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Bestializados Ou Bilintras?

Trabalho Escolar: Bestializados Ou Bilintras?. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  7/11/2013  •  797 Palavras (4 Páginas)  •  867 Visualizações

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Bestializados ou bilontras? (pp.140 - 164). Quinto capítulo.

CARVALHO, José Murilo de. Os Bestilizados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

Neste capítulo o autor tem por objetivo elucidar o comportamento político da população do Rio de Janeiro, capitulo este intitulado por “Bestializados ou Bilontras?”. O termo utilizado pelo autor José Murilo de Carvalho “bestializado”, comete a uma referencial dentro das características da população brasileira em relação ao Estado, ressaltando ainda a dificuldade de relacionamento entre o cidadão e o sistema. José Murilo pautado sobre um ponto de vista aclara a indiferença junto à participação política, tendo em vista a ausência de visão do governo como responsabilidade coletiva, e se baseando em uma visão da política como esfera pública de ação. E já por outro lado, o que se tem em grande contraste é um comportamento de participação popular em outras esferas de ação, como a religião, a assistência às festas, em que a população parecia se adotar como comunidade.

Quando a república foi proclamada, o povo, que carecia de ser um dos protagonistas assistia a tudo bestializado. Primeiramente as pessoas atinavam a certeza de que iriam ter uma participação social maior, no entanto as organizações políticas precisavam dessa união, pois desta forma a elite conseguia alcançar e deliberar uma relação de Estado e cidadão. E ainda que existisse uma liderança, essa era isolada. Desta forma não se tinha um cidadão consciente de seus direitos e deveres, com o objetivo de batalhar por seus interesses. Mas vale ressaltar que por outro lado o povo entendia muito bem dos festejos, os quais tinham como objeto direto e único a bebedeira, a música e a festa, um clássico exemplo deste festejo era o carnaval, tendo ainda outras festas nas quais a família real “juntava-se” ao povo.

E era assim que o Estado fazia com que a população não o recusasse, ele se dotava exclusivamente como um limitador do que a população podia ou não fazer. Segundo o autor, a população tem uma visão “antes de súdito que de cidadão, de quem se coloca como objeto da ação do estado e não de quem se julga no direito de a influenciar”. O esclarecimento desta conduta política ministrada pelo povo carioca está na constante indiferença existente entre à participação política e o comportamento participativo em outras esferas sociais. José Murilo de Carvalho assevera ainda que o Rio de Janeiro foi influenciado diretamente pelas “forças contraditórias de ordem e de desordem” , mais do que qualquer outra cidade brasileira, e ainda afirma que o resultado se deu mediante o surgimento de uma população com mecanismos únicos de integração. Ainda que a afirmação do autor deva ser discutida, esse formato de confabulação entre a população e o Estado pode sim ser compreendido quando se analisa revistas da época, tendo em vista que estas revistas demonstram de forma clara o perfil “esperto”, “malandro” e gozador dos seus leitores.

Sendo assim a população se via convivendo com um estado que se dotava como legitimo e necessário, no entanto não se identificando com ele, na verdade o povo aprendia a conviver com o governo e as autoridades, e estas também

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