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Aula-tema 08: Tipologia Textual: Os Textos Narrativos

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Por:   •  19/5/2014  •  1.108 Palavras (5 Páginas)  •  2.065 Visualizações

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Question 3

Notas: 1

Textos para as questões 3 e 4:

Texto 1 (relato)

“Em 1950, ninguém tinha TV em casa na rua Henrique Dias. Os primeiros aparelhos de televisão estavam chegando ao Brasil e custavam muito caro. Eu escutava no rádio todos os jogos do São Paulo e até os do Corinthians, por causa do tio Constante.

Uma vez, meu tio Odilo prometeu me levar ao estádio do Pacaembu para ver o São Paulo se eu me portasse bem. Virei santo naquela semana de espera interminável. A rua inteira sabia que eu ia assistir a São Paulo versus Nacional, um time fraco escolhido a dedo pelo tio Odilo para não desiludir meu coração são-paulino.

Gostei do amendoim embrulhado em canudo de papel, achei lindo o verde do gramado, as cores dos uniformes e o estrondo dos foguetes, mas os jogadores me decepcionaram um pouco, apesar de ganharem por dois a zero.

Pelo rádio o jogo era mais emocionante: ‘Teixeirinha mata no peito, baixa na terra, passa por um, por dois, invade a área, fulmina e é gol!’ Na minha imaginação infantil, aquele homem que matava no peito, invadia e fulminava tinha superpoderes. O gol do locutor reverberava em meus ouvidos, longo, interminável: gol do São Paulo! Quanta alegria!

No campo era menos emocionante, os jogadores de carne e osso erravam passes, chutavam para fora e perdiam gol cara a cara, exatamente como nós fazíamos na porta da fábrica.” (Adaptado de: VARELLA, Drauzio. Nas ruas do Brás. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2000, Coleção Memória e História.)

Texto 2 (depoimento)

Eu tive uma infância maravilhosa, com muita pipa, futebol e caçada. Tão boa que às vezes parece que foi num outro mundo, numa outra cidade. E foi aqui mesmo em São Paulo, ali no Brooklin. Eu queria muito que meus fi lhos tivessem uma infância igual. Mas não anda fácil. Hoje se fala muito em criatividade, mas criativo a gente tinha que ser era no meu tempo. No meu tempo tinha que se fazer tudo, bolar coisas o tempo inteiro. Até para fazer o que não se deve tinha que ter criatividade. Hoje, falta espaço, pracinha, campo de futebol. E a maior preocupação é levantar prédios e mais prédios. Onde é que isso vai acabar? (Depoimento do ex-jogador de futebol Rivelino, adaptado de: Revista Psicologia e Comportamento, 1984.)

Como já estudamos, pode-se dizer que, em relação à sua organização, que os textos podem ser compostos de descrição, narração e dissertação, sendo difícil encontrar um texto que seja só descritivo, narrativo ou dissertativo. Levando-se em conta tal afirmação, aponte a alternativa que classifica adequadamente os gêneros exemplificados acima:

Escolher uma resposta.

a. O Texto 1 é descritivo-narrativo, com predominância do descritivo; o Texto 2 é descritivo-dissertativo, com predominância do dissertativo

b. O Texto 1 é descritivo-dissertativo, com predominância do descritivo; o Texto 2 é narrativo-dissertativo, com predominância do narrativo

c. O Texto 1 é narrativo-dissertativo, com predominância do narrativo; o Texto 2 é descritivo-dissertativo, com predominância do descritivo

d. O Texto 1 é descritivo-narrativo, com predominância do narrativo; o Texto 2 é descritivo-dissertativo, com predominância do descritivo

e. Ambos os textos são descritivo-dissertativos, com predominância do descritivo.

Question 4

Notas: 1

Pode-se afirmar quanto aos elementos que compõem Texto 1 e Texto 2:

Escolher uma resposta.

a. Todas as afirmativas são verdadeiras.

b. Ambos ocorreram num mesmo espaço – a cidade de São Paulo

c. Os narradores dos dois textos tiveram experiências positivas com o futebol

d. Quanto ao tempo em que os fatos foram narrados/descritos, trata-se mais ou menos da mesma época, já que Drauzio Varella e Rivelino nasceram na década de 40

e. Ambos apresentam narrador em 3ª pessoa, pois este não participa daquilo que é narrado

Question 5

Notas: 1

A nuvem

– Fico admirado como é que você, morando nesta cidade, consegue escrever uma semana inteira sem reclamar, sem protestar, sem espinafrar!

E meu amigo falou da água, telefone, Light em geral, carne, batata, transporte, custo de vida, buracos na rua, etc. etc. etc.

Meu amigo está, como dizem as pessoas exageradas, grávido de razões. Mas que posso fazer? Até que tenho reclamado muito isto e aquilo. Mas se eu for ficar rezingando todo dia, estou roubado: quem é que vai aguentar me ler? Acho que o leitor gosta de ver suas queixas no jornal, mas em termos.

Além disso, a verdade não está apenas nos buracos das ruas e outras mazelas. Não é verdade que as amendoeiras neste inverno deram um show luxuoso de folhas vermelhas voando no ar? E ficaria demasiado feio eu confessar que há uma jovem gostando de mim? Ah, bem sei que esses encantamentos de moça por um senhor maduro duram pouco. São caprichos de certa fase. Mas que importa? Esse carinho me faz bem; eu o recebo terna e gravemente; sem melancolia, porque sem ilusão. Ele se irá como veio, leve nuvem solta na brisa, que se tinge um instante de púrpura sobre as cinzas de meu crepúsculo.

E olhem só que tipo de frase estou escrevendo! Tome tenência, velho Braga. Deixe a nuvem, olhe para o chão - e seus tradicionais buracos. (Rubem Braga, Ai de ti, Copacabana)

É correto afirmar, a partir da crítica que o amigo lhe dirige, que o narrador cronista:

Escolher uma resposta.

a. reflete sobre diversos aspectos da realidade e sua representação na literatura;

b. reflete sobre a oposição entre literatura e realidade;

c. reflete sobre a oposição entre literatura e realidade; defende a posição de que a literatura não deve ocupar-se com problemas sociais;

d. defende a posição de que a literatura não deve ocupar-se com problemas sociais

e. sente-se obrigado a escrever sobre assuntos exigidos pelo público;

Question 6

Notas: 1

O texto acima é de um narrador falando, de forma implícita, do gênero que ele produz: a crônica. Assinale a alternativa que apresenta uma informação incorreta quanto a esse gênero.

Escolher uma resposta.

a. Gênero muito desenvolvido no Brasil, a crônica pode focalizar: memórias, lembranças da infância, flagrantes do cotidiano, comentários metafísicos, considerações literárias, poemas em prosa e pequenos contos

b. A crônica brasileira privilegia a linguagem escrita e falada no contexto urbano, dando ênfase ao registro coloquial e informal da variedade padrão da língua portuguesa

c. A crônica é um gênero focado principalmente no cotidiano, muitas vezes recorrendo ao humor.

d. Rubem Braga é considerado um grande cronista ao destacar-se na produção de romances regionalistas comprometidos com os problemas do universo rural

e. A crônica é um gênero egresso das páginas fugazes de jornais e revistas que, em certos casos de elaboração estética das informações do cotidiano, merece permanência entre o que há de melhor no patrimônio literário do Brasil

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