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BULLING NA ESCOLA: FALTA DE LIMITES E AGRESSIVIDADE

Por:   •  28/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  6.472 Palavras (26 Páginas)  •  343 Visualizações

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FABIANO ALEX GROSS

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃOÀ DISTÂNCIA EM ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO ESCOLAR/UNIASSELVI

BULLING NA ESCOLA: FALTA DE LIMITES E AGRESSIVIDADE

Trabalho de Pós-Graduação apresentada como parte dos requisitos para Conclusão do Curso Pós-Graduação à Distância em Administração e Supervisão Escolar - Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI.

 Monitor: Araci Menezes de Moura

TIRADENTES DO SUL

2013

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BULLING NA ESCOLA: FALTA DE LIMITES E AGRESSIVIDADE

Fabiano Alex Gross

Curso de Pós-Graduação à Distância em Administração e Supervisão Escolar

Centro Universitário Leonardo Da Vinci – UNIASSELVI

2013

RESUMO

O presente trabalho, desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica, tem por objetivo investigar o bullying na área escolar, relacionando a falta de limites na educação e a agressividade e a indisciplina dos educandos. Sendo, nos dias de hoje, que o bullying é um dos maiores problemas enfrentados na escola, é fundamental que toda a comunidade escolar se una para enfrentar os preconceitos, comportamentos agressivos e indisciplinados, enfim, que sejam adotadas posturas preventivas em relação à agressividade e indisciplina escolar através do diálogo, construção coletivas das regras, respeito às diferenças e do comprometimento de toda comunidade escolar.

Palavras-chave: Bullying. Limite. Indisciplina.

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como tema o bullying no sistema escolar, buscando investigar as características entre a falta de limites na educação das crianças, com a agressividade e a indisciplina das mesmas. Atualmente, observa-se que as crianças são muito mais autônomas, espertas e dinâmicas em suas relações. Contudo, também apresentam um comportamento transgressivo, mostrando-se mais intolerantes, desrespeitosas, indisciplinadas e agressivas. Tudo isso reflete no modo como ela interage com a família, a escola e a sociedade, gerando uma série de dificuldades de relacionamento que podem comprometer seu desenvolvimento e aprendizagem. No ambiente escolar nota-se que os problemas indisciplinares estão relacionados ao não cumprimento de regras, indisposição para o trabalho em sala de aula e negligência ao seu próprio estudo.

Já a agressividade da criança é demonstrada através de brigas e discussões com colegas e professores, chegando à agressão verbal ou física, depredações e descaso com o patrimônio, ameaças à integridade de alunos e educadores. Sendo a agressão resultado de inúmeros fatores, destacando-se entre eles a frustração e os sentimentos destrutivos como o ódio e a raiva. Todas essas situações são muito prejudiciais à dinâmica escolar, dificultando o processo educativo, a interação de alunos e professores e a própria aprendizagem da criança.   Em decorrência disso, justifica-se a realização deste estudo, em função da necessidade de aprofundar o debate e o conhecimento acerca de como a agressividade e a indisciplina estão presentes na escola e como o professor deve agir para que isso não prejudique as relações e o processo de ensino e aprendizagem. Além disso, é fundamental evidenciar a importância dos limites na formação da criança, contribuindo na minimização do comportamento agressivo e indisciplinado.         

 Assim, o objetivo principal deste artigo, desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica, é investigar o bullying na escola e sua relação com a agressividade e indisciplina das crianças, considerando a importância dos limites na educação. Têm-se como objetivos específicos: examinar as características da indisciplina e da agressividade infantil; analisar a necessidade de impor limites às crianças; e sugerir estratégias para minimizar a agressividade e a indisciplina das crianças na família e na escola.

2  BULLYING: MAL  RESCENTE NAS ESCOLAS

A partir da década de 80, na Europa, pesquisadores iniciaram a importante tarefa de analisar as diferentes condutas dos jovens, dentro de seu reduto escolar. Esses estudos fizeram a distinção entre as brincadeiras naturais e saudáveis, típicas da vida estudantil, daquelas que ganham requintes de crueldade e extrapolam todos os limites de respeito pelo outro. As brincadeiras acontecem de forma natural e espontânea entre os alunos. Eles brincam uns com os outros, colocam apelidos, tiram sarros dos demais e de si mesmos, dão muitas risadas e se divertem. No entanto, quando as "brincadeiras" são realizadas repletas de "segundas intenções" e de perversidades, elas se tornam verdadeiros atos de violência que ultrapassam os limites suportáveis de qualquer ser humano. 


        Além disso, é necessário entendermos que brincadeiras normais e sadias são aquelas nas quais todos os participantes se divertem. Quando apenas alguns se divertem a custa de outros que sofrem, isso ganha outra conotação bem diversa de um simples divertimento. Nessa situação específica, utiliza-se o termo 
bullying escolar, que abrange todos os atos de violência (físico ou não) que ocorrem de forma intencional e repetitiva contra um ou mais alunos, impossibilitados de fazer frente às agressões sofridas. 

O bullying tornou-se um problema crônico nas escolas de todo o mundo. Um dos casos mais conhecidos e com fim trágico ocorreu nos Estados Unidos, em 1999, no colégio Columbine High School, em Denver, Colorado. Os estudantes Eric Harris, de 18 anos e Dylan Klebold de 17, assassinaram 12 estudantes e um professor. Deixaram mais de vinte pessoas feridas e se suicidaram em seguida. O que teria sido o motivo para o ataque seria vingança pela exclusão escolar que os dois teriam sofrido durante muito tempo. 

A palavra bullying, de origem inglesa e ainda sem tradução no Brasil, ainda é pouco conhecida do grande público. Se recorrermos ao dicionário encontraremos as seguintes traduções para a palavra bully: indivíduo valentão, tirano, mandão, brigão. Os bullies (ou agressores) são responsáveis por atitudes de violência física ou psicológica contra uma ou mais vítimas que se encontram impossibilitadas de se defender. Seja por uma questão circunstancial ou por uma desigualdade subjetiva de poder. Em geral um bully domina a maioria dos alunos de uma turma e "proíbe" qualquer atitude solidária em relação ao agredido. 

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