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Aspectos Gerais da Inteligência Emocional de Daniel Goleman

Por:   •  21/3/2022  •  Resenha  •  3.127 Palavras (13 Páginas)  •  169 Visualizações

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GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional – Por que ela é mais importante do que o QI. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.

É preciso que se diga, que o autor, inicia essa edição esclarecendo equívocos comparativos entre QI e QE. Sobre o predomínio de um ou outro no sentido do sucesso, por exemplo, dos aspectos ligados a liderança organizacional.

A inteligência emocional prevalece sobre o QI apenas naquelas áreas “tenras” nas quais o intelecto é relativamente menos relevante para o sucesso – nas quais, por exemplo, autocontrole emocional e empatia podem ser habilidades mais valiosas do que aptidões meramente cognitivas.

Algumas dessas são áreas são extremamente importantes em nossas vidas. A saúde vem logo à mente, no sentido de que as emoções perturbadoras e relacionamentos nocivos já foram identificados como fatores de risco para doenças. Aqueles que conseguem gerenciar suas vidas emocionais com mais serenidade e autoconsciência parecem ter uma vantagem clara e considerável na saúde.

Descobertas sobre liderança nos negócios e nas profissões pintam um quadro mais complexo para QI. A pontuação de QI prognostica muito bem se podemos arcar com os desafios cognitivos de uma determinada posição nos oferece, milhares de estudos demonstraram que o QI prevê quais níveis uma pessoa pode exercer numa carreira. Isto é inquestionável.

Porém o QI cai por terra quando a questão é prognosticar quem, em meio a um grupo talentoso de candidatos dentro de uma profissão intelectualmente exigente, será o melhor líder. Nesses níveis elevados, um QI alto se torna uma habilidade “liminar”, necessária para simplesmente entrar e continuar no jogo.

Nos níveis mais altos, os modelos de competência para liderança consistem geralmente em torno de 80% a 100% de habilidades do tipo QE (inteligência emocional). Nas palavras do diretor de pesquisa de uma empresa de seleção de executivos, os CEOs são contratados por seu intelecto e habilidade empresarial – e são despedidos por falta de inteligência emocional”. (p. 14)

A inteligência emocional determina nosso potencial para aprender os fundamentos do autodomínio e afins, nossa competência emocional mostra o quanto desse potencial dominamos de maneira que ele se traduza em capacidades profissionais. Mas para ser versado em uma competência emocional como atendimento ao consumidor ou trabalho em equipe, é preciso possuir uma habilidade subjacente nos fundamentos do QE, especificamente consciência social e aptidão para gerenciar relacionamentos.

As competências emocionais são habilidades aprendidas: porém o fato de uma pessoa possuir consciência social e aptidão par gerenciar relacionamentos não garante que ela tenha dominado o aprendizado adicional necessário para lidar a contento com um cliente ou resolver um conflito.

De qualquer modo, adverte-nos Goleman, fomos longe demais quando enfatizamos o valor e a importância do puramente racional – do que mede o QI – na vida humana. Para o bem ou para o mal, quando são as emoções que dominam, o intelecto não pode nos conduzir a lugar nenhum. (p. 30)

No entanto, diz-nos, embora nossas emoções tenham sido sábios guias no longo percurso evolucionário, as novas realidades com que a civilização tem se defrontado surgiram com uma rapidez impossível de ser acompanhada pela lenta marcha da evolução. Como Freud observou em o Mal-estar na Civilização, o aparelho social tem tentado impor normas para conter o excesso emocional que emerge, como ondas, de dentro de cada um de nós.

Em nosso repertório emocional, cada emoção desempenha uma função específica, como revelam suas distintas assinaturas biológicas. Diferentes tipos de emoção preparam o corpo para diferentes tipos de resposta. Raiva, medo, felicidade, amor, surpresa, repugnância, tristeza.

Essas tendências biológicas para agir são ainda mais moldadas por nossa experiência e pela cultura.

A empatia é um ato de compreensão tão seguro quanto a apreensão do sentido das palavras contidas numa página impressa. O primeiro tipo de compreensão é fruto da ente emocional, o outro, da mente racional. Temos duas mentes – a que raciocina e a que sente. A mente racional, é o modo de compreensão de que, em geral, temos consciência: é mais destacado na consciência, mais atento e capaz de ponderar e refletir. Além desse, há outro sistema de conhecimento que é impulsivo e poderoso, embora às vezes ilógico – a mente emocional.

No entanto, informa-nos Goleman, a vida emocional é um campo com o qual se pode lidar, como matemática ou leitura, com maior ou menor habilidade, e exige seu conjunto especial de aptidões.

E a medida dessas aptidões numa pessoa é decisiva para compreender por que uma prospera na vida, enquanto outra, de igual nível intelectual, entra em um beco sem saída: a aptidão emocional é uma metacapacidade que determina até onde podemos usar bem quaisquer outras aptidões que tenhamos, incluindo o intelecto bruto.

As pessoas com prática emocional bem desenvolvida têm mais probabilidade de se sentirem satisfeitas e de serem eficientes em suas vidas, dominando os hábitos mentais que fomentam sua produtividade; as que não conseguem exercer nenhum controle sobre sua vida emocional travam batalhas internas que sabotam a capacidade de concentração no trabalho e de lucidez de pensamento. (p. 60)

Howard Gardner, psicólogo da Escola de Educação de Harvard, disse, a maior contribuição que a educação pode dar ao desenvolvimento de uma criança é ajudá-la a escolher uma profissão onde possa melhor utilizar os seus talentos, onde ela será feliz e competente. Devíamos gastar menos nosso tempo avaliando as crianças e mais tempo ajudando-as a identificar suas aptidões e dons naturais, e a cultivá-los. Há centenas e centenas de maneiras de ser bem-sucedido e muitas, muitas aptidões diferentes que as ajudarão a chegar lá.

Em relação a esse pensamento, Gardner aponta para a multiplicidade da inteligência continua. Isto é, de forma resumida, ele indica dois estados da inteligência, a inter e a intrapessoal. A inteligência interpessoal é a capacidade de compreender outras pessoas: o que as motiva, como trabalham, como trabalhar cooperativamente com elas (políticos, professores, clínicos líderes religiosos, são exemplos). A inteligência intrapessoal é uma aptidão correlata, voltada para dentro. É uma capacidade de formar um modelo preciso, verídico, de si mesmo e poder usá-lo para agir eficazmente na vida.

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