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Avaliação Dos Riscos Químicos

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Por:   •  3/11/2014  •  1.029 Palavras (5 Páginas)  •  352 Visualizações

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AVALIAÇÃO DOS RISCOS QUÍMICOS

As quatro etapas da Higiene do Trabalho são: antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos agentes, fatores ou estressores relacionados ao ambiente ocupacional que podem afetar a saúde dos trabalhadores, ou mesmo outros membros da comunidade.

A avaliação ambiental é executada por uma enorme variedade de razões, incluindo a identificação de contaminantes presentes e suas fontes, determinação de exposição de trabalhadores previamente ou resultante de reclamações, checando a efetividade dos controles instalados para minimizar as exposições.

A estratégia de avaliação da exposição ocupacional compreende quatro objetivos principais que são:

• Enumerar os potenciais de riscos diferenciando-os entre aceitáveis e não aceitáveis e propondo, de imediato, controles quando necessários;

• Estabelecer e documentar o histórico de exposições ocupacionais dos trabalhadores;

• Assegurar que os requisitos legais estejam sendo cumpridos;

• Implementar e conduzir os elementos do Programa de Higiene Ocupacional com efetivo e eficaz uso dos recursos materiais e de tempo .

O problema básico na mensuração de exposições ocupacionais é reconhecer todas as exposições, avaliar cada uma como aceitável ou não aceitável, e controlar as exposições não aceitáveis.

A identificação das exposições envolve a tarefa de identificar os processos, as operações, as atividades e um completo inventário dos agentes químicos, físicos e biológicos com o apropriado limite de tolerância.

A exposição a agentes agressivos no meio ambiente de trabalho pode construir um risco para a saúde dos trabalhadores. Isto não significa que todo pessoal exposto irá contrair uma doença profissional, isso dependerá de fatores fundamentais como:

A. Concentração dos agentes;

B. Tempo de exposição aos agentes;

C. Características físico-químicas dos agentes;

D. Suscetibilidade pessoal

Portanto para se avaliar o risco da exposição a um agente químico em um ambiente de trabalho, deve-se determinar, da forma mais correta possível, a concentração do agente no ambiente, cuidando para que as medições sejam efetuadas com aparelhagem adequada e que sejam um retrato fiel do que realmente ocorre no ambiente laboral.

O tempo de exposição deve ser estabelecido por meio de uma análise qualitativa da tarefa do trabalhador. Esta incluirá todos os movimentos efetuados durante as operações normais e considerará o tempo de descanso e a movimentação do trabalhador fora do local de trabalho.

Os gases e vapores podem ser avaliados por meio de aparelhos que coletam e analisam a amostra no próprio local de trabalho, denominados aparelhos de leitura direta e por aparelhos que coletam amostras do ar ou contaminantes para posterior análise em laboratório, denominadas amostradores.

Os aparelhos de leitura que devem ser usados são os de leitura direta, que fornecem imediatamente no próprio local analisado, a concentração dos contaminantes mensurados. Esses aparelhos podem ser usados para avaliação de gases, vapores e também alguns aerodispersóides. Estes aparelhos podem ser divididos em dois grandes grupos, os que utilizam métodos químicos e os que utilizam métodos físicos.

Embora esta divisão não esteja muito clara, já que dos métodos misturam-se fenômenos físicos e químicos, são denominados de métodos químicos de avaliação, os métodos de detecção da concentração de um poluente, que se baseiam, principalmente, numa reação química.

Os indicadores colorimétricos, aparelhos de leitura direta que utilizam métodos químicos, são aquelas que fornecem a concentração existente no ambiente pela alteração de cor, ocorrida em face de uma reação química.

Existem três tipos de indicadores colorimétricos:

• Tubos indicadores, contendo substâncias químicas em um sólido, usados para avaliar concentrações de gases e vapores dispersos no trabalho;

• Filtros de papel tratados quimicamente, utilizados geralmente para avaliação de dispersóides;

• Líquidos reagentes, normalmente utilizados para avaliar concentração de gases ácidos ou alcalinos.

O método utilizado nos indicadores colorimétricos é bastante simples. Consiste, fundamentalmente, em se passar uma quantidade conhecida de ar através de um reagente, que produzirá uma alteração de cor neste último, caso a substância contaminante esteja presente.

Apesar deste método ser bastante prático e de fácil aplicação, este tipo de avaliação pode conduzir a erros de 25% ou mais; daí, ele só é válido quando a concentração obtida for bem abaixo ou bem acima do limite de tolerância, porque assim, teremos certeza de que, mesmo com certa margem de erro, estaremos abaixo ou acima deste limite.

Outra técnica utilizada é a Dosimetria Passiva, que consiste em coletar amostras de ar sem o auxílio de bombas, mas utilizando-se do princípio da difusão dos gases e vapores.

Difusão é a passagem de moléculas através de uma barreira semipermeável, isto ocorre porque moléculas tendem a se mover da área de alta concentração para a área de baixa concentração. Possuem a grande vantagem de não necessitarem de bombas, além de ser leves e pequenos, podendo ser facilmente portável pelo trabalhador.

O monitoramento inicia quando a proteção que cobre o produto é removida, e a partir de então o tempo começa a ser contado. O trabalhador deve usar na zona respiratória. Quando a amostragem é completada, o monitor é recolhido, reselado e o tempo é contado. Segundo a NIOSH a precisão do método é de 25% para 95% das amostragens coletadas.

Basicamente os amostradores são de dois tipos, os que coletam amostras de ar total (ar e contaminante) e os que coletam apenas contaminante.

Os amostradores de ar total coletam um volume conhecido de ar contaminado para posterior análise dos contaminantes, por meio de métodos químicos ou experimentais.

Os métodos de análise em laboratório deverão ser sensíveis, pois neste tipo de amostragem, como a coleta é de ar total, os focos têm dimensões limitadas, a quantidade de contaminante amostrada é relativamente pequena.

Este tipo de amostrador não é recomendável para coleta de poeiras e fumos metálicos, pois estes podem se depositar na superfície interna do equipamento.

Nos amostradores de separação dos contaminantes do ar, o ar contaminado passa através de um meio coletor adequado, separando-se, assim, os contaminantes do restante do ar. É necessário que conheçamos o volume de ar total que passou através do meio coletor, para que, na posterior análise em laboratório, possamos determinar a concentração dos contaminantes.

Os gases e vapores foram uma mistura homogênea com ar, não se separando deste por meios mecânicos. A amostragem dos mesmos pode ser feita por meio da coleta de ar total ou por separação dos contaminantes gasosos, por retenção deste por meio sólido ou líquido, ou ainda por condensação de gases e vapores.

Sempre que não utilizarmos aparelhos de medição direta, após a amostragem de gases e vapores, a sua avaliação qualitativa poderá ser feita ou por meio de análise química, ou por instrumentos de laboratório, como, por exemplo, cromatógrafos, espectrofotômetros de infravermelho, etc.

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