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ATPS De Segurança Do Trabalho

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Por:   •  31/3/2014  •  3.058 Palavras (13 Páginas)  •  287 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O termo ergonomia é originário do grego ergon (trabalho) + nomos (regras), e foi utilizado pela primeira vez pelo cientista e biólogo polonês Wojciech Jastrzebowski em 1857 em um artigo com o título “Ensaio de ergonomia ou ciência do trabalho, baseada nas leis objetivas da ciência da natureza”.

“Ergonomia é o estudo científico, da relação entre o homem, seus meios, métodos e espaços de trabalho. Seu objetivo é elaborar, mediante a contribuição de diversas disciplinas científicas que a compõem, um corpo de conhecimentos que, dentro de uma perspectiva de aplicação, deve resultar em uma melhor adaptação ao homem dos meios tecnológicos e dos ambientes de trabalho e de vida”. Conceito da International Ergonomics Association (IEA).

“Ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho às características fisiológicas e psicológicas do ser humano”. Definição de ergonomia da Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO).

Embora não exista um material consistente sobre a história da ergonomia, sabe-se que teve grande incremento depois da 2° Guerra Mundial, quando a industrialização toma um impulso maior, e começa a surgir uma maior integração entre homem, atividade e máquina.

Quase 100 anos mais tarde em 1949, um engenheiro inglês chamado Murrel criou na Inglaterra a primeira sociedade nacional de ergonomia, a “Ergonomic Resarch Society”.

Posteriormente desenvolveu-se em diversos países industrializados, como a França, Estados Unidos, Alemanha, Japão e nos países escandinavos.

Em 1959 é fundada a “International Ergonomics Association”.

Na data de 31 de agosto de 1983 é criada a “Associação Brasileira de Ergonomia”. Em 1989 é implantado o primeiro mestrado do país no PPGEP/UFSC.

A partir do início dos anos 80 a ergonomia começa a ter duas linhas de direcionamento, a europeia e a americana.

Wojciech Jastrzebowski

RELATORIA 1 – INTRODUÇÃO A ERGONOMIA

1. Quais são os principais objetivos da Ergonomia?

O principal objetivo prático da ergonomia é elevar a qualidade de vida do ser humano, e assim elevar seu desempenho no trabalho, diminuir a fadiga, evitar doenças e acidentes, tendo por consequência um melhor resultado qualitativo e quantitativo das atividades realizadas.

Preservar a saúde do bem mais precioso das corporações é o aspecto mais importante dentro da indústria, comércio e serviços, tendo em vista que aproximadamente 65% das patologias diagnosticadas nos consultórios médicos e hospitais tem origem no ambiente de trabalho, dentre as principais estão as L.E.R., D.O.R.T. e o Stress.

L.E.R.

É a abreviatura de Lesões por Esforços Repetitivos e consiste em uma entidade, diagnosticada como doença, na qual movimentos repetitivos, em alta frequência e em posição ergonômica incorreta de qualquer atividade humana, seja ela profissional ou não, podem causar lesões de estruturas nos tendões, músculos e ligamentos.

D.O.R.T.

Os distúrbios osteomusculoligamentares relacionados ao trabalho são um grupo heterogêneo de distúrbios funcionais ou orgânicos causados pela fadiga neuromuscular oriunda do trabalho realizado em uma posição fixa (trabalho estático) ou com movimentos repetitivos. Os sintomas são variados e iguais aos da L.E.R., dor, formigamento, dormência, choque, peso, fadiga, a diferença é que as D.O.R.T. tem origem comprovada em uma atividade profissional.

Stress

Um dos aspectos que mais afeta a qualidade de vida, o cansaço físico e mental combinados. De acordo com Rossi (2005) stress não é um estado de espírito, é a reação do indivíduo a uma adaptação e pode causar um conjunto de sintomas físicos, psicológicos e comportamentais. Em pesquisa realizada pela ISMA do Brasil com 1000 profissionais, constatou-se que 70% dos brasileiros, economicamente ativos, sofrem as consequências do excesso de tensão no dia a dia. Hoje não podemos viver sem stress, por vezes tem função benéfica servindo de impulso para as pessoas conquistarem seus objetivos, quebrando a acomodação. O segredo está na forma que se gerencia o stress e ergonomia tem papel fundamental, pois serve para aliviar as tensões sofridas pelo homem, tanto físicas como psicológicas.

2. Que aspectos caracterizam os estudos precursores da Ergonomia até a II Guerra Mundial?

Na II Guerra mundial, a falta de compatibilidade entre o projeto das máquinas e dispositivos e os aspectos mecânico-fisiológicos do ser humano se agravou com o aperfeiçoamento técnico dos motores. Foram registradas situações terríveis, agora atingindo tropas e material bélico em pleno uso. Os aviões, por exemplo, passaram a voar mais alto e mais rápido. Os pilotos, porém, sofria da falta de oxigênio nas grandes altitudes, perda de consciência nas rápidas variações de altitude exigidas pelas manobras aéreas, e vários outros "defeitos" no subsistema fisiológico. Os projetistas não consideraram o funcionamento do organismo em diversas altitudes e submetidos a acelerações importantes! Como consequência, muitos aviões se perderam. A perda do material bélico era importante, vultosa e por si só justificaria esforços. No entanto, dado que o treinamento de um piloto levava dois a quatro anos, a perda de um piloto treinado se constituía em perda irreversível na duração da guerra.

Nessas novas circunstâncias foram formados, tanto na Inglaterra como nos Estados Unidos, novos grupos interdisciplinares, agora com a participação de psicólogos somados aos engenheiros e médicos. Os objetivos eram os de "elevar a eficácia combativa, a segurança e o conforto dos soldados, marinheiros e aviadores". Os trabalhos desses grupos foram voltados para a adaptação de veículos militares, aviões e demais equipamentos militares às características físicas e psicofisiológicas dos soldados, sobretudo em situações de emergência e de pânico. E o que nos interessa particularmente, estes estudos se baseavam na análise e nos estudos dos materiais que retornavam e no relato de seus problemas operacionais. Assim sendo, em seu nascedouro, a Ergonomia se alimentou profundamente de dados e estudos de manutenção bélica.

Segundo nos relata Iida (1990), os cientistas que haviam participado desse esforço de guerra

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