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Desparafinação A MIBC

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Por:   •  20/8/2013  •  4.882 Palavras (20 Páginas)  •  1.272 Visualizações

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O Petróleo

Origem

Os restos de matéria orgânica, bactérias, produtos nitrogenados e sulfurados no petróleo indicam que ele é o resultado de uma transformação da matéria orgânica acumulada no fundo dos oceanos e mares durante milhões de anos, sob pressão das camadas de sedimentos que foram se depositando e formando rochas sedimentares. O conjunto dos produtos provenientes desta degradação, hidrocarbonetos e compostos voláteis, misturados aos sedimentos e aos resíduos orgânicos, está contido na rocha-mãe; a partir daí o petróleo é expulso sob efeito da compactação provocada pela sedimentação, migrando para impregnar areias ou rochas mais porosas e mais permeáveis, tais como arenitos ou calcários. Uma camada impermeável, quando constitui uma “armadilha”, permite a acumulação dos hidrocarbonetos, impedindo-os de escapar.

Refino

É constituído por uma série de operações de beneficiamento, às quais o petróleo bruto é submetido para a obtenção de produtos específicos. Refinar petróleo, portanto, é separar do mesmo as frações desejadas, processá-las e industrializá-las em produtos vendáveis. A primeira etapa no refino do petróleo cru consiste em separá-lo em frações, de acordo com sua massa molecular. A separação dos componentes do petróleo é feita aproveitando o fato de que cada um deles apresenta um ponto de ebulição diferente.

Esse processo se realiza em uma coluna de aço cheia de " obstáculos" em seu interior. O petróleo é pré-aquecido e introduzido próximo a base desta coluna as moléculas menores conseguem atravessar esses obstáculos e chegar ao topo da coluna. Nesta etapa, são recolhidos, principalmente, gás, gasolina, nafta e querosene.

As frações mais pesadas não conseguem chegar ao topo da coluna, se acumulando nos diversos níveis da mesma. Como se sabe, os processos de refino são dinâmicos e estão sujeitos a alterações em função principalmente de uma constante evolução tecnológica.

Objetivos do Refino

Uma refinaria de petróleo, ao ser planejada e construída, destina-se a dois objetivos básicos:

 produção de combustíveis e matérias-primas petroquímicas

 produção de lubrificantes básicos e parafinas

O primeiro objetivo constitui a maioria dos casos, uma vez que a demanda por combustíveis é muitíssimo maior que a de outros produtos.

Aqui, é fundamental a produção em larga escala de frações destinadas à obtenção de GLP, gasolina, diesel, querosene e óleo combustível, dentre outros. Todas as refinarias brasileiras encontram se neste grupo.

O segundo grupo, de menor expressão, constituiu num grupo minoritário, cujo objetivo é a maximização de frações básicas lubrificantes e parafinas. Estes produtos têm valores

agregados cerca de duas a três vezes muito maiores que os combustíveis e conferem alta rentabilidade aos refinadores, embora os investimentos sejam também maiores.

Tipos de Processos

Os processos em uma refinaria podem ser classificados em quatro grandes grupos:

 Processos de Separação

 Processos de Conversão

 Processos de Tratamento

 Processos Auxiliares

Processos de Separação

São sempre de natureza física e têm por objetivo desdobrar o petróleo em suas frações básicas, ou processar uma fração previamente produzida, no sentido de retirar dela um grupo específico de compostos.

Os agentes responsáveis por estas operações são físicos, por ação de energia (na forma de modificações de temperatura e/ou pressão) ou de massa (na forma de relações de solubilidade a solventes) sobre o petróleo ou suas frações.

Uma importante característica nos processos de separação é o fato dos produtos obtidos poderem, exceto em situações de eventuais perdas ou contaminações, quando novamente misturados, reconstituir a carga original, uma vez que a natureza das moléculas não é alterada.

Como exemplos deste grupo de processos, podem ser citadas:

 Destilação atmosférica

 Destilação a vácuo

 Desasfaltação a Propano

 Desaromatização a Furfural

 Desparafinação a solvente (MIBC)

 Desoleificação a solvente (MIBC)

 Extração de Aromáticos

 Adsorção de N-parafinas (parafinas lineares)

Desparafinação a MIBC

Um lubrificante colocado num equipamento, inicialmente opera em condições

ambientais de temperatura, ou em alguns casos em baixas temperaturas, uma vez que a

máquina, em geral, não é aquecida. O óleo deve apresentar então, nessas condições,

possibilidades de escoamento adequado para que a lubrificação não fique comprometida.Em função do exposto, o óleo deve apresentar baixo ponto de fluidez e, para que esta característica seja alcançada, é necessário retirar-se as cadeias parafínicas

lineares, uma vez que estas são as responsáveis pelo incremento dessa propriedade. A remoção das n-parafinas é feita com auxílio de um solvente que, em baixas temperaturas, solubiliza toda a fração oleosa, exceto as parafinas, que permanecem em fase sólida. Em face da baixa viscosidade reinante no meio, em função da grande quantidade de solvente presente, é possível fazer-se uma filtração, separando-se desta

forma as n-parafinas. O óleo desparafinado é enviado à estocagem intermediária, de onde seguirá para o processo de hidroacabamento, enquanto a parafina oleosa será também estocada, podendo ter dois destinos.

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