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Anamnese

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Por:   •  26/12/2014  •  1.570 Palavras (7 Páginas)  •  2.453 Visualizações

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ANAMNESE, EXAME CLÍNICO, DIAGNÓSTICO E PLANO DE TRATAMENTO

ANAMNESE

É uma entrevista que busca relembrar todos os fatos que se relacionam com a doença e à pessoa doente.

Coletamos os dados sobre: história médica, história odontológica, fatores de risco da doença periodontal e indicadores de risco da doença periodontal.

HISTÓRIA MÉDICA

Adquire-se informações sobre toda a história médica do paciente, mesmo das condições que não estejam relacionadas com a doença atual.

Questionar o paciente se ele possui gastrite, epilepsia, úlcera, sinusite anemia, diabetes, hepatite, nefrite, asma, problemas cardiovasculares, pressão arterial baixa, pressão arterial alta, HIV.

QUESTIONAR:

Está fazendo algum tratamento médico?

Está tomando algum medicamento?

É alérgico a algum medicamento?

Está grávida?

Está fazendo uso de medicamento anticoncepcional?

HISTÓRIA ODONTOLÓGICA

QUESTIONAR:

Quantas vezes escova os dentes por dia?

Quais os períodos?

Qual o tipo de cerda e o tamanho de sua escova?

Usa algum método para limpar entre os dentes?

Quantas vezes usa o fio- dental por dia?

Faz uso de alguma solução para bochecho?

Já recebeu instruções de higiene oral?

FATORES DE RISCO DA DOENÇA PERIODONTAL

FUMO

QUESTIONAR:

É fumante?

Quantos cigarros fuma por dia?

Há quanto tempo é fumante?

Já foi fumante?

Há quanto tempo parou de fumar?

DIABETES

QUESTIONAR:

Faz controle?

Com que frequência?

Faz uso de quais medicamentos?

O controle está sendo eficiente?

INDICADORES DE RISCO PERIODONTAL

Pesquisar os fatores que podem influenciar a progressão da doença periodontal. São eles: HIV, osteoporose, estresse, nutrição, etilismo e fatores sócio-econômicos.

EXAME FÍSICO

Tem o objetivo de detectar anormalidades para possíveis intervenções e para prevenção do agravamento do estado do paciente.

Fazem parte do exame físico: exame clínico extra-oral, exame clínico intra-oral, exame clínico dentário e exame clínico periodontal.

EXAME CLÍNICO EXTRA-ORAL

Deve-se avaliar: simetria facial, gânglios, músculos da mastigação e ATM

EXAME CLÍNICO INTRA-ORAL

Deve-se avaliar: lábios, mucosa jugal, assoalho bucal, mucosa alveolar, palato, orofaringe e língua.

Se houver lesão:

Qual lesão?

Qual seu aspecto, tamanho, localização, sintomatologia?

EXAME CLÍNICO DENTÁRIO

Deve-se avaliar: ausência de dentes, mau posicionamento dos dentes, cáries, restaurações, próteses fixas e removíveis, condições pulpares, traumas oclusais e hábitos parafuncionais.

EXAME CLÍNICO PERIODONTAL

Deve-se avaliar: condições de higiene oral, profundidade de sondagem, recessão gengival, nível clínico de inserção, lesão de furca, mobilidade dentária, índice de placa e índice de sangramento gengival.

PERIODONTOGRAMA

É uma ficha onde registramos os dados colhidos no momento do exame periodontal para que possamos fazer um estudo detalhado e um diagnóstico periodontal.

Condições de Higiene Oral

Avaliar a presença e a distribuição do biofilme:

Visual

Evidenciadores de placa

Sondagem

PROFUNDIDADE DE SONDAGEM

É a medida do fundo da bolsa até a margem gengival.

Avalia a quantidade de tecido perdido na doença periodontal (do fundo da bolsa até a margem gengival) e a estabilidade da doença.

É feita em três pontos da face V e da face P/L. As faces M e D são medidas por vestibular e por palatino e considera- se a maior medida de cada face ou as duas medidas de cada face.

Considera- se bolsa periodontal a medida maior que 3 mm (sondagem clínica).

Em casos de hiperplasia teremos uma falsa bolsa.

COMO É FEITA A SONDAGEM?

A sondagem é feita através de sonda milimetrada, que deve ser introduzida no sulco gengival ou na bolsa periodontal, paralela ao longo eixo do dente.

ERROS NA SONDAGEM

Qualidade da sonda

Força da sondagem

Angulação da sondagem

Anatomia do dente

RECESSÃO GENGIVAL

Segundo Gartrell e Mathews 1976, a recessão gengival é definida como a condição em que a margem gengival está localizada apicalmente à junção cemento-esmalte e a superfície radicular está exposta ao meio bucal.

Medida da margem gengival até a JCE, feita através de sonda milimetrada.

Avalia a quantidade de tecido perdido na doença periodontal (a partir da margem gengival até a JCE).

É feita em três pontos da face V e da face P/L. As faces M e D são medidas por vestibular e por palatino e considera-se a maior medida de cada face ou as duas medidas de cada face.

MEDIDA DA MARGEM GENGIVAL À JCE

PODEMOS TER 3 SITUAÇÕES:

Recessão gengival: a margem gengival se deslocou no sentido apical. Sinal +

A margem gengiva coincide com a JCE: RG=0

Hiperplasia gengival: a margem gengiva se deslocou no sentido coronal. Sinal –

NÍVEL CLÍNICO DE INSERÇÃO

É a medida do fundo da bolsa até a JCE, feita através da sonda milimetrada.

