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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO LOCAL

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Por:   •  12/5/2014  •  Tese  •  574 Palavras (3 Páginas)  •  197 Visualizações

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A partir da década de 1970 a camada trabalhadora sentiu um baque expressivo que refez seus aspectos. Uma enorme implantação de novidades tecnológicas possibilitou às fábricas uma diminuição vultosa dos números de seus quadros de operários. Os que mais sofreram com as mudanças foram os operários, homens e mulheres, que por sua pouca capacitação os adestrava apenas aos trabalhos braçais, trabalhos este que para o futuro seria conferido às máquinas. Além disso, nos anos 70 a indústria mundial diminuiu não mais reproduzindo aquele crescimento que a diferenciara nas décadas anteriores. Incluindo estes fatores tiveram como decorrência próxima o desemprego e frente a isso a inconstância profissional daqueles que apesar de tudo conseguiram manter seus postos de trabalho, postos estes que agora era ambicionado por um número cada vez maior de candidatos.

A bifurcação da classe trabalhadora entre empregados e desempregados afligiu a histórica integração que ela possuía, e mesmo no meio daqueles trabalhadores que conseguiram permanecer em seus postos surgiu uma classe privilegiada nos postos de chefia que marcava uma diferença até econômica em relação aos trabalhadores dos cargos subalternos. Estes dois fatores provocaram um enfraquecimento do sindicalismo e subsequentemente à diminuição da representação política das classes trabalhadoras.

Outra característica da década de 80 foi que com a indústria de massa barateando os preços de bens de consumo a classe trabalhadora pode pela primeira vez adquirir produtos que até então não estava acostumada a possuir como, por exemplo, o automóvel. Perante esta aparente ascensão social os trabalhadores que faziam parte daquela porção que ainda mantinha seus empregos e começava a participar de forma mais ativa no mercado de consumo não estava mais interessada em lutas sociais de caráter esquerdista temendo a perda das vantagens que começavam a adquirir, e havia entre estes os que se tornavam militantes de políticas de direita. Mas a ofensiva do capital em crise de valorização tem necessidade -- como em qualquer outro momento da contradição em processo -- de um Estado adequado a essa nova fase voltada para a consecução da mundialização. O Estado assistencial entrou em crise no momento que a valorização do capital começou a decair, manifestando uma crise fiscal de porte, passando a encontrar dificuldades para efetivar os compromissos socialmente assumidos. Os custos com investimentos em infra-estrutura, seguridade social e administração pública estavam ficando insustentáveis, abrindo brechas para o fortalecimento do movimento operário e implicando perdas para o capital, tornando incontornável a necessidade de uma profunda reestruturação do Estado.

Em fins dos anos 70, portanto, tem início a gestação do Estado neo-liberal, intimamente vinculado às necessidades do capital em crise. Aparentemente surge com a tarefa de resolver o déficit fiscal, mas suas incursões incidem sobre as relações sociais de produção e sobre a correlação de forças entre as classes sociais. O Estado neo-liberal surge como instrumento da mundialização do capital e guarida do império universal do Ocidente, para benefício da oligarquia financeira. A transferência do patrimônio público/estatal para a gestão direta do capital privado, fazendo largo uso de subsídios, é uma das mudanças nodais, juntamente com a drástica retirada

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