ECOPEDAGOGIA: UM OLHAR PARA ALÉM DO AMBIENTALISMO

As questões sobre o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável têm ocupado, nas três últimas décadas, um lugar na agenda e discurso de organizações internacionais, Estado, nações, Instituições de Ensino Superior (IES), empresas, partidos políticos, ONGs e movimentos sociais. Questionamentos sobre os limites para um planeta sustentável as consequências ambientais do crescimento econômico, o consumo de reservas naturais, a gradativa produção do lixo, as implicações das tecnologias limpas e renováveis, as tecnologias de informação verdes, entre outros elementos – vêm sendo discutidos em eventos como a conferência de Estocolmo em 1972, o Relatório Brundtland em 1987 e a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento em 1992.

No contexto educacional, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) vêm promovendo algumas conferências mundiais sobre Educação de

qualidade, equidade e desenvolvimento sustentável. Entre 2008 e 2009, aconteceram quatro

importantes conferências sobre Educação, a saber: 48a Conferência Internacional de Educação: A educação inclusiva: o caminho para o futuro (Genebra, Suíça em 2008); Conferência Mundial sobre Educação para o Desenvolvimento Sustentável: Comprometer-se na segunda metade da Década (Bonn, Alemanha em 2009); Sexta Conferência Internacional de Educação de Adultos (CONFINTEA VI): Vivendo e aprendendo para um futuro viável: o poder da aprendizagem de adultos (Belém, Brasil em 2009) e Conferência Mundial 2009: A nova dinâmica da educação superior e a pesquisa para a transformação social e o desenvolvimento (Paris, França em 2009).

Nessa perspectiva, a sustentabilidade vai além dos interesses de pequenos grupos, setores e

interesses políticos sobre o desenvolvimento econômico de um grupo ou nação, mas sim, um projeto de vida, um projeto de um novo mundo que envolva todas as esferas da sociedade dialogando com o ecossistema, preservando dentro do possível as reservas naturais do meio ambiente e enfrentando com atitudes conscientes sobre os riscos que o capitalismo – sobretudo no período neoliberal dos últimos 40 anos – colocou para a humanidade e para o planeta.

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