TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Escola e família

Resenha: Escola e família. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  18/11/2014  •  Resenha  •  1.988 Palavras (8 Páginas)  •  960 Visualizações

Página 1 de 8

A escola e a família, assim como outras instituições, vêm passando por

profundas transformações ao longo da história. Estas mudanças acabam por interferir

na estrutura familiar e na dinâmica escolar de forma que a família, em vista das

circunstâncias, entre elas o fato de as mães e/ou responsáveis terem de trabalhar para

ajudar no sustento da casa, tem transferido para a escola algumas tarefas educativas

que deveriam ser suas.

Portanto, o papel que a escola possui na construção dessa parceria é

fundamental, devendo considerar a necessidade da família, levando-as a vivenciar

situações que lhes possibilitem se sentirem participantes ativos nessa parceria. Vale

ainda ressaltar que escola e família precisam se unir e juntas procurar entender o que

é Família, o que é Escola, como eram vistas estas anteriormente e como são vistas

hoje, e ainda o que é desenvolvimento humano e aprendizagem, como a criança

aprende etc., pois como diz Arroyo os aprendizes se ajudam uns aos outros a

aprender, trocando saberes, vivências, significados, culturas. Trocando 7

questionamentos seus, de seu tempo cultural, trocando incertezas, perguntas, mais do

que respostas, talvez, mas trocando. (ARROYO, 2000, p. 166.)

Percebe-se desta forma que a interação família/escola é necessária, para

que ambas conheçam suas realidades e suas limitações, e busquem caminhos que

permitam e facilitem o entrosamento entre si, para o sucesso educacional do

filho/aluno. Nesse sentido, faz-se necessário retomar algumas questões no que se

refere à escola e à família tais como: suas estruturas e suas formas de

relacionamentos, visto que, a relação entre ambas tem sido destacada

Portanto, uma boa relação entre a família e a escola deve estar presente em

qualquer trabalho educativo que tenha como principal alvo, o aluno. A escola deve

também exercer sua função educativa junto aos pais, discutindo, informando,

orientando sobre os mais variados assuntos, para que em reciprocidade, escola e

família possam proporcionar um bom desempenho escolar e social às crianças. Pois,

[...] se toda pessoa tem direito à educação, é evidente que os pais também

possuem o direito de serem, senão educados, ao menos, informados no

tocante à melhor educação a ser proporcionada a seus filhos. (PIAGET, 2007,

p. 50)

No entanto, apesar das diferentes metodologias hoje utilizadas, os aspectos comportamentais não têm melhorado, ao contrário, em sala de aula, a indisciplina e a falta de respeito só têm aumentado, os problemas continuam, ou melhor, se agravam cada vez mais, pois além do conhecimento em si estar sendo comprometido para ensinar o mínimo, está sendo necessário, antes de tudo, disciplinar, impor limites e, principalmente, dizer não.

A questão que se impõem é: até quando a escola sozinha conseguirá levar adiante essa tarefa? Ou melhor, até quando a escola vai continuar assumindo isoladamente a responsabilidade de educar? Compreendemos com Lançam (1980 apud BOCK, 1989, p.143) que

(...) a importância da primeira educação é tão grande na formação da pessoa que podemos compará-la ao alicerce da construção de uma casa. Depois, ao longo da sua vida, virão novas experiências que continuarão a construir a casa/indivíduo, relativizando o poder da família.

São questões que merecem, por parte de todos os envolvidos, uma reflexão, não só mais profunda, mas também mais crítica. Portanto, também não se pode continuar ignorando a importância fundamental da família na formação e educação de crianças e adolescentes.

Entretanto, é preciso analisar a sociedade moderna, observando-se que uma das mudanças mais significativas é a forma como a família atualmente se encontra estruturada. Aquela família tradicional, constituída de pai, mãe e filhos tornou-se uma raridade. Atualmente, existem famílias dentro de famílias. Com as separações e os novos casamentos, aquele núcleo familiar mais tradicional tem dado lugar a diferentes famílias vivendo sob o mesmo teto. Esses novos contextos familiares geram, muitas vezes, uma sensação de insegurança e até mesmo de abandono. Isto é, as crianças e os adolescentes estão cada vez mais sofrendo as conseqüências desta enorme crise familiar.

Além disso, essa mesma sociedade tem exigido, por diferentes motivos, que pais e mães assumam posições cada vez mais competitivas no mercado de trabalho. Então, enquanto que, antigamente, as funções exercidas dentro da família eram bem definidas, hoje pai e mãe, além de assumirem diferentes papéis, conforme as circunstâncias saem todos os dias para suas atividades profissionais e vendo seus filhos somente à noite.

Toda essa situação acaba gerando uma série de sentimentos conflitantes, não só entre pais e filhos, mas também entre os próprios pais. Assim, é preciso que a instituição escolar esteja preparada para enfrentar esses desafios que o mundo exterior está cada vez mais proporcionando ao contexto familiar e à escola.

Como já foi citado anteriormente, os alicerces da construção e manutenção de uma escola que visa a construção da cidadania para seus alunos se acentuam em pilares como:

- Autonomia;

_ Participação;

- Clima organizacional;

_ Estrutura organizacional;

Dessa forma, com bases nesses pilares, o sonho de educadores comprometidos com a cidadania de seus alunos deve tornar-se verdadeiro. Nesse sentido, Bertrand (1999, p. 29) afirma que

"as

...

Baixar como (para membros premium)  txt (13.2 Kb)  
Continuar por mais 7 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com