Avalia a quantidade real de tecido perdido na doença periodontal.

É a somatória da profundidade de sondagem com a recessão gengival.

É feita em três pontos da face V e da face P/L. As faces M e D são medidas por vestibular e por palatino e considera-se a maior medida de cada face ou as duas medidas de cada face.

LESÃO DE FURCA

Avalia a presença e extensão da destruição dos tecidos periodontais dentro da área de furca.

É feita através da sonda Nabers.

CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES DE FURCA:

Grau I: Perda horizontal que não excede 1/3 da largura do dente.

Grau II: Perda horizontal que excede 1/3 da largura do dente, mas não envolve toda a largura.

Grau III: Perda horizontal de lado a lado, envolvendo toda a área de furca

MOBILIDADE DENTÁRIA

Com a perda dos tecidos de suporte os dentes podem apresentar mobilidade.

A doença periodontal não é a única causa de mobilidade. Dentes com trauma oclusal também podem apresentar mobilidade.

É medida apreendendo o dente firmemente entre o cabo de um instrumento metálico e o dedo e fazendo um esforço para mover o dente nas direções V/L e M/D.

CLASSIFICAÇÃO DA MOBILIDADE DENTÁRIA:

Mobilidade fisiológica: 0,2 mm

Grau I: Mobilidade do dente de 0,3 a 1,0 mm no sentido horizontal

Grau II: Mobilidade do dente excedendo 1 mm no sentido horizontal

Grau III: Mobilidade do dente nos sentidos horizontal e vertical

ÍNDICE DE PLACA

Nos dá informações de como está higiene do paciente, se houve melhora na higienização ou se há probabilidade do paciente apresentar doença periodontal.

Índice aceitável: abaixo de 30%

Detecta- se a presença de placa bacteriana nas faces visualmente, com evidenciadores de placa ou através de sondagem.

CÁLCULO DO ÍNDICE

Nº de faces com placa X 100

---------------------------------------------------

Nº de faces presentes ( nº dentes x 4)

ÍNDICE DE SANGRAMENTO

Avalia a atividade da doença.

É feito introduzindo a sonda milimetrada em todas as faces de todos os dentes. Se houver sangramento, há atividade da doença.

CÁLCULO DO ÍNDICE DE SANGRAMENTO

Nº de faces com sangramento X 100

--------------------------------------------------

Nº de faces presentes ( nº de dentes x 4)

EXAME RADIOGRÁFICO

Radiografias periapicais

Avaliar altura e contorno da crista óssea M e D

Devido à sobreposição com o dente não é possível avaliar radiograficamente a altura da crista óssea V e P/L

As radiografias são essenciais para avaliação periodontal, mas são complementares ao exame clínico, sendo este de maior importância.

DIAGNÓSTICO

Individual para cada dente, havendo 4 possibilidades:

Gengivite: sem perda dos tecidos de suporte

Periodontite leve: perda horizontal menor que 1/3 do comprimento da raiz

Periodontite grave: perda horizontal maior que 1/3 do comprimento da raiz

Periodontite complicada: defeitos ósseos angulares ( perda óssea vertical), crateras interdentais e lesões de furca grau II e III.

PROGNÓSTICO

TEMOS 3 POSSIBILIDADES:

Bom: o tratamento será eficaz

Duvidoso: o tratamento pode não ser eficaz

Ruim: não tem tratamento = Exodontia

PROGNÓSTICO DUVIDOSO

Características Periodontais

Envolvimento de furca

Defeitos ósseos angulares

Perda óssea envolvendo mais da metade da raiz

Características Endodônticas

Alteração periapical

Alteração periapical em dentes com núcleo

PROGNÓSTICO RUIM= EXODONTIA

Características Periodontais

Abcessos periodontais recorrentes

Lesões endoperiodontais muito extensas

Perda de inserção até o ápice

Características Endodônticas

Perfuração do terço apical da raiz

Características Dentárias

Fraturas radiculares longitudinais

Lesões cariosas muito extensas

Características Funcionais

Terceiros molares impactados e/ou sem antagonista

PLANO DE TRATAMENTO

Plano de tratamento inicial

Plano de tratamento cirúrgico

Terapia periodontal de manutenção

Plano de Tratamento Inicial

Instruções de higiene

Remoção dos fatores retentores de placa

Raspagem e alisamento supra e subgengival

Exodontia dos dentes condenados

Após 30 dias é realizada a reavaliação, para verificar a regressão da doença

Plano de Tratamento Cirúrgico

Cirurgia a retalho nos dentes em que não foi conseguida redução da profundidade de sondagem para 4mm ou menos.

Cirurgias para correção dos defeitos deixados pela doença periodontal

Realização de procedimentos de dentística, endodontia, próteses e implantes

Terapia Periodontal de Manutenção

São estabelecidos intervalos para que o paciente retorne ao consultório.

O intervalo de tempo depende de como está a higiene do paciente e da presença de fatores de risco.

São realizados procedimentos de:

Conferência da anamnese

Novo exame clínico

Instrução de higiene

Raspagem e alisamento supragengivais (se necessário)

Se houve recidiva da doença o paciente recebe novamente tratamento periodontal.

...

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