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Esforçando-se pela educação de qualidade

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Por:   •  16/2/2015  •  Resenha  •  1.441 Palavras (6 Páginas)  •  149 Visualizações

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A busca por uma educação de qualidade torna-se cada vez mais importante. E, nesse processo, a relevância da organização do espaço para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças não pode ser desconsiderada, já que ela contribui de forma efetiva para uma educação infantil de qualidade.

O espaço educa Seu planejamento nunca é neutro. Sua formalização reproduz as concepções de quem o organiza. Logo, a forma modo como eles são ocupados pelas crianças e adultos e o modo como interagem, revelam, ainda que implicitamente, uma dada concepção pedagógica em uso. Do mesmo modo, reflete o que se pensa sobre a criança e como deve ser o seu processo educativo.

O espaço é vida e desafio tanto para o professor quanto para as crianças. Estudá-lo, buscar conhecer seu papel no contexto da educação infantil, é uma necessidade iminente.

Conforme concebido e disposto, ele pode ser ou não um ambiente onde a criança pode criar, imaginar e construir. Da mesma forma, ele pode ser ou não, para a criança, um lugar acolhedor e prazeroso onde ela possa brincar e sentir-se estimulada e feliz.

Partindo da premissa de que uma educação infantil de qualidade é aquela capaz de satisfazer necessidades básicas das crianças, em especial o aprender e o desenvolver-se, este trabalho defende que os espaços devem ser da e para a criança, para que, por meio deles, os pequenos possam aprender e desenvolver-se em todas as suas dimensões humanas. Cabe, pois, ao professor a correta utilização de tais espaços, e a oferta de atividades que propiciem aprendizagens significativas, permeadas pelo lúdico e que respeitem as especificidades infantis. Muitas pessoas possuem idéias equivocadas a respeito do que seja qualidade para a educação Por falta de informação, acabam por confundir o significado de qualidade, no âmbito

da educação, com a idéia de qualidade empresarial, onde se tende a considerar o ser humano

como produto, vivendo num espaço competitivo e produtivista.

Apresentar uma definição para qualidade não é tarefa fácil, já que ela não possui um conceito prontamente estabelecido.(1998, p.22) diz Souza assim como as demais organização do espaço é uma das dimensões fundamentais para desenvolvimento integral da criança. Um espaço adequadamente organizado ajuda no desenvolvimento das potencialidades das crianças à medida que contribui para o desenvolvimento de novas habilidades sejam elas motoras, cognitivas ou afetivas.

Tal perspectiva representa a essência do trabalho aqui proposto. Assim, buscou-se identificar o os espaços escolares devem ser organizados para que a educação infantil seja de qualidade Isto é, uns espaços promotores do desenvolvimento e da aprendizagem, que possibilite.

À pequena liberdade para criar, produzir e, ainda, divertirem-se ao aprender e ao círem cidadãos autônomos e cooperativos.

Dessa forma, o espaço deve estar disposto de modo que estimule a criança. Ao agir sobre

o meio, buscando satisfazer suas necessidades e seus desejos, a criança transforma a si própria e o meio determinando, assim, seu processo de formação. Daí a necessidade de um espaço

Desafiador. Conforme Becker (2003, p.36): “se o sujeito tem condições ótimas de ação devido as suas experiências anteriores significativas meio positivamente desafiador, a qualidade da

Interação cresce e será função de um desenvolvimento cognitivo ótimo”.

Não se está aqui defendendo que o espaço por si só promova o desenvolvimento e a

Aprendizagem das crianças. Ele deve ser organizado com vistas ao desenvolvimento e à

aprendizagem, permitindo a sua exploração e manipulação por parte das crianças. Que ao

Explorá-lo o reconstrói e, sendo artífice do seu próprio desenvolvimento e saber, vai adquirindo habilidades para utilizar adequadamente sistemas simbólicos culturais.

Margarida Custódio Moura É, pois, urgente a necessidade de o professor entender sobre a relevância de se organizar

os espaços escolares de modo que as crianças possam explorá-lo, manipulá-lo e nele interagir,

desenvolvendo, assim, sua criatividade, bem como construindo as bases das suas estruturas

sensoriais, motoras e cognitivas tão necessárias ao desenvolvimento e à aprendizagem.

Mas, de que falamos quando tratamos de espaço na educação infantil, já que a visão da

criança sobre o espaço não é a mesma do adulto? Ao perguntar a um adulto o que é espaço,certamente se restringirá a defini-lo como algo fechado, como volume ou áreas delimitadas. Já

para a criança espaço é o que ela sente, o que vê e o que faz nele. O espaço é em cima, embaixo,

é tocar ou não chegar a tocar. (ENRICO BATTINI, apud FORNEIRO, 1998).

A noção de espaço na criança vai sendo construída a partir da sua percepção e

manipulação do espaço prático, por meio dos sentidos e dos próprios movimentos corporais.

Progressivamente, ela vai aprendendo um espaço único e objetivo no qual os objetos e ela

própria estão incluídos e inter-relacionados.

De acordo com Piaget & Inhelder (1993), as primeiras noções de espaços construídas pela

criança são atribuídas ao espaço prático, que ela vai formando por meio dos sentidos e dos

próprios movimentos corporais. Após um extenso processo de coordenação das ações é que o

indivíduo começa a construir paulatinamente um objeto permanente e um espaço onde ele se

sinta um, entre outros elementos. A noção de espaço vai se aprofundando à medida que a criança vai vencendo gradualmente o egocêntrico que consegue diferenciar “eu” e o “mundo”.

Como esses autores argumentam:

A intuição espacial deverá pois, reconstituir, no plano que lhe é próprio, e que

é o da representação por oposição à percepção direta e atual, tudo o que essa

percepção já conquistou, antecipadamente, no domínio limitado dos contatos

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