al, 2004). Até mesmo quando se trata dos usos e costumes das populações tradicionais é essencial que esse mosaico seja preservado uma vez que essa biodiversidade contribui também para diferentes apropriações, permitindo a existência de uma cultura.

O Cerrado apresenta altos índices de endemismos para as plantas, das 10.000 de suas espécies, 4.400 é endêmico o que representa 1,5% de toda flora mundial. Entre as espécies animais esta região abriga 1.268, das quais 117 são endêmicas. Deste número 837 são aves com 29 espécies endêmicas; 161 espécies de mamíferos com 19 endêmicas; 120 de répteis com 24 espécies endêmicas. Os anfíbios são o grupo animal com maior endemismo com 45 das 150 espécies são classificadas como endêmicas. Destacando que esses números devem ser constantemente revistos uma vez que a pesquisa esta aumentando o conhecimento sobre a diversidade biológica deste bioma (Myers et al apud Pinto & Diniz Filho, 2005).

Com o processo de modernização agrícola que ocorreu nas áreas de Cerrado, sobretudo na década de 70 houve um grande êxodo rural. Devido principalmente a este fato, pode se constatar

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