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Equilibro De Mercado

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Por:   •  29/9/2014  •  1.968 Palavras (8 Páginas)  •  182 Visualizações

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Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado

5.1. Introdução

Os fundamentos da análise da demanda ou procura estão alicerçados no conceito subjetivo da utilidade. A utilidade representa o grau de satisfação que os consumidores atribuem aos bens e serviços. Como a utilidade depende de aspectos psicológicos ou preferências, ela difere de consumidor para consumidor (uns preferem ler um livro, outros assistir a um filme, etc.).

A teoria do valor-utilidade pressupõe que o valor de um bem se forma pela sua demanda, isto é, pela satisfação que o bem representa para o consumidor. Assim, quanto maior sua utilidade, maior sua demanda e maior o seu preço. Ao contrário, a teoria do valor-trabalho considera que o valor de um bem se forma do lado da oferta, através dos custos do trabalho incorporados ao bem.

Além disso, a teoria do valor-utilidade permite distinguir o valor de uso do valor de troca de um bem. O valor de uso é a utilidade que ele representa para o consumidor. O valor de troca se forma pelo seu preço no mercado, pelo encontro da oferta e da demanda.

5.2. Utilidade Total e Utilidade Marginal

A utilidade total tende a aumentar quanto maior a quantidade consumida do bem ou serviço. Entretanto, a utilidade marginal, que é a satisfação adicional (na margem) obtida pelo consumo de mais uma unidade do bem, é decrescente, porque o consumidor vai perdendo a capacidade de percepção da utilidade por ele proporcionada, chegando à saturação.

5.3. Demanda de Mercado

Demanda ou procura pode ser definida como a quantidade de um determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo.

Vários fatores influenciam na demanda de um bem. São eles: o preço, o preço de outros bens, a renda do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo. Para estudar a influência dessas variáveis, considera-se portanto que as demais variáveis sejam constantes (coeteris paribus), tal que cada qual afeta de forma separada as decisões do consumidor.

5.4. Lei Geral da Demanda

Há uma relação inversamente proporcional entre a quantidade demandada e o preço de determinado bem. Isto é, quanto maior o preço de determinado bem, menor é sua demanda.

Por exemplo, seja a tabela a seguir que mostra a variação da quantidade demandada de gasolina em uma cidade de acordo com o seu preço.

Ponto Preço (R$/litro) Quantidade (litros/ semana)

A 10,00 2.000

B 8,00 3.000

C 6,00 4.000

D 3,00 7.000

E 1,00 11.000

Tabela 5.1 – Demanda por gasolina.

Figura 5.1 – Curva de demanda de gasolina em uma cidade

A inclinação da curva de demanda é decrescente da esquerda para a direita, refletindo o fato de que a quantidade procurada de determinado produto varia inversamente a seu preço, coeteris paribus. De outra forma, pode-se dizer que a curva de demanda é negativamente inclinada devido ao efeito conjunto de dois fatores: o efeito substituição e o efeito renda.

Efeito Substituição

Quando um bem possui um substituto que satisfaça a mesma necessidade; quando seu preço aumenta, coeteris paribus, o consumidor passa a adquirir o bem substituto, reduzindo assim, a sua demanda. Por exemplo, se o preço da manteiga subir, mais consumidores a substituirão por margarina, diminuindo a demanda por manteiga.

Efeito Renda

Quando o preço de um bem aumenta e tudo o mais permanece constante (preços de outros bens e renda do consumidor), o consumidor perde poder aquisitivo, e a demanda por esse produto diminui.

Para a maioria dos produtos, a procura será também afetada pela renda dos consumidores, pelo preço dos bens substitutos (ou concorrentes), pelo preço dos bens complementares e pelas preferências ou hábitos dos consumidores.

Para um bem normal, quando há aumento de renda dos consumidores, há também aumento de demanda pelo bem. Já para os bens inferiores, quando há aumento de renda do consumidor, eles são trocados por outros bens. A carne de segunda, por exemplo, é trocada por carne de primeira se há aumento do poder aquisitivo dos consumidores.

Os bens de consumo saciado são aqueles para os quais a demanda não é influenciada pela variação na renda dos consumidores. Por exemplo, o sal, o arroz, etc.

Bens substitutos ou concorrentes são aqueles em que, se ocorrer o aumento de preço de um, ocorrerá o aumento na demanda do outro. Por exemplo, se a Coca-cola tem preço majorado, a procura pelo Guaraná Antarctica aumentará.

Bens complementares são aqueles em que, se ocorrer o aumento de preço de um, ocorrerá a redução na demanda do outro. Por exemplo, se há aumento no preço do cafezinho, há redução na demanda de açúcar.

Como a demanda de bens e serviços sofre influência dos hábitos e preferências dos consumidores, a publicidade ou propaganda pode aumentar a demanda de certos bens por forjar novas preferências e hábitos.

Outras variáveis que afetam a procura por um bem são: efeitos sazonais e localização do consumidor, condições de crédito da economia, congelamento de preços e salários, etc.

5.5. Demanda Versus Quantidade Demandada

Demanda é toda escala ou curva que relaciona os possíveis preços a determinadas quantidades. Quantidade demandada é um ponto específico da curva que relaciona a um determinado preço a uma quantidade demandada.

Por exemplo, suponha que haja alteração no preço de um bem de P0 para P1, conforme a figura 4.2. Nesse caso, há um aumento na quantidade demandada de Q0 para Q1

Figura 5.2 – Alteração na quantidade demandada

Se o produto em questão for um bem normal e houver aumento da renda do consumidor, coeteris paribus, a demanda se desloca para a direita, conforme figura 4.3. Isso indica que aos mesmos preços, o consumidor estaria disposto

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