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A REPÚBLICA RESUMOS

Por:   •  23/2/2021  •  Resenha  •  2.258 Palavras (10 Páginas)  •  104 Visualizações

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A REPÚBLICA - RESUMOS

PLATÃO

Carol O.

TODOS OS LIVROS

https://www.youtube.com/watch?v=8YBne9Ln_38 – A República

LIVRO VI

https://www.youtube.com/watch?v=p07S-1PcmnA – Livro VI

  • Continua o tema do Livro V que fala a diferença entre filósofos e não filósofos. O Livro VI se conecta ao anterior quando todos concordam que é o filósofo quem deve governar a cidade
  • O filósofo vê a essência das coisas além da aparência, é mais capaz de guardar as leis, é avesso à mentira, é justo e bom, dotado de uma alma superior
  • Adimanto questiona Sócrates acerca do filosofo na vida real, pontuando que o filosofo seria um ser arrogante e mesquinho uma vez que passou toda a juventude estudando e por isso se julga superior à cidade. Sócrates responde fazendo uma analogia da cidade com um navio: o comandante/dono do navio não se sente apto para conduzir ao destino certo (representa a população em geral); os marinheiros (classe política) disputam pelo comando pois acreditam que controlar um navio não requer muito estudo; o navegador experiente não está envolvido na disputa pelo poder (representa o filosofo), dessa forma, para os marinheiros, o piloto é um indivíduo inútil e só interessado em observar estrelas (por isso o filósofo é mal visto pela sociedade)
  • Para as pessoas da cidade o filosofo não é admirado porém essas pessoas que se julgam detentoras da verdade estão presas em seu egoísmo por não entenderem o quão pouco sabem
  • Para Sócrates, os governados que deveriam ir atrás do governante pois são os governados que precisam do governante (e não o contrário), assim como o doente que procura o médico
  • O filosofo de verdade entende a responsabilidade e o peso que é governar uma cidade
  • O problema da filosofia são os que dizem ser filósofos mas não são, eles mancham a imagem da filosofia. O filosofo deveria ser admirado pois ama a verdade, tem coragem, é generoso, tem boa memória e facilidade no aprendizado
  • O problema da educação do filósofo é a sua corrupção. Além de cuidar de sua alma, é preciso cuidar para que o filosofo não se corrompa com as vaidades do mundo, ou seja, se engane com o que parece ser belo mas não é (dinheiro, ganância e luxuria). Uma alma bem educada corrompida é pior que uma alma medíocre pois é capaz de várias injustiças.
  • Como nenhum governo chega perto dessas ideias, o ideal seria criar um novo governo já que readaptar um Estado é muito difícil (pois já está com alma formada e corrompida).
  • Educação ideal dos filósofos, segundo Sócrates: é gradual e inicia-se desde a infância, educando do corpo à dialética. O conhecimento de “bem” deve ser conhecido por ele.
  • Contudo, o conceito de bem não é um só e Sócrates promete falar sobre o filho do bem, falando do pai logo depois. E essa é a Alegoria do Sol.

https://www.youtube.com/watch?v=Bz6X_aCVJuw – Alegoria do Sol

  • A Alegoria do Sol: Sócrates começa a falar dos nossos sentidos, especificamente da visão, algumas coisas são percebidas pela visão mas não pelo pensamento. Da mesma forma, as ideias são concebidas em nossa mente mas não podem ser fisicamente vistas. Para se efetivar, a visão necessita da luz (o Sol), ou seja, possibilitando o entendimento do mundo sensível. Assim é o bem no mundo inteligível (das ideias), sendo ele a fonte de iluminação e entendimento intelectual.
  • Quando a visão se fixa em algo iluminado ela fica clara, revelando a verdadeira essência das coisas. Contudo, quando está em meio à escuridão, a visão fica comprometida, turva, cheia de opiniões voláteis e privada de inteligência. Portanto, o bem fornece a verdade ao sujeito que contempla as ideias assim como o Sol fornece luz para entendimento dos objetos no mundo visível.
  • O que transmite a verdade as coisas é o bem, o bem é o próprio Sol.
  • Assim, Sócrates exemplifica a divisão do mundo sensível e inteligível por meio da Alegoria da Linha Dividida.

