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Por:   •  16/6/2013  •  470 Palavras (2 Páginas)  •  525 Visualizações

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O conceito 'Ba' nas organizações

por

João Carvalho das Neves

Professor catedrático, Departamento de Gestão do ISEG11 outubro 2006 Comentar

A gestão do conhecimento é um dos tópicos fundamentais do desenvolvimento na sociedade do conhecimento. Interessa sobretudo saber como se cria e se desenvolve o conhecimento nas organizações. Os japoneses usam o conceito de "Ba" enquanto um espaço de comunhão de experiências e conhecimento. Esse espaço pode ser físico, como é o caso dos escritórios centralizados ou descentralizados; virtual, como é o recurso à Internet e às teleconferências; mental, que decorre do sentimento de partilha e de pertença a um grupo com objectivos e ideais comuns; ou uma combinação destes factores de espaço. O "Ba" actua como um espaço multidensional de partilha e uma plataforma em que a pessoa se reconhece integrada no todo, e participar num "Ba" significa envolver-se e transcender as perspectivas limitadas e fronteiras que cada indivíduo naturalmente cria. O conceito "Ba" vai permitir explorar a racionalidade e a intuição num processo criativo.

Costuma classificar-se o conhecimento em explícito e tácito, em que o primeiro pode ser expresso em texto, dados, fórmulas, especificações, manuais e coisas do género, que podem ser facilmente transferidos. O segundo é mais subtil, inerente às pessoas e organizações, sendo difícil de formalizar e mais dificilmente copiável.

Nonaka e Konno (1) apresentam alguns exemplos de como as empresas criam "Ba" e asseguram a transformação contínua deste. O "Ba" é gerado através da capacidade da própria empresa com implicações sobre a concepção organizativa e estratégica. Os autores utilizam a Sharp e a Toshiba como exemplos de "Ba" para criar o conhecimento.

A Sharp, por exemplo, acumula conhecimento a partir da sua base de clientes e depois as equipas de projecto desenvolvem propostas para criar novos conceitos e melhorar a rapidez de desenvolvimento de produtos. A empresa criou o conceito de "projectos urgentes" que são considerados estratégicos por envolverem ou terem impactos sobre toda a empresa. Desse modo, os projectos são desenvolvidos fora do esquema tradicional da estrutura hierárquica.

A Toshiba recorre a agentes internos, através de grupos que são espécies de divisões transcendentes. O grupo é responsável por criar o clima necessário para que os conhecimentos dispersos se concentrem e se cristalizem em novos produtos e negócios. A estratégia destes grupo passa por intensificar a velocidade e a agilidade, mudar a forma de pensar eliminando algumas das fronteiras mentais dos indivíduos e conseguir uma entrada oportuna em mercados emergentes.

A gestão do conhecimento na perspectiva do "Ba" não é um stock mas um processo dinâmico que exige da parte da gestão de topo empenho e interesse, sendo necessário por parte da administração da empresa ter visão, empenho pessoal, dedicação e poder para gerar a mudança.

(1) Nonaka, I. e N. Konno, The concept of Ba: Building a foundation for knowledge creation, California Management Review, Spring 1998, 40-54.

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