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Empreendedores De Sucesso

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Por:   •  12/3/2014  •  1.702 Palavras (7 Páginas)  •  517 Visualizações

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Empreendedores Brasileiros de Sucesso.

Camilo Cola

O império dos Cola começou com 56 contos de réis. O ano era 1945. Ele acabava de voltar da Itália, onde havia servido na guerra. “Os pracinhas desfrutavam de benefícios. Me ofereceram um emprego público”, lembra o capixaba de Cachoeiro do Itapemirim, cidade do cantor Roberto Carlos. Vida fácil não era com ele. Além disso, seu Camilo era um apaixonado por automóveis. “Meu primeiro trabalho, aos 15 anos, foi lavando carros numa concessionária”, lembra. Com uma poupança, ele comprou o primeiro caminhão, um Ford 1946 – que está estacionado até hoje em sua empresa e ninguém, além dele, sabe ligar. A ideia era levar o caminhão até Porto Alegre e revendê-lo. Aproveitava para encher a caçamba de artigos. Certa vez, teve a ideia de armar uma carroceria de madeira no caminhão e transportar pessoas. Era seu primeiro “ônibus”. Dois anos depois, associou-se a um amigo, dono de um ônibus que fazia o trajeto entre Castelo (cidade de sua esposa Ignez) e Cachoeiro (a dele). Decidiram, então, investir na rota paralela à linha de trem que cortava o Espírito Santo. “Ficávamos esperando passageiros para levar de uma cidade a outra”, diz. Um ano depois, a pequena viação tinha 11 ônibus. E ia bem. O pulo do gato veio meses depois, com a compra da Conquista, uma empresa que fazia o transporte no Espírito Santo. “Sonhava com uma empresa do tamanho do Brasil.” E assim foi. Comprando mais de 20 empresas, a Itapemirim ocupou o mapa nacional. A expansão do grupo veio nos anos 70. Como uma extensão da viação, que tem 2 mil ônibus e o dobro de participação de mercado da segunda concorrente. Vamos à lógica de seu Camilo: como ele já transportava passageiros pensou em carregar cargas (Transportadora Itapemirim). Como parava no meio das estradas, resolveu criar uma rede de postos (Flecha). Tinha meios de transporte e se associou a operadores de turismo (Itapemirim Turismo). Tinha bom contato com as montadoras e abriu concessionárias (Samadisa e Cola Veículos). Usava muito pneu e resolveu revender Pirelli (Cola Pneus). Tinha pneu velho e abriu uma recondicionadora (Tecnobus). Precisava pagar seguro e criou a Itabira Seguradora. Para carregar a frota, surgia a Ciprus (madeireira) e a Marbrasa (mineradora). Mas nem só as vitórias marcaram sua vida, algumas decisões erradas também, como ter parado de construir seus próprios veículos já que em 1986 a Itapemirim era autossuficiente na produção de ônibus e insistir no sonho de ter seus aviões e criou a Ita que levava passageiros de Cachoeiro x São Paulo que prejuízos estimados em 4 milhões.

Amador Aguiar.

O fundador do Bradesco, o maior banco privado da América Latina, com patrimônio líquido de R$ 6 bilhões e 67 mil funcionários, dormiu um dia num banco de praça. Tinha 16 anos e acabara de fugir da fazenda de café onde empunhava a enxada, em Sertãozinho (SP). Quatro anos antes, quando cursava o quarto ano primário, o pai, o lavrador João Antônio Aguiar, que tinha 13 filhos, o tirara da escola para que ele o ajudasse na plantação. Aos 16 anos, ele escapuliu (revoltado com o comportamento do pai, que bebia demais e era tido como mulherengo) e pegou no sono, ao relento, naquele banco de praça em Bebedouro (SP). De madrugada, foi acordado por um mendigo, que lhe pediu um trocado. Aguiar revirou os bolsos e só achou uma moeda. “Então, ele pensou: parece mentira, mas existe gente que tem menos do que eu”. Em 1926, aos 22 anos, Aguiar era office-boy na filial de Birigui (SP) do Banco Noroeste do Estado de São Paulo. Foi nessa época que começou a acalentar a ideia de subir na vida e, algum dia, tornar-se poderoso. Dois anos depois, numa carreira fulminante, ele já ocupava o cargo de gerente. Em 1943, o projeto de virar banqueiro começou a se concretizar quando, com amigos, adquiriu a Casa Bancária Almeida, um banco falido de Marília (SP). A instituição ganhou de imediato um novo nome: Banco Brasileiro de Descontos, o Bradesco. No dia da inauguração, a morte repentina do sócio escolhido para dirigir o novo negócio fez de Amador Aguiar o diretor-presidente. Além de plenos poderes, foi agraciado com um terço das ações do banco, que, por sinal, naquele momento, nada valiam. O Bradesco era tão insignificante que o próprio Aguiar fazia piada da sigla da instituição nascente. “Banco Brasileiro dos Dez Contos, se há?”, alguém perguntava, e ele respondia às gargalhadas: “Não há!”.

Em 1946, ele transferiu a sede do banco de Marília para a rua 15 de Novembro, no centro de São Paulo – sete anos depois, a administração do Bradesco seria instalada em Osasco, na Grande São Paulo, de onde nunca mais saiu. “Foi o pioneiro em separar a administração das agências”, Disse Lázaro Brandão, sucessor de Aguiar e presidente do Bradesco até pouco tempo atrás – atualmente, preside o Conselho de Administração. Segundo Brandão, a ideia de Aguiar era afastar os altos executivos do Bradesco dos problemas corriqueiros das agências. Com isso, sobraria tempo para eles se dedicarem aos grandes negócios. Outra inovação: o Bradesco foi o primeiro banco a aceitar o pagamento das contas de luz. “Com sua visão aguçada, ele fez com que o Bradesco se transformasse, já em 1959, no maior banco privado da América Latina, posição que nunca mais perdeu”, disse Brandão. Na fachada do prédio do Bradesco em Osasco ainda hoje se lê a frase que sempre inspirou Aguiar: “Só o trabalho pode produzir riquezas”.

José Ermírio de Moraes.

Quando falamos da Votorantim logo vem à cabeça o nome José Ermírio de Moraes, sinônimo de capacidade e inteligência administrativa esse homem tem uma história superinteressante no meio empresarial brasileiro. Pernambucano, nascido em uma família tradicional de senhores de engenho, estudou nas melhores escolas de Recife e formou-se em engenharia nos Estados Unidos. Aos 25 anos casou-se e logo foi convidado pelo sogro, Antônio Pereira Ignácio, a assumir a direção da Sociedade Anônima Votorantim. Naquele momento a empresa possuía uma fábrica de tecidos no município de Votorantim, que fica próximo a Sorocaba no estado de São Paulo.

José Ermírio largou a engenharia de minas e assumiu o novo negócio, sábia decisão! Desde a entrada desse homem, o grupo Votorantim só cresceu, hoje conta com empresas em vários segmentos desde têxtil até siderurgia, passando pela metalurgia, química, petroquímica, metais não ferrosos, cimento, açúcar, papel e celulose. A consolidação do grupo deu-se nos anos 40, nessa época José Ermírio de Moraes não deu ouvido a previsões negativas e se empenhou em projetos ambiciosos que resultaram

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