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Beleza universal e científica

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Por:   •  1/10/2013  •  Seminário  •  1.042 Palavras (5 Páginas)  •  405 Visualizações

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Beleza universal e científica[editar]

Os gregos descobriram o número de ouro, uma relação de proporções que obedece a uma escala constante. Seu padrão é uma relação de um lado com dimensão "1" e o outro com dimensão "1.618"(...) ou "0.618"(...). Apesar de ser um número importante na natureza, também não é o único, havendo as escalas decimais, a relação de 0,7, entre outras. De certa forma, apesar da predominância de alguns números constantes, pode-se constatar que para diversas espécies há uma proporção específica que poderá gerar a "beleza" orgânica (formas, sons, cores...).

Espiral sobre o número de ouro

Na cultura grega e romana, e consequentemente na ocidental pós-helênica, houve a constante aplicação destes padrões numéricos, em especial no Renascimento, uma era "racionalista", e ainda hoje é fartamente aplicada na indústria do design de produtos, nas artes plásticas, arquitetura, automobilismo, etc.

Por outro lado, estas relações de proporção podem ser encontradas nos corpos de diversos animais e em eventos que não participaram de um processo seletivo visual. Dessa forma, não se pode inferir que a beleza seja um aspecto relativo aos mamíferos e às aves, já que a proporção de flores, répteis, insetos, peixes e toda a fauna e flora seguem padrões analisáveis e em geral, associados ao número de ouro. Então, provavelmente a beleza é uma função constante no universo, manifesta em qualquer momento onde haja menores níveis de entropia, ou ainda, uma tendência da organização do universo em direção a elementos proporcionais, relacionando-se desta forma, à harmonia como elemento de composição do real.

Beleza singular[editar]

A beleza grega e romana, a beleza matemática e científica são derivadas de um universalismo asséptico e puro, não contaminado com a eventualidade (ruído), de certa forma. E portanto, deve no mínimo, agradar a todos, mesmo que não possa ser considerada tocante. É o que Giulio Carlo Argan segregou e categorizou como Clássico (na acepçao arganiana). Em contrapartida, ele criou a definição Anticlássico, para designar tudo aquilo que seria belo em determinado momento, para uma minoria específica. Os quadros abstratos de Kandinsky ou Miró por exemplo, não guardam nenhuma relação matemática e portanto, não podem ser "medidos" pelos critérios iniciais. Mas agradam a muitos, e inclusive, podem ser considerados por outros tantos, mais tocantes e essenciais que qualquer produção clássica. A arte contemporânea apresenta forte presença do anticlassicismo, relacionando-se mais à interpretaçao dos signos e ao roteiro da obra, e seus aspectos situacionistas que ao aspecto harmônico-material (visual) do produto.

Beleza platônica e religiosa[editar]

Cristo Redentor. Bela escultura por suas proporções matemáticas, por ser sublime, por sua simbologia com a cidade e por estar associada a um conteúdo religioso platônico-cristão.

Para a filosofia, a beleza advém da pureza do raciocínio, da surpresa e da consistência dos axiomas. Raramente está relacionada à aparência superficial (salvo no caso das correntes como o hedonismo, por exemplo). Já para os religiosos, a verdadeira beleza está na integralidade da propriedade da conduta do indivíduo para com um plano sagrado, em detrimento do mundo físico. Quanto mais completa é a imersão e desprendimento do mundo vulgar, maior beleza há naquele que a faz viver.

Beleza interior[editar]

É um conceito relacionado a valores éticos, morais, religiosos, etários, ou melhor, culturais em geral. Diferentemente da beleza visual, que apresenta alguns aspectos biológicos e matemáticos, o conceito de beleza interior está sempre à mercê da pessoa que a avalia e portanto, não pode ser definida para uma sociedade em geral, já que dentro desta há uma infinidade de variações.

É resultado tanto de um processo de elaboração mental quanto de empatia pura, e dessa forma, é um elemento simbólico cuja existência depende também da inserção e/ou conhecimento do conceito delimitador. Um indivíduo que nunca ouviu falar de beleza interior não apresenta condições de perceber ou tentar demonstrar a percepção de sua existência, diferentemente da beleza físico-sexual por exemplo, que em parte é instintiva.

Beleza

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