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Culturalismo

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Por:   •  23/9/2014  •  559 Palavras (3 Páginas)  •  799 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

O culturalismo é uma vertente do estudo antropológico enquadrado nas ciências sociais, seus objetos de estudo são os fenômenos individuais e coletivos explicados a partir da cultura no qual pertencem.

É atribuída a cultura um papel significante e determinante para o desenvolvimento do sujeito no que diz respeito ao seu caráter e personalidade. Desta forma, a pesquisa antropológica baseia-se em estudos na rede de significados que cada indivíduo atribui conforme a sociedade na qual faz parte.

Os principais antropólogos que pesquisaram sobre a cultura como fator determinante dos fenômenos relacionados ao sujeito e sua coletividade são Franz Boas, Ruth Benedict e Margaret Mead. Todos compartilhavam da ideia de que não podemos estudar os fenômenos culturais a partir de uma visão própria de mundo. A princípio, se faz necessário que se abandone todas as certezas etnocêntricas e passe a relativizar questionando através de novos sentidos adquiridos através da compreensão da cultura do outro.

Os métodos de pesquisa utilizados são a comparação e investigação das leis empregadas dentro de cada cultura para estabelecer a ordem e atribuir valores morais. Sendo assim, o foco se encontra na análise das instituições, códigos de conduta, sistemas de crenças, arte, religião, rituais, costumes, normas, valores e linguagem.

2 DESENVOLVIMENTO

A escola de pensamento culturalista provém de um contexto de critica as ideias e crenças advindas do evolucionismo, nesta época acreditava-se que diferenças biológicas (raça) determinavam as diferenças culturais, portanto esses seriam fenômenos interdependentes.

Franz Boas o principal precursor desse movimento e suas discípulas, Margareth Mead e Ruth Benedict provocam uma inversão sobre a visão padronizada de cultura, relativizando o fenômeno cultural e estabelecendo autonomia a ele. Encerram a ideia de determinismo mediante as condições biológicas e ambientais, inferindo o conceito de que a cultura humana não deve ser compreendida como uma apenas deve ser entendida em sua diversidade, relativizando os significados atribuídos aos rituais presentes em cada sociedade.

Deste modo, toda concepção uniformizada de cultura e sociedade é desconstruída, pois se entende que cada coletividade tem o seu conjunto de códigos morais, que são formados pelo grupo, ensinado e transmitido para as gerações futuras com a finalidade de estabelecer uma estrutura social. A continuidade de tais valores determinados é garantida pelas relações sociais que o indivíduo estabelece com os outros, essas relações também culturais podem ser segundo Ruth Benedict tanto conscientes como inconscientes e cumprem o papel de agregar o corpo social em seu funcionamento.

Boas explica a questão do consciente e inconsciente a partir do pensamento freudiano: “Um dado fenômeno que foi consciente numa certa sociedade tende a tornar-se inconsciente ao longo das gerações” (citado em Dicionário de Antropologia, 185,1983). Sistematizando a cultura com algo ensinado e transferido com uma herança entre a comunidade.

Porém em meio a esse processo de interação do sujeito com a coletividade outro fenômeno relevante

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