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ESTUDO DE CASO O EMPOWERMENT NA SEMCO

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Por:   •  28/10/2014  •  825 Palavras (4 Páginas)  •  1.573 Visualizações

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ESTUDO DE CASO

O EMPOWERMENT NA SEMCO

O empowerment é um desses conceitos progressivos do gerenciamento do qual muito se fala, mas pouco se pratica. Muito discurso e pouca ação. É que se trata de um conceito potencialmente perigoso e desestabilizante para as organizações tradicionais e conservadoras. Seu objetivo é muito simples: utilizar a energia criativa e intelectual de todos os funcionários, e não apenas da elite diretiva. A idéia básica do empowerment é transmitir responsabilidade e recursos para todos da empresa, de modo que as pessoas possam realçar a verdadeira liderança dentro de suas esferas de competências, ao mesmo tempo em que ajudam a enfrentar os desafios globais da empresa. Contudo, dar simplesmente poder aos funcionários da linha de frente para resolverem problemas para os quais não tem recursos financeiros, treinamento ou autoridade real pode tornar-se uma fraude moral e intelectual. Uma receita de suicídio corporativo. É o mesmo que outorgar pleno poder a uma pessoa para lutar contra o campeão Mike Tyson. O resultado é perfeitamente previsível: chumbo na certa.

Duas megatendencias estreitamente relacionadas entre si deverão impulsionar o empowerment com maior rapidez nos países desenvolvidos: a horizontalizacao das hierarquias e a difusão das novas tecnologias de comunicação. Elas prometem criar um tipo novo de organização corporativa: uma empresa “conectada”, onde os funcionários têm acesso eletrônico e pessoal aos executivos de topo de forma jamais vista e onde tem autonomia quanto às informações necessárias, instantaneamente. Empresas sem essas qualidades se tornarão incapazes de enfrentar a constante mudança de competitividade do século XXI.

A Semco é uma empresa brasileira, sediada em São Paulo, que foi alem da teoria e transformou o empowerment de funcionários tanto em fonte de conhecimento de valor, quanto de vantagem competitiva. Ela desenvolve, produz e exporta desde lavadora de louca ate fabricas de bolachas, de difusores de combustível de foguete para satélite ate serviços de consultoria ambiental. A historia da Semco mostra uma empresa de propriedade familiar que começou a ser gerenciada de maneira autocrática e hierárquica e passou a ser gerenciada democraticamente pelos próprios funcionários, embora continue de propriedade familiar. A historia é relatada por Ricardo Semler, que se refere à empresa como um laboratório para praticas incomuns de trabalho e de administração. Os 12 níveis da hierárquica gerencial foram reduzidos para apenas três, pois a estrutura cria a hierarquia, e esta, por sua vez, cria a restrição e a separação.

O primeiro dos valores essenciais da empresa coloca a participação do funcionário no epicentro da estratégia e das operações da empresa. Os funcionários decidem seu horário, níveis de salário e planos de viagens, podendo avaliar e, se necessário, demitir seus “chefes”. Os funcionários assumem a responsabilidade por quase tudo: estabelecer quotas de produção, desenvolver planos de marketing e reprojetar

processos e produtos. Semler entende que não se pode dar autonomia aos funcionários sem lhes fornecer experiência e conhecimento para exercerem seu poder de modo responsável e eficaz. Os trabalhadores recebem treinamento intensivo e todos, inclusive

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