https://www.youtube.com/watch?v=pSUX0NbCs1A – Alegoria da Linha Dividida

  • A Linha Dividida: além da divisão entre sensível e inteligível, cada mundo é subdividido em outras 2 partes, gerando 4 partes no conjunto dos 2 mundos, isso tudo em um segmento A-E.
  • No mundo sensível (A-C), temos os reflexos e as sombras de todas as coisas existentes (AB) e todas as coisas físicas naturais que podem ser visualizadas (BC), esses elementos (A-C) representam o conhecimento baseado nas ilusões, nas opiniões, nas crenças e no senso comum.
  • O mundo das ideias é representado pelo segmento C-E, sendo o conhecimento mais baixo (CD) representado pelo pensamento discursivo ou matemático (que é abstrato e não possui representação no mundo sensível, como os números). O conhecimento mais elevado (DE) é o conhecimento verdadeiro, o próprio ideal de belo e a inteligência (estão aqui as ideias, as formas e o belo).
  • As 4 operações da alma: suposição/opinião (AB), fé (BC), entendimento (CD) e inteligência (DE).
  • As 4 operações da alma devem ser aplicadas nos 4 segmentos da Linha Dividida. A opinião (doxa) é própria do mundo sensível pois não há investigação intelectual. O conhecimento verdadeiro (espiteme) é próprio do mundo inteligível pois faz o movimento dialético de ideia para ideia.

Leitura

LIVRO IX

https://www.youtube.com/watch?v=KTOeQEmMZ_8 – Livro IX

  • Análise aprofundada acerca do que é o homem tirano
  • Antes disso ele analisa o que são os desejos. No Livro VIII, é falado do homem democrático. Então, Sócrates pede que imaginemos a natureza do filho do homem democrático cercada por um grande desregramento (chamado pelos outros de liberdade) que acumula dentro de si cada vez mais desejos e “prazeres desenfreados”
  • Existem desejos terríveis que podem acometer o homem, aguçando sua cobiça no auge do desregramento e assim gerar uma busca desenfreada pelo poder, tornando esse homem um tirano (que pode ser capaz de tudo)
  • O homem tirano faz acordado o que os outros só são capazes de fazerem dormindo. Seus desejos são extremos e insaciáveis, os mais horríveis e gananciosos perante a democracia
  • Os tiranos seriam desleais e injustos ao extremo pois são reféns de suas próprias paixões, sendo os mais infeliz entre os homens.
  • Uma cidade governada pela tirania será governada pelo medo, sendo a mais infeliz de todas as cidades
  • As 3 principais formas de prazer (satisfação pessoal) segundo Sócrates: aprendizado e reflexão (1), honrarias e glorias (2), apetites do corpo (3). Os prazeres estão divididos entre as classes, sendo o filosofo o que busca aprendizado, o guerreiro o que busca honra e o homem ignorante o que busca a satisfação física (desejos carnais e financeiros)
  • Não faz diferença se a cidade perfeita existe ou se vai existir, mas sim suas leis. O que faz pensar que o mais importante em “A Republica” seja a reflexão acerca do bem e da justiça, e apenas em segundo plano a cidade perfeita, buscando então uma definição pelo que consiste a Justiça.

Leitura

  • 241

LIVRO X

https://www.youtube.com/watch?v=_S9ZP6831bg – Livro X

  • Pode ser dividido em 3 partes
  • 1ª parte do Livro X é um diálogo entre Sócrates e Glauco, sendo mais da metade do livro X, no qual Sócrates ataca a arte da imitação e os poetas. Sem conhecer o que obras realmente são elas causam mal e a ruina daqueles que assistem. Por isso, apenas obras condizentes com os princípios da cidade ideal deveriam ser permitidas para que, desde a infância, os cidadãos construíssem almas virtuosas, justas e puras. Sócrates diz que por mais belas que sejam as obras dos poetas trágicos, inclusive admirados por ele como Homero, é com a verdade que devemos nos comprometer. Os poetas são incapazes de representarem os conceitos de forma verdadeira, mas apenas representam algo que se assemelha aos conceitos verdadeiros. Para Sócrates, a cópia seria algo obscuro quando comparado ao objeto real. Como exemplo temos um objeto original, a primeira espécie seria diretamente criada pelos deuses, a segunda espécie seria a cópia desse objeto reproduzida por um profissional e a terceira espécie seria a cópia dessa reprodução profissional, realizada por um artista (ou seja, a cópia da cópia). Logo, o autor da tragédia, que é um imitador, estaria afastando em 3 graus a verdade. Além disso, a aparência de um objeto depende do ponto de vista, um pintor ao imitar a realidade, por exemplo, está consideravelmente distante da verdade.
  • 2ª parte do Livro X: busca elaborar uma maneira de falar dos valores e ideais de como a alma pode se perder. Para Sócrates o homem precisa achar os valores que sua alma perdeu quando veio para o mundo material (e não criar valores novos). A imitação só causa confusão pois não incentiva a buscar fundamentos ou procurar a razão, não ensina o valor verdadeiro mas sim apenas uma cópia. Os poetas valem-se das coisas existenciais percebidas pelos sentidos quando narram suas epopeias, e em muitas obras defendem valores medíocres como obras materiais e desejos humanos, não os verdadeiros valores da cidade justa (capacidade da alma em elevar-se e entender o que é justiça e bondade. Só a razão pode nos fazer enxergar que o mundo justo existe longe de nós). A justiça e a bondade não são valores deduzidos das práticas de existência, pois o que os homens acham bom ou justo varia de acordo com lugar/região/cultura. Para Sócrates, os valores devem ultrapassar a relatividade histórica e cultural. Os valores e ideias de uma cidade justa precisam ser encontrados nas almas dos indivíduos a fim de serem reproduzidos na cidade ideal. O verdadeiro conhecimento e entendimento está no mundo inteligível. Um valor importante e fundamental como a justiça não deveria ser relativo e sim absoluto
  • Na 3ª parte do livro Sócrates conta o Mito de Er, valendo-se da narrativa de uma pessoa que já está morta
  • Todo o Livro X é uma análise da função da alma como fundamento do que é eterno, em contraposição à existência sempre manipulável e mutável

https://www.youtube.com/watch?v=HKCHcLBWrt0 – O Mito de Er

  • O Mito de Er representa como a alma originaria do mundo inteligível retorna ao mundo sensível por meio de uma espécie de reencarnação.
  • Er regressou à vida após sua morte, sendo escolhido pelos juízes da alma para contar aos vivos sobre o além. Er foi morto em batalha e é o único que voltou do reino dos mortos para contar aos vivos como é a vida após a morte.
  • No relato é dito que quando as almas se apresentam para uma nova vida na terra, uma divindade as coloca em ordem, apresentando às almas 3 entidades: Láquesis (Passado), Cloto (Passado) e Átropos (Futuro).  Essas entidades também são conhecidas como Moiras, tecedoras dos fios dos destinos das pessoas. Cloto tece o fio da vida, Láquesis cuida da sua extensão e caminho e Átropos corta esse fio.
  • Laquesis anuncia os lotes e os diversos modelos de vida para as almas que irão renascer na condição de mortais, ela realiza como que um sorteio e aquele que for sortudo deverá escolher uma vida à qual ficará ligado. Portanto, a ordem de preferência na opção de vida se dá por sorteio. Mesmo sendo sorteio, a alma tem chance de escolha pois o número de vidas a serem sorteadas é maior que o número de almas existentes para reencarnar, sendo assim todos podem escolher aderir à uma vida virtuosa. Ou seja, depois do acaso a alma possui liberdade para escolher atender em sua vida aos princípios da virtude. É dito que a virtude não tem senhor, é uma responsabilidade de quem escolhe.
  • Platão é contrário à ideia de que os deuses definem os destinos das pessoas, para ele somos nós que escolhemos a vida que temos. Nas palavras de socrates, “cada um terá a virtude em maior ou menor grau, a responsabilidade é de quem escolhe, os deuses são isentos de culpa”
  • No Mito as mais diversas vidas eram possíveis e estavam disponíveis, longas ou breves, esquecidas ou ilustres, ricos ou pobres, tiranos que enriqueciam até a morte e até vidas obscuras (confusas e medíocres, insignificantes). Mas em nenhuma delas as disposições do caráter estavam determinadas, e por ser muito difícil que o caráter mude conforme a vida que escolhemos, deveria se buscar por essa escolha atingir uma vida virtuosa e boa. Conhecendo a si mesmo poderia ser feita uma escolha sábia.
  • Não é somente a vida que acontece, também nós fazemos acontecer na vida, mas se todos os demais elementos da condição de vida escolhida estavam misturados (riqueza/pobreza, saúde/doença, democracia/tirania, facilidade/dificuldade de aprender) o que poderia nos dar a capacidade uma vida honesta e virtuosa tanto quanto possível? Para Platão é fundamental que aprendamos a prever o bem ou o mal produzido pela mistura dessas características. Para uma vida melhor (mais justa) deve-se sempre escolher o modelo intermediário dessas vidas, evitando o excesso de ambos os lados, é assim que o homem alcança a maior felicidade.
  • Platão chama de má vida a que resulta a entornar a alma mais injusta no final do processo. Boa vida é aquela que aproxima a alma do melhor e assim do mundo inteligível
  • Sobre a alma de Ulisses, herói da guerra de Troia, é dito que a sorte reservou lhe ser a última pessoa a escolher, ficou com uma vida simples e livre de complicações. Então ele disse que foi feliz com a escolha e que teria feito a mesma caso a sorte tivesse o designado como primeiro a escolher.
  • No fim é explicado o fato de não termos escolhido por nossas vidas. Isso acontece pois antes de reencanarmos bebemos da agua do rio do esquecimento.
  • Assim, Platão busca mostrar que a concepção fatalista e determinista do destino está errada, não importando o tipo de vida que escolhemos e que levamos.

https://www.youtube.com/watch?v=HCnYejCa2oc – O Livro X e Hípias Maior

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