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As Expressões Das Questoes Sociais No Passado A Atualidade

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Por:   •  8/5/2014  •  1.214 Palavras (5 Páginas)  •  447 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

O Serviço Social é uma das poucas profissões que trata da questão humana, buscando suprir as necessidades humanas, sem oferecer esmolas, mas necessariamente inclinado os necessitados para a evolução humana e social, estando a serviço do setor público ou privado, buscando principalmente conciliar as duas partes (instituição e usuário) na tentativa de aproximá-los sem prejuízo para nenhum dos dois (MARTINELLI, 2007).

Na divisão social e técnica do trabalho, o serviço social realiza sua ação profissional dentro do âmbito das políticas socioassistenciais, na esfera pública e privada. Neste sentido, desenvolve atividades na abordagem direta da população que procura as instituições e o trabalho do profissional e por meio da pesquisa, da administração, do planejamento, da supervisão, da consultoria, da gestão de políticas, de programas e de serviços sociais (PIANA, 2009).

O assistente social é um profissional que tem como objeto de trabalho a questão social com suas diversas expressões, formulando e implementando propostas para seu enfrentamento, por meio das políticas sociais, públicas, empresariais, de organizações da sociedade civil e movimentos sociais (PIANA, 2009).

2. SURGIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL E SUAS ORIGENS

O surgimento do Serviço Social está diretamente relacionado com as transformações sociais, econômicas e políticas do Brasil nas décadas de 1930 a 1940, com o projeto de recristianização da Igreja Católica, como o início do processo de industrialização e o crescimento das populações nas cidades. Essas décadas são marcadas por uma sociedade capitalista industrial e urbana.

A industrialização processava-se dentro de um modelo de modernização conservadora, pois era favorecida pelo Estado corporativista, centralizador e autoritário, desse modo à burguesia industrial aliada aos grandes proprietários rurais, buscava apoio principalmente no Estado para seus projetos de classe e, para isso, necessitavam encontrar novas formas de enfrentamento da chamada “questão social”. (BULLA, 2003; PIANA, 2009).

A formação profissional dos primeiros assistentes sociais brasileiros dá-se a partir da influência europeia, por meio do modelo franco-belga que, tendo como base princípios de salvar o corpo e a alma, e fundamentava-se no propósito de “servir ao outro”. A partir dos anos 40, abre-se um novo horizonte no campo da profissionalização da assistência, que, mesmo ainda estreitamente ligada a sua origem católica, com as ideias e princípios da “caridade”, da “benevolência” e da “filantropia” (PIANA, 2009).

Segundo Bulla, (2003), a primeira escola de Serviço Social, no Brasil, foi fundada em 1936, em São Paulo, onde se concentrava a maior parte da indústria nacional. Esse curso foi incorporado, mais tarde, à PUC-SP. No ano seguinte, foi criado o curso de Serviço Social no Rio de Janeiro, junto ao Instituto Social, sendo, posteriormente, vinculado à PUC-RJ. Em 1945, entrou em atividade a Escola de Serviço Social de Porto Alegre, hoje denominada Faculdade de Serviço Social da PUC-RS. Outras escolas de Serviço Social foram sendo fundadas no decorrer das décadas seguintes.

Nos primeiros tempos, os Assistentes Sociais trabalhavam principalmente nas instituições da Igreja Católica, fortemente ligada às origens da profissão. Esse profissional foi logo sendo absorvido pelas instituições do Estado que se organizava para enfrentar a questão social. Os campos da saúde e jurídicos foram os privilegiados, tanto que o Serviço social passou a assumir características paramédicas e para-jurídicas. A área da saúde incluía o trabalho nos centros de saúde, nos hospitais gerais, nas maternidades, nos hospitais pediátricos e psiquiátricos, nos centros de atendimento aos portadores de deficiência, nos centros de reabilitação e outros. Na área judiciária o Serviço Social atendia os casos de abandono, maus-tratos e adoção de crianças e adolescentes, jovens e adultos infratores, e outros problemas familiares. Além disso, atuava na área da Educação, na Habitação, na Assistência e até na área da Agricultura, em trabalhos de Extensão Rural como os programas de desenvolvimento de comunidades rurais (BULLA, 2003).

O desenvolvimento do capitalismo e a inserção da classe operária no cenário político da época cria a chamada “questão social”, que se manifesta por meio de vários problemas sociais como a fome, o desemprego e a violência, e que exigem do Estado e do empresariado uma ação mais efetiva e organizada (IAMAMOTTO, 2006; PIANA, 2009).

3. A QUESTÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E SUAS EXPRESSÕES HOJE

O ponto de partida da análise é o de que a luta pela afirmação dos direitos é hoje também uma luta contra o capital, parte de um processo de acumulação de forças para uma forma de desenvolvimento social, que possa vir a contemplar o desenvolvimento de cada um e de todos os indivíduos sociais. Esses são, também, dilemas do Serviço Social (IAMAMOTO, 2010).

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