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A institucionalização dos serviços sociais diante de cenários políticos, econômicos e sociais de cada momento histórico

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Por:   •  20/11/2014  •  Relatório de pesquisa  •  1.507 Palavras (7 Páginas)  •  238 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho traz à tona reflexões sobre memorial do processo de institucionalização do serviço social, em face aos cenários políticos, econômico e social, de cada momento histórico.

A expressão Serviço Social foi usada pela primeira vez em 1904 nos Estados Unidos. Os agentes sociais, executores da prática da assistência social, profissionalizaram-se com ênfase na prestação de serviços, denominado Serviço Social.

Na Europa e Estados Unidos o surgimento do Serviço Social esteve atrelado ao contexto da Revolução Industrial, surgimento e ascensão do capitalismo industrial, entre os séculos XVIII e XIX. Diante das sequelas sociais impostas por este sistema aos trabalhadores, surgem as práticas assistenciais que serviram como mecanismos de consolidação da hegemonia capitalista.

No Brasil, a profissão de Serviço Social foi regulamentada no ano de 1957, suas primeiras escolas surgiram a partir de 1936 no contexto da industrialização e da exploração de operários, ligada a igreja, de caráter beneficente e caritativo. No período da ditadura militar, décadas de 70 e 80, os assistentes

sociais serviam apenas como executor das políticas sociais. Influenciado pelas idéias de Marx e pelo movimento de reconceituação, o Serviço Social assume uma concepção mudancista, repensa o seu papel na sociedade brasileira, conferindo a esta profissão caráter crítico, político e classista.

Nas décadas 80 e 90, avanços significativos aconteceram, entre estes a promulgação da Constituição Federal de 1988, e no âmbito do Serviço Social, a elaboração do projeto profissional, destacando o Código de Ética Profissional em 1993, e a Lei de Regulamentação da Profissão.

No contexto atual, o Serviço Social configura-se como uma profissão interventiva, cujo objeto de intervenção são as expressões multifacetadas da questão social que busca diminuir as disparidades sociais, atuando também na gestão e proposição de políticas públicas.

2 DESENVOLVIMENTO

O Serviço Social é uma profissão interventiva que busca diminuir as disparidades sociais. Um assistente social atua, através de pesquisas e análises de realidade social, na formulação, execução e avaliação de serviços, programas e políticas sociais que buscam a preservação, defesa e ampliação dos direitos humanos e a justiça social.

O trabalho do assistente social tem como objetivo visar e garantir direitos e assistência para a população desamparada, fazendo isso por meio de políticas sociais, de forma organizada e planejada, lutando contra os problemas das injustiças que podem afetar os desamparados socialmente.

Surgiu na década de 30, Com a nova visão de sociedade assistencialista, foram formados os primeiros grupos de mulheres designadas a serem assistentes sociais, para fazer o intercâmbio entre as necessidades da população e o governo, muito foi o apoio da Igreja católica nesse acontecimento.

Ao atuar como assistente social, o profissional deve enfatizar as variáveis que interferem no desenvolvimento da sociedade, pois o sujeito está inserido tanto no contexto econômico quanto no político e cultural, verificando-se ainda as particularidades do mesmo e as relações que, por muitas das vezes se concretizam na contradição, interferindo diretamente na qualidade de vida dos cidadãos e no próprio trabalho do assistente social, o que o torna um grande empreendedor. Cabe ao profissional formular e executar planos, programas e projetos sociais a partir do estudo e análise da realidade em questão. Cabe a ele também propor políticas públicas, garantindo assim os direitos sociais dos cidadãos.

O Serviço Social serviu aos propósitos da burguesia, que utilizou os primeiros profissionais da área, para, de forma indireta, amenizar os conflitos surgidos entre a crescente classe operária absorvida pelo sistema capitalista em ascensão, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos da América, no princípio, possuía um caráter de filantropia, sem, contudo, apresentar um perfil profissional. Durante muito tempo, o mesmo assim se manteve, aderindo, posteriormente, aos dogmas da doutrina social da Igreja Católica, que deu um aspecto ‘humanista’ à profissionalização desta área, perfil este que foi incorporado no início do século passado, pelo Serviço Social desenvolvido no Brasil.

Ao mesmo tempo em que se desenvolveu na Europa, seguindo concepções semelhantes, o Serviço Social também se desenvolveu nos Estados Unidos, que se tornaram o centro de referência do capitalismo, logo no início do século XX. Tanto na Europa, quanto nos EUA, foram desenvolvidos esforços no sentido de viabilizar a profissionalização do Serviço Social.

Em síntese, o surgimento do Serviço Social no Brasil recebeu uma forte influência europeia. No entanto, a expansão do Serviço Social, somente ocorreu a partir de 1945, visando atender as exigências e necessidades de aprofundamento do capitalismo no país, motivadas pelas mudanças pós-Segunda Guerra Mundial. Originado de uma prática concreta e de uma posição de vanguarda, o Serviço Social no princípio, caracterizou-se pela formação de profissionais destinados a atuarem nos problemas sociais, que envolveram todos os setores da sociedade, como uma consequência das transformações econômicas e industriais, surgidas a partir da segunda

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