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Fazendas de porcos brasileiras

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Por:   •  25/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.162 Palavras (9 Páginas)  •  450 Visualizações

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1 INTRODUCAO

Nas últimas décadas, a suinocultura brasileira tem passado por grandes mudanças no que se refere aos sistemas, tipo e escala de produção, predominando a produção vertical em grande escala. Esse crescimento tem sido alvo de preocupação, principalmente, no que se refere às questões ambientais, pois quando esses sistemas de produção são mal projetados ou mal conduzidos, geram grandes quantidades de resíduos, que pela falta de controle, muitas vezes, são lançados em corpos hídricos ou aplicados como fertilizantes agrícolas em grande quantidades, podendo poluir águas superficiais e subterrâneas.

O correto manejo dos dejetos de suínos é o maior desafio que as regiões de produção intensiva de suínos terão que enfrentar nos próximos anos, em função dos problemas de poluição das águas, dos custos de armazenamento, tratamentos e aproveitamento dos dejetos como adubo orgânico na agricultura. O sistema de produção de suínos em cama sobreposta, também conhecido por "deep bedding" foi desenvolvido no Brasil pela Embrapa Suínos e Aves para ser um sistema alternativo aos sistemas convencionais de produção de suínos. Caracteriza-se por apresentar menor custo de implantação, maior facilidade no tratamento dos dejetos, menor poder de poluição e proporcionar maior conforto e bem-estar aos suínos.

No sistema de criação em cama sobreposta, os animais são criados em edificações cujo piso é formado por maravalha, palha ou casca de arroz, onde os dejetos sofrem um processo de compostagem "in situ". Este sistema visa reduzir os investimentos em edificações, minimizar os riscos de poluição e melhorar a valorização agronômica do composto como adubo orgânico. Contudo, ele requer alguns cuidados quando da construção das edificações, tais como: maior altura do pé-direito e maior ventilação; maior disponibilidade de água; disponibilidade de material de boa qualidade para a cama, como maravalha, casca de arroz, palha ou feno; e um plantel de matrizes com bom "status" sanitário.

O objetivo deste trabalho é de apresentar um modelo de sistema de produção em cama sobreposta em baixa escala (para 25 suínos) na fase de crescimento e terminação, concebido para a agricultura familiar, construída com o uso de madeira rústica, de baixo custo, para a implantação em pequenas propriedades. O modelo proposto reduz significativamente os custos de implantação, os riscos de poluição ambiental e problemas com os odores, quando comparados com o sistema convencional. Produzindo um adubo orgânico de boa qualidade e de fácil manuseio.

2. MEMORIAL DESCRITIVO

A construção da edificação para produção de suínos na fase de crescimento e terminação busca minimizar os custos. Para tanto, o projeto propõe o uso de materiais (madeiramento, palhada e sombreadores) de baixo custo, que normalmente estão disponíveis nas propriedades.

2.1 LOCALIZAÇÃO

O terreno que vai ser implantada a suinocultura fica no atual terreno da avicultura da Fazenda Escola da FAZU- Faculdades Associadas de Uberaba; que fica dentro da cidade de Uberaba- MG.

2.2 CLIMA

O bioma característico da região é o cerrado com clima dividido em duas estações bem definidas: uma quente e seca com predominância de umidade relativa do ar baixa e altas temperaturas, e outra chuvosa.

2.3 PREPARAÇÕES DO TERRENO

O terreno exige preparo anterior para a execução das obras, já que será desmanchado da avicultura existente no local; assim sendo, há necessidade de uma terraplanagem (declividade 1%) e limpeza do local.

2.4 LOCALIZAÇÃO DA INSTALAÇAO

A suinocultura deve ser construída em terreno plano, seco e arejada, com bom acesso de veículos e de fácil instalação hidráulica e elétrica; escolher um local para proporcionar que a área onde efetivamente ficará o leito da construção seja mais elevado do que o entorno, no mínimo em 0,20 m; providenciar drenagem para as águas pluviais, através de valas; alocar a instalação com orientação solar Leste-Oeste; manter cobertura vegetal rasteira (grama) no estorno das instalações e, se possível, cobertura vegetal arbustiva distanciadas de tal forma que não interfira na insolação/ventilação direta sobre a instalação.

O local da instalação deverá estar suprido com um reservatório de água de boa qualidade, com vazão e instalações hidráulicas suficientes para atender todo galpão, considerando um consumo médio de 10 litros por dia por animal.

Deve-se observar a fonte e o depósito central de água na propriedade. O depósito deve estar localizado no ponto mais alto da propriedade para utilizar a diferença de altura na distribuição de água (gravidade). Deve-se também monitorar a qualidade da água.

2.5 ESPECIFICAÇÕES DA SUINOCULTURA

A edificação apresentado na Fig.1 possui as seguintes características: dimensões externas de 10m x 4m; pé-direito de 3m; inclinação de cobertura de 25o (58%); projeção de cobertura (beiral) de 0,85m; em duas águas. As laterais são fechadas com tábuas de madeira bruta do piso até a altura de 0,9m e, acima destas com tela construída em arame galvanizado com altura de 0,75m até uma guia de madeira para a fixação da tela.

A construção se alicerça sobre esteios de madeira roliça (eucaliptos), com diâmetro aproximado de 0,15m. Em uma das extremidades da edificação é colocado um estrado de madeira (tablado) a uma altura de 0,65m, provido de degrau intermediário. Sobre o estrado, no limiar externo deste, instala-se os comedouros e, nas laterais do tablado, os bebedouros.

Na Fig.7 mostra-se os detalhes de um comedouro que pode ser utilizado no sistema. Na cobertura, recomenda-se a adoção de medidas que minimizem o efeito da radiação solar, no interior da instalação e sobre animais. Para tanto, sobre os caibros e entre as terças, intercala-se bambus (taquara) e, sobre estas, fixa-se uma tela tipo aviário. Sobre a tela, também intercaladas de bambus, aplica-se uma camada de palhada com espessura de 0,10 m. Cobrindo a palhada, instala-se uma lona tipo aviário, plastificada, ou vinimanta de PVC com duas faces, sendo a face branca voltada para fora, de tal forma que cubra toda a cobertura e faça-se um acabamento por baixo do beiral. Esse acabamento tem melhor resultado se for adotado o procedimento de enrolar a extremidade da lona em uma taquara ou em um ferro de construção para posterior tensionamento junto aos caibros

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