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Análise Crtica

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Por:   •  14/10/2013  •  4.899 Palavras (20 Páginas)  •  153 Visualizações

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Definir um padrão mais rígido de controle sanitário, ampliar a fiscalização e fortalecer a integração entre produtores, governo e indústria. Essa são as lições que a Nova Zelândia, líder mundial em exportação de leite, deixa para o Brasil recuperar a credibilidade do produto diante dos recentes episódios de contaminação.

Na Expointer, a qualidade láctea foi um dos temas discutidos nesta sexta-feira em workshop promovido pela Embaixada da Nova Zelândia no Brasil e pela agência para o fomento do comércio internacional do país.

— Qualidade e segurança são cruciais. O Brasil tem potencial, mas fatos como esse abalam a confiança na cadeia produtiva. Na Nova Zelândia, por exemplo, as fazendas têm sistemas padronizados de boas práticas devidamente auditados — destaca Bernard Woodcock, diretor executivo da Qconz América Latina Consultoria e Treinamento, braço operacional da empresa neozelandesa.

Woodcock cita o exemplo da China — onde crianças morreram e milhares foram hospitalizados após adição de melanina ao leite em 2008 — para destacar que o Brasil deve tratar os episódios recentes como sinal de alerta para mudanças profundas.

A própria Nova Zelândia enfrentou, há um mês, suspeita de surto de botulismo — intoxicação grave que pode até matar — em produtos lácteos da Fonterra. Após várias análises, no entanto, o governo garantiu que a bactéria encontrada era outra, e inofensiva. Mesmo assim, alguns países como China e Rússia decidiram retirar o leite do mercado, por precaução.

— Foi um alarme falso, mas reagimos rápido. Problemas na qualidade do leite acabam com a reputação do país. É por isso que investimos tanto em rastreabilidade e segurança alimentar — destaca o embaixador do país no Brasil, Jeffrey McAlister.

Nesta sexta-feira, a BRF — Brasil Foods — divulgou nota oficial esclarecendo que isolou o leite cru sob suspeita de contaminação, evitando que fosse industrializado e distribuído ao mercado.

Nesta sexta-feira, a Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor do Ministério Público (MP) informou que cerca de 33,5 mil litros de leite cru refrigerado processados pela BRF (Brasil Foods) teriam sido contaminados com álcool etílico. O produto teria sido recebido na unidade da empresa localizada em Teutônia, em 5 agosto.

Em nova, a empresa esclareceu que isolou o leite cru sob suspeita de contaminação, evitando que fosse industrializado e distribuído ao mercado.

Análise do mês

Agosto/13

PREÇO É O MAIOR EM SEIS ANOS; PARA SETEMBRO, MERCADO SINALIZA ESTABILIDADE

Cepea, 29 – O preço do leite pago ao produtor subiu pelo sétimo mês consecutivo, alcançando, em agosto, o maior patamar dos últimos seis anos em termos reais (descontando a inflação do período). No entanto, diferente dos meses anteriores, a maioria dos agentes de mercado consultados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, indicam estabilidade nas cotações para setembro.

Agentes consultados pelo Cepea apontaram que as elevações nos preços do leite ao produtor nos últimos meses estavam sendo sustentadas pelo consumo aquecido da população que, mesmo com a valorização dos derivados lácteos nas gôndolas dos supermercados, não deixava de adquirir esses produtos. Agora, os preços dos derivados tendem a se estabilizar, principalmente os do leite UHT, já que o consumo pode não se sustentar. Além disso, o movimento de recuperação da produção de leite segue firme, ainda que este seja período de entressafra.

Em agosto, o preço bruto do leite pago ao produtor (que inclui frete e impostos) calculado pelo Cepea atingiu R$ 1,0861/litro – média ponderada pelo volume captado em julho nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA. Em relação ao mês anterior, a média registrou alta de 3% (ou de 3,2 centavos/litro) e, frente a agosto/12, o aumento, em termos reais, é de expressivos 20%. O preço líquido chegou a R$ 1,0143/litro, elevação de 3,5% (ou de 3,5 centavos/litro) em relação a julho/13.

Representantes da indústria salientaram que os preços do leite UHT e do queijo muçarela no atacado de São Paulo chegaram ao limite, visto que o consumidor não deve absorver novos aumentos nos preços. Dessa forma, a tendência é que haja uma manutenção nos valores dos derivados em setembro. No estado de São Paulo, até o dia 28 de agosto, o leite UHT e o queijo muçarela registraram médias de R$ 2,34/litro e de R$ 13,17/kg (aumentos de 4% e de 2,3% em relação a julho), respectivamente – esta pesquisa do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL).

Simultaneamente, a produção de leite aumentou em praticamente todos os estados da pesquisa, subindo, em média, 4,05% em julho, segundo o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-Leite). O frio intenso registrado em julho, principalmente no Sul do País, “esfriou” a produção da região, que avançou 5,3% frente aos 10,5% verificados no mês anterior. Porém, diferente do que normalmente ocorre em julho nos estados de SP, MG, GO e BA, a captação aumentou novamente. O maior poder de compra do produtor frente à alimentação concentrada e a boa qualidade da silagem colhida no início do ano são alguns dos motivos para o bom desempenho desta “entressafra”.

Para setembro, a expectativa de representantes de laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea, como já citado anteriormente, é de estabilidade nos preços. Entre os compradores entrevistados, 66,7%, que representam 73,1% do leite amostrado, acreditam que os preços continuarão no mesmo patamar de agosto e 31,2% (que representam 26,4% do volume captado) indicam que haverá nova alta. Pouquíssimos agentes (2,2%) esperam redução de preços em setembro (representam 0,4% do volume).

AO PRODUTOR – Em agosto, o preço bruto pago ao produtor de Goiás subiu 1,9% (2,2 centavos/litro), atingindo R$ 1,1504/litro e figurando como o maior preço dentre todos os estados da pesquisa. Minas Gerais registrou o segundo maior preço, com o litro a R$ 1,1168/litro, acréscimo de 4,2% (ou 4,5 centavos/litro) em relação ao mês anterior; em São Paulo, o reajuste foi de 1,8% (1,9 centavos), com o litro alcançando R$ 1,0964.

Em Santa Catarina, a alta no preço foi de 3,4% (3,5 centavos/litro), chegando a R$ 1,0679/litro em agosto. No Paraná, o valor subiu 4% (4 centavos/litro) e a média passou para R$ 1,0585/litro. A Bahia apresentou média de R$ 1,0201/litro, um aumento de 2,1% em relação ao mês anterior (2

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