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Estudos Sociais

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Por:   •  30/5/2014  •  1.269 Palavras (6 Páginas)  •  416 Visualizações

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O Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES), fundado em 29 de novembro de 1961 por Augusto Trajano de Azevedo Antunes (ligado à Caemi) e Antônio Gallotti (ligado à Light),1 2 serviu como um dos principais catalisadores do pensamento antiGoulart.

O IPES, durante seu principal período de ação, era localizado no edifício avenida Central no Rio de Janeiro, vigésimo sétimo andar, possuindo treze salas. Sua estrutura, tal qual à de sua entidade-irmã, o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD), equivale ao que hoje se conhece como organização não-governamental (ONG).

A função primordial do IPES, era integrar os diversos movimentos sociais de direita para criar as bases de uma oposição que pudesse deter "o avanço do comunismo sovietico no ocidente".3

Índice [esconder]

1 Fundação

2 Financiadores

3 Mobilização

4 Objetivos

5 Atividades

6 Os métodos

7 Bibliografia

8 Referências

9 Ligações externas

Fundação[editar | editar código-fonte]

O IPES foi fundado por um grupo de empresários de São Paulo e do Rio de Janeiro durante o período politicamente conturbado da década de 1960, tendo sua articulação inicial em novembro de 1961, logo após João Goulart assumir a presidência do Brasil, em setembro.

Pouco após a sua fundação, em 29 de novembro de 1961, o IPES passou a ser dirigido pelo general Golbery do Couto e Silva, um dos professores da Escola Superior de Guerra e estudioso da geopolítica e, anos depois, um dos artífices da ditadura militar, logo após pedir para passar para a reserva do Exército Brasileiro.

Financiadores[editar | editar código-fonte]

O maior financiador do IPES foi o governo dos E.U.A com o presidente John Kennedy, por receio a um crescimento de um movimento comunista No Brasil que poderia resultar em uma Revolução Comunista e instalar o socialismo no país, assim, criando uma "nova China" O acordos sobre esse financiamento foram intermediados pelo embaixador dos E.U.A no Brasil, Lincoln Gordon, visando desestabilizar o governo de João Goulart. Outras cinco empresas que financiarão: Refinaria União, Light, Cruzeiro do Sul, Icomi, Listas Telefônicas Brasileiras, além de trezentas empresas de menor porte(desde indústrias alimentícias até farmacêuticas), além de diversas entidades de classe. Também foi importante o apoio econômico do político e banqueiro José de Magalhães Pinto. O capital inicial liberado para o instituto foi de quinhentos mil dólares. Muitas entidades filantrópicas de senhoras cristãs, de orientação conservadora, também colaboraram com dinheiro em espécie, jóias e trabalho voluntário.

Mobilização[editar | editar código-fonte]

Políticos, empresários, jornalistas, intelectuais e grupos de donas-de-casa, estudantes e trabalhadores militavam sob a orientação ideológica da cúpula do IPES/IBAD.

A base de apoio, direta ou indireta, incluiu sobretudo os políticos da UDN e de setores do PSD. Empresários como Walther Moreira Salles, Mário Henrique Simonsen, Augusto Frederico Schmidt, também poeta, Alceu Amoroso Lima, também escritor e pensador católico, entre tantos outros, militavem pelo IPES, que tentou cooptar para o movimento escritores como Rachel de Queiroz, Fernando Sabino e Rubem Fonseca, que chegou a fazer roteiros para os documentários do IPES. O elenco de apoio ia desde o general Jurandir de Bizarria Mamede, que em 1955 fez um discurso violento contra a vitória de Juscelino Kubitschek durante o enterro do general Canrobert da Costa, até o então apenas empresário Paulo Maluf, que mais tarde tornaria famoso como político brasileiro.

Objetivos[editar | editar código-fonte]

A função do IPES era coordenar a oposição política ao governo Jango, e para tal tinha financiamento de grandes empresas nacionais e multinacionais.

O objetivo do instituto, era fazer um levantamento da maneira de expressão do brasileiro de forma a mapear o comportamento social do público alvo, que era a classe média baixa da população, além dos formadores de opinião, como entidades religiosas diversas, para elaborar filmes publicitários, documentários, confecção de panfletos, e propagandas.

Atividades[editar | editar código-fonte]

Basicamente o IPES trabalhava com pesquisas e estatísticas para coleta de informações para elaborar filmes publicitários, documentários, panfletos, e propagandas contra o governo de João Goulart e seus aliados.

O IPES colaborou com diversas entidades de tendência direitista, como a União Cívica Feminina, Campanha da Mulher pela Democracia, além de outras entidades ligadas à Igreja Católica. Também tentou cooptar os estudantes e operários para a oposição antijanguista, sendo um dos livros publicados intitulado "UNE, instrumento de subversão", de autoria de Sônia Seganfredo, estudante de tendência anticomunista.

O discurso adotado pelo IPES e pelos movimentos que colaboravam com o mesmo era o da defesa da democracia. Segundo consta, Um dos pontos estabelecidos para as militantes era nunca dizer que estavam combatendo o comunismo, mas, sim, trabalhando em defesa da democracia4 , assim se fez a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em 19 de março de 1964,5 que definitivamente desencadeou a queda de Jango].

Na verdade, havia uma mobilização para extinguir todo o legado do populismo varguista, no qual o IPES e o IBAD fizeram parte. A princípio, viram em Juscelino Kubitschek, apesar de ligado a um partido político conservador, um mal-disfarçado herdeiro de Vargas,

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