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A Universidade Como Meio De Transferência Tecnológica E Seu Papel No Empreendedorismo

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Por:   •  29/5/2014  •  4.136 Palavras (17 Páginas)  •  372 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

A Universidade como Meio de Transferência Tecnológica e seu papel no Empreendedorismo

Aluno: Rogério Antônio Campos

Resumo

Este artigo tem como objetivo identificar os mecanismos disponibilizados pela Universidade para abordar os temas: Empreendedorismo, transferência de tecnologia e inovação, visando assim facilitar e promover o processo de crescimento das micro e pequenas empresas. A universidade sempre foi reconhecida por formar recursos humanos altamente qualificados e de conhecimento científico. Portanto é imperativo que a Universidade se aproxime das Empresas com o objetivo de promover o desenvolvimento de novas tecnologias repassando-as para as micro e pequenas empresas.

Abstract

This article aims to identify the mechanisms provided by universities to address issues of entrepreneurship, technology transfer and innovation, thus aiming to facilitate and promote the process of micro and small enterprises growth. The university has always been recognized for training highly qualified human resources and scientific knowledge . Therefore it is imperative that the University moves closer to companies aiming to promote the development of new technologies delivering them to micro and small enterprises.

Palavra Chave: Empreendedorismo, tecnologia, Inovação, Micro e pequenas empresas

Key Word: Entrepreneurship, Technology, Innovation, Micro and small enterprises

Introdução

As teorias econômicas sempre contribuíram para o desenvolvimento da tecnologia e da inovação, o tema passou a ter mais destaque a partir do século XX onde muitos estudos (teorias) sobre o assunto foram abordados por vários pesquisadores e entre eles, destaca-se Joseph Schumpeter, (1982), que com sua teoria deu um impacto considerável no debate sobre transformações tecnológicas e desenvolvimento econômico, foi dele a observação de que as longas ondas dos ciclos do desenvolvimento no capitalismo resultam da conjugação ou da combinação de inovações, que criam um setor líder na economia, ou um novo paradigma, que passa a impulsionar o crescimento rápido dessa economia (kleinknecht) 1990. Segundo Schumpeter (1982), os investimentos nas novas combinações de produtos e processos produtivos de uma organização repercutem diretamente em seu desempenho financeiro, de modo que o moderno empresário capitalista deve desempenhar ao mesmo tempo um papel de liderança econômica, tecnológica e inovação. Com a introdução e ampliação de inovações tecnológicas e organizacionais nas empresas, constitui um fator essencial para as transformações na esfera econômica e seu desenvolvimento no longo prazo. No Brasil, assistiu-se, a partir de meados dos anos 90, a um investimento crescente em políticas de inovação. A criação dos fundos setoriais para financiamento de pesquisas, a formulação da Lei de Inovação e o crescimento na importância das Incubadoras de empresas apontam para a tendência de se integrar experiências e práticas de inovação tecnológica (TRIGUEIRO, 2002). Portanto O empreendedorismo tem sido um tema recorrente nas análises de incubadoras de empresas. Recentemente, organizações, centro de pesquisas, universidades e instituições públicas têm se dedicado a investigação desse objeto de estudo. Portanto as empresas têm de repensar sua missão e seus métodos de atuação. Dessa forma, não adianta somente a teoria da inovação. De acordo com Pinchot (1989), “a inovação quase nunca acontece em grandes organizações, sem que haja um indivíduo ou pequeno grupo apaixonadamente dedicado a fazê-la acontecer”. Nesse novo tempo o conhecimento torna-se o bem mais importante dentro de uma organização. Porém conhecimento só não basta. É preciso por em prática e fazer. Isso decorre muitas vezes do espírito empreendedor. Segundo Drucker (1989), os empreendedores inovam. A inovação é o instrumento do espírito empreendedor. Portanto, podemos observar a importância do comportamento empreendedor e das características empreendedoras dentro das organizações. Em sua obra Thimmons (1990), afirma ”o empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século XXI mais do que a Revolução Industrial foi para o século XX”, quando o termo empreendedorismo é usado deve-se pensar em uma alternativa para o gerenciamento de empreendimentos. A transferência de tecnologia da universidade para a indústria corresponde a um processo de transferência de conhecimentos e de competências específicas, desenvolvidas a partir da realização de pesquisas, que tem por finalidade promover a capacitação tecnológica das empresas receptoras. A gestão da tecnologia nas universidades públicas brasileiras tem ganhado crescente importância para o sistema de inovação brasileiro. A Lei de Inovação de 2004 forneceu diretrizes legais específicas acerca da propriedade intelectual, cooperação técnica e transferência tecnológica favorecendo a intensificação desses processos. A utilização do conhecimento gerado nas universidades brasileiras representa rica fonte de informação e capacitação para o desenvolvimento de novas tecnologias, resultando no fato de que a transferência de tecnologia entre universidade e setor produtivo consiste em um caminho alternativo e complementar para o alcance de um patamar tecnológico superior das empresas brasileiras. Entre as diversas formas de transferência de tecnologias resultantes da pesquisa acadêmica, destacam-se o licenciamento de patentes e a criação de novas empresas – spin-offs, sendo que tais mecanismos formais de transferência de conhecimentos e transformação em bens disponíveis ao mercado têm sido considerados a mudança mais significativa nas relações universidade-empresa (U-E) nos últimos anos GUSMÃO, (2002).

Universidade como geradora de transferência de tecnologia

Inicialmente, cumpre destacar que a preocupação com a gestão tecnológica no contexto acadêmico está diretamente relacionada à etapa subsequente à atividade de pesquisa que resulta em novos conhecimentos passíveis de se transformarem em tecnologias comercializáveis. Uma abordagem possível sobre a visão da universidade enquanto organização de C&T se refere ao conceito de universidade empreendedora, no qual